A Marquesa d' O
Título Original
Die Marquise Von O
Realizado por
Sinopse
"Die Marquise Von O", o único filme feito por Rohmer numa língua estrangeira, adapta a novela homónima de Kleist, autor emblemático do romantismo alemão. A história situa-se na passagem do século XVIII para o XIX, numa “Itália inteiramente fictícia” (Rohmer), que nos conta a misteriosa gravidez da personagem do título. Extraordinária interpretação da magistral Edith Clever, neste filme em que Rohmer faz uma incursão fora do seu universo cinematográfico habitual, mas não do seu universo cultural, pois conhecia profundamente a literatura alemã de inícios do século XIX. "Salò", último filme de Pasolini, estreado três semanas depois do homicídio do realizador, transcreve o romance de Sade, "Os 120 Dias de Sodoma", para o contexto da República de Salò, fundada por irredutíveis do fascismo no período final da guerra. Quatro homens todo-poderosos mandam raptar algumas dezenas de jovens dos dois sexos e levam-nos para uma mansão isolada. Ali, com método, numa série de “círculos”, as vítimas são humilhadas, profanadas, degradadas, obrigadas a relações sexuais, à coprofagia e, finalmente, torturadas até à morte. Mas esta aterradora alegoria sobre o poder não se refere apenas ao fascismo histórico, aos estertores do regime de Mussolini: também é uma metáfora daquilo que Pasolini denominava o “novo fascismo” da sociedade de consumo, a transformação dos corpos em coisas. Pasolini denominou “escritos corsários” os violentos artigos que escreveu nos seus últimos anos. "Salò" é um filme corsário. Texto: Cinemateca Portuguesa
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