A história de Johnny Cash e June Carter Cash não convence
Frederico Galhardo
"Walk the Line" surge-nos como a obra mais recente de James Mangold, o mesmo realizador do bem sucedido "Vida Interrompida", protagonizado por Winona Ryder e Angelina Jolie. O filme, que retrata a vida de Johnny Cash, vem juntar duas das maiores estrelas de Hollywood, Joaquin Phoenix, no papel do famoso cantor country, e Reese Witherspoon, que desempenha o papel de June Carter Cash, o seu grande amor. De facto, tinha grande curiosidade em ver este filme, não só pelo facto de ter conquistado importantes distinções, como foi a conquista dos Globos de Ouro para Melhor Filme, Melhor Actor e Melhor Actriz na categoria de Comédia/Musical, mas sobretudo pelo facto de ver Reese Witherspoon, estrela principal no que respeita às comédias românticas, num papel nada "histérico" e de alguma intensidade dramática.<BR/><BR/>No entanto, ao ver o filme, fiquei um pouco desiludido na medida em que se trata de mais um filme sobre a vida de mais um cantor, com enorme sucesso profissional mas com grandes problemas pessoais, para além do vício em determinadas substâncias. Exactamente no ano passado vimos a mesma história, no entanto o protagonista era outro, visto tratar-se de Ray Charles e não de Johnny Cash, no filme "Ray", que também não foi do meu agrado. Não tiro o mérito ao Joaquin Phoenix, uma vez que para além de ter aprendido a cantar, desempenha um papel algo complexo.<BR/><BR/>O mesmo não posso dizer de Reese Witherspoon, que tal como Phonenix aprendeu a cantar, mas que parece ter um papel secundário na película na medida em que as falas são escassas e as aparições relativas. Embora tenha vindo a conquistar a maioria dos troféus para Melhor Actriz do ano, não me parece, sinceramente, uma interpretação merecedora de um Óscar, ainda para mais tendo sido nomeada consigo uma Felicity Huffman, numa excelente interpretação no papel de uma transexual. Duas estrelas para um filme que poderia ser bem melhor...
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