Le Mans '66: O Duelo

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Biografia, Acção, Drama 152 min 2019 M/12 14/11/2019 EUA, FRA

Título Original

Ford v Ferrari

Sinopse

<div>EUA, década de 1960. Com a Ferrari a ganhar protagonismo do ramo automobilístico pelo "glamour" dos seus veículos e pelas excelentes prestações em corridas, a Ford percebe que tem de recriar a imagem da marca e mostrar a força dos seus automóveis. Para isso, Henry Ford II (1917-1987) contrata o designer Carroll Shelby (1923-2012) para criar uma equipa que esteja disposta a entrar em competição. É assim que surge o engenheiro e piloto Ken Miles (1918-1966) que, apesar de um estilo próprio e pouco consensual, estará ao volante do GT40, a nova criação da Ford. O trabalho conjunto daquela equipa vai transformar a edição de 1966 da clássica corrida das 24 Horas de Le Mans – realizada anualmente no Circuit de la Sarthe (França)  –, num momento inesquecível para a modalidade e para todos os que ali se encontram.</div><div>Um filme baseado em eventos verídicos, realizado por James Mangold ("Vida Interrompida", "Walk the Line", "O Comboio das 3 e 10", "Wolverine") e escrito por Jez Butterworth, John-Henry Butterworth e Jason Keller. Com Matt Damon e Christian Bale a encarnar o duo de protagonistas, o elenco conta também com Caitriona Balfe, Jon Bernthal, Tracy Letts, Josh Lucas, Noah Jupe, Remo Girone e Ray McKinnon.  PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Quando a América desembarcou em Le Mans

Luís Miguel Oliveira

Não chega a ser “fetichista”, o que até é pena, mas providencia doses de car porn suficientes para satisfazer o entusiasta de automóveis.

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Críticas dos leitores

Desilusão

Carlos Mourão Ferreira

Os Ferraris P3 e P4 que aparecem no início do filme, na oficina da marca quando os executivos da Ford visitam as instalações em Itália (por alturas de 1964), só surgiriam dois anos depois. Quando muito, poderíamos ver um P2, e fase de gestação. <br /> <br />No grande hangar/oficina da Ford, vê-se a dada altura um magnífico Cobra Daytona com jantes cromadas, daquelas que se veem nos programas da Tv cabo onde uns sujeitos de lenço na cabeça “customizam” clássicos americanos. <br />Em 1965 ou 66 esse carro nunca teria esse aspecto. Não esperava ver um desses carros verdadeiros no filme, um dos poucos exemplares existentes pode valer por si só um terço do orçamento da película... <br /> <br />E quanto a questões técnicas não vale a pena desenvolver mais, isto é um filme para o grande público, não um documentário. <br /> <br />E é precisamente como fílme, que falha redondamente. <br /> <br />Os personagens são essencialmente caricaturas. Não faço ideia de como seria o temperamento dum Ken Miles, que no filme aparece como um sujeito meio tresloucado que afugenta os clientes da sua oficina, berra durante metade do tempo que conduz nas corridas, e mete mudanças com a força dum Rambo a rachar cabeças de soldados russos no Afeganistão. <br /> <br />Um amigo que foi comigo ver o filme observou que o personagem de Henry Ford II é como um bebé gordo gigante, um tiranete no seu império de oficinas e linhas de montagem. O Commendatore Enzo Ferrari não tinha bons fígados, mas também não era uma espécie de semi-mafioso tal como o filme o retrata, que se sente insultado com uma proposta de milhões, e que desata a chamar filhos desta e daquela aos executivos americanos que o visitam. <br /> <br />Os argumentistas do filme não deram a Matt Damon espaço e matéria para recriar um personagem tão rico como foi Carroll Shelby. O personagem acaba por ser quase vazio, e além disso seria mais adequado a alguns dos sólidos actores secundários que Hollywood nos tem dado o longo dos anos, um Lee Ermey, ou um Sam Elliot, com os respectivos sotaques texanos e chapéus de cowboy. <br /> <br />Num pequeno papel quase figurativo, lembraram-se de recriar o piloto italiano Lorenzo Bandini, com um actor que mais parece o chefe de um gang de indianos acabado de chegar de Bollywood. <br /> <br />E na cenas de corridas a coisa não melhora. Por várias vezes o Ken mete uma mudança, e o carro como que dispara para a frente, deixando os competidores mais próximos como se estivessem parados. Isto pode acontecer quando o Justiceiro David Hasselhoff aciona o turbo-boost do seu Kit-carro-falante, mas na realidade da competição nunca será assim. <br /> <br />Por outro lado, acho difícil que a concentração exigida pela condução a 200 ou 300 km/hora daqueles carros deixe espaço para fazerem caras de maus uns para os outros quando estão lado a lado. Isso é coisa de filmes pastilha-elástica tipo “Dias de Tempestade” com o Tom Cruise, ou dos filmes dos anos 50 em que o Elvis Presley aparecia a conduzir carros de corrida. <br /> <br />Mas a cereja no topo do bolo é a forma como a equipa desportiva da Ferrari é retratada. Esta equipa dominou mais de metade da década de sessenta no que toca a estas competições (sport-protótipos), e, apesar de não ter ganho em Le Mans no ano seguinte de 1967, foi campeã nesse ano no somatório de todas as outras provas do campeonato. No filme são retratados como um bando de baratas tontas. <br /> <br />Os ingleses têm fama de terem a mania que são superiores, mas os americanos quando tratam de retratar outros povos, também não lhes ficam atrás... nem imagino o que fariam se tivessem que retratar portugueses. <br /> <br />Na minha opinião, este filme fica claramente atrás do filme “Rush” de 2013, onde o argumento trata muito melhor os personagens, onde a acção é mais verídica, com os efeitos digitais bem incorporados no filme. E com uma preparação dos actores que levou o Daniel Bruhl a entrevistar o próprio Niki Lauda, para tornar o personagem mais convincente. <br /> <br />Portanto, mais uma americanada para esquecer.
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Para quem aprecia histórias emocionais.

João Castel-Branco

Para quem quer saber como é que eram as corridas antes da crise do petóleo, é um pseudo documentário, onde um roubo não é um roubo, e um semi-filme, onde não se explora a emoção dos actores. <br /> <br />Por outro lado demosntra também a diferença da produção de arte para um Ferrari, e a diferença de automóveis de produção em série, onde se desespera o valor do trabalho para o produto vir para o comércio. Se não houvesse arte nos automóveis de produção, jamais iriam vencer qualquer corrida.. <br /> <br />2 estrelas.
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Espetacular!!!

Duarte

Esqueçam as críticas. O filme é obrigatório para quem gosta de carros, motores e velocidade. <br />O drama familiar, os pesadelos do filho e a aflição da esposa, a amizade entre duas figuras históricas, a "sacanice" dos engravatados, a vingança pessoal de Ford são bem encaixadas e aliviam a sempre presente obsessão de Ken Miles. <br />Gostaram do "Rush"? Vão ver este filme.
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Surpreendente

António Costa

Fui ver o filme, sem espectativas, pelos carros dos 60s. É um filme forte, muito positivo. Foi só um dos melhores filmes que vi. Não dou nota ao filme, porque este é um Filme. Está acima das classificações.
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Cinema a 7000 rpm

JR

Baseado em fatos reais, com excelentes interpretações de Christian Bale e Matt Damon e usando, com mestria, toda a tecnologia de som e imagem que está, atualmente, ao dispor dos que nos contam histórias no écrã, este filme agarra-nos numa teia de adrenalina e ação e transporta-nos para aquele universo nostálgico das corridas dos anos sessenta, recordando-nos a BD de Jean Graton, a alta costura do design dos Ferraris, a potência feroz dos GT 40 e a intrepidez daqueles pilotos. Alta rotação das sensações e alucinação das imagens. Se uma definição de cinema é "a sequência de imagens em movimento com som sincronizado que conta uma história" então isto é cinema a 7000 rpm em exibição numa pista perto de si...
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America uber Alles...

Pedro Brás Marques

Quem não assistiu mas, por exemplo, leu as aventuras iniciais de Michel Vaillant, o piloto de BD saído dos crayons de Jean Graton, recorda-se duma época em que as marcas de competição automóvel eram verdadeiras manufacturas e os pilotos chamados de “gentlemen drivers”. Nesses anos 60, as provas das várias “fórmulas”, bem como as de resistência, atraiam multidões e os pilotos e as máquinas eram endeusados. É este o “big picture” de “Le Mans '66: O Duelo”, um filme que nos coloca no assento e ao volante do fabuloso Ford GT40, um dos mais míticos carros de competição alguma vez construídos e da sua luta em pista contra a lendária Ferrari. <br /> <br />Em meados dos anos 60, a Ford quase não tinha um sector dedicado à competição, até porque o seu lema era o bem americano “sell, sell, sell”. Mas uma quezília, por via da frustrada aquisição da Ferrari, levou Henry Ford II a dar luz verde para se criar “o melhor carro de corrida de sempre”, dando cheque em branco para que tal se tornasse realidade. Lee Iacoca, o executivo falecido curiosamente este ano e que haveria de brilhar na Chrysler nos anos 80 do século passado, escolheu a empresa do único americano que havia vencido em Le Mans, Carol Shelby, para participar no desenvolvimento do projecto. Este, por sua vez, vai buscar um “maverick”, o britânico Ken Miles, piloto e mecânico de excelência. Em conjunto, irão criar um carro fantástico que venceria a famosa prova francesa de resistência nos quatro anos seguintes. <br />Para quem gosta de automóveis, a história já era conhecida, mas não deixa de ser fabulosa. O problema é que o filme levou com o irritante “tratamento americano”. Esta é uma história de machos-alfa, predestinados ao sucesso e à imortalidade, quais pioneiros do Velho Oeste ou do Espaço, lutando contra as adversidades, determinados até ao limite do possível, inspirados na sua visão, enfim, a encarnação do espírito americano. Uns verdadeiros “Top Gun” em que, à falta de aviões, temos carros, e onde no primeiro se clamava pela “necessidade de velocidade” e de só se estar bem “no céu, a voar”, aqui, chega-se ao estado zen quando se chega “acima das 7000 rpm”, momento em que o “tempo e o espaço deixam de fazer sentido”… O próprio Tom Cruise já tinha tentado uma abordagem semelhante em “Dias de Tempestade”, mas despistou-se violentamente… Esta apologia do “american way” em “Le Mans 66” tem ainda um segundo nível de leitura: o da América contra a Europa, o do Novo contra o Velho Continente. De um lado, uma fábrica artesanal, com décadas de experiência, em evolução constante, sempre com meios mais ou menos limitados; e do outro, a “big company” de Detroit, com bolsos recheados e aparentemente sem fundo, com capacidade para chamar quantos engenheiros fossem precisos para conseguir criar, quase do nada, um carro capaz de bater todos outros. O sonho americano em toda a sua plenitude. <br /> <br />Claro que não tem mal algum. Quem paga é quem manda. Mas a história merecia uma outra dimensão que não o mero duelo bipolar, o dos americanos que regressam à Europa, vinte anos depois de a deixarem, para dizerem “somos os melhores”. É claro que se tenta dar dimensão a Shelby e, principalmente, a Ken Miles, em duas grandes interpretações de Matt Damon e de Christain Bale – especialmente esta, apesar de algum cabotinismo. O piloto inglês tem um filho e uma mulher (interpretada pela sempre sensual Catriona Balfe), a relação familiar é explorada, mas se não estivesse no ecran não influenciava em nada o desenrolar do filme. A própria realização não merece censura, em especial nas cenas de condução, onde uma montagem vertiginosa associada a um som cru e tonitruante provocam obrigatoriamente um acelerar de batimentos no espectador. Infelizmente, é caso para dizer que belas árvores não formam obrigatoriamente uma floresta encantadora…
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Filme entre o bom e o muito bom

Paulo Lisboa

Fui ver este filme, porque o tema me chamou a atenção e por nele participarem Matt Damon e Cristian Bale <br />Gostei do filme. O filme vê-se muito bem, mesmo para quem não é apreciador de corridas e de automóveis. A realização é muito boa, as interpretações de Matt Damon e Cristian Bale, roçam a perfeição. E a reconstituição histórica da época, está perfeita. <br />Estamos perante um filme entre o bom e o muito bom. <br /> Numa escala de 0 a 20 valores, dou 17 valores a este filme.
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Bale vs Damon

Raul Gomes

E, a vitória é: de Bale. <br />Excepcional performance de Christian Bale que mais uma vez se  transforma,  a exemplo do que já tinha feito em Vice. <br />O duelo, mais nas interpretações que na pista, confrontam-se em exemplares desempenhos notáveis inesquecíveis. <br />Bale dá-nos a adrenalina a cada frame, credibilizando a todo o momento o filme, superiormente realizado, superando todos os filmes de corridas até agora feitos <br />E, para quem como eu, se estreou há quase 50 anos na competição, os pormenores técnicos e tácticos estão bem presentes. <br />Mesmo para quem não é fã deste desporto, a reconstituição histórica efectuada, nos mais pequenos pormenores, não pode deixar de de se surpreender. <br />Afinal uma missão impossível que se torna realidade. <br />James Mangold dá-nos um aval de qualidade sustentado por uma dupla imbatível Bale/Damon, e pela reconstituição de um passado, ainda muito presente <br />Mas este filme supera em tudo o que anteriormente foi feito. <br />Pura delícia as 2 horas e meia do filme.
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Maravilhoso

Nuno

Um dos melhores filmes do ano. Simplesmente espetacular.
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Le Mans 99

Eugénio Simões

A Ford iniciou a disputa com a Ferrari Le Mans (primeira participação em 1964) por vingança, uma vez que as negociações tidas entre ambas, poucos anos antes, para que a marca americana comprasse a italiana não chegaram a bom porto. Henry Ford II decidiu retaliar onde houvesse mais prestígio em jogo. A boa imagem que decorresse da vitória, o "recriar a imagem da marca e mostrar a força dos seus automóveis", seriam um mero bónus.
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