Sibéria

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Terror, Drama 92 min 2020 M/16 31/12/2020 GRE, ITA, ALE, MEX

Título Original

Sinopse

Clint, um norte-americano solitário, mudou-se para a Sibéria em busca da paz e tranquilidade de que tanto precisava. Um dia, insatisfeito com aquilo em que a sua vida se tornou, mete-se num trenó e avança sem destino pela neve. Ao encontrar uma gruta, deixa-se ficar. Ali, acaba por fazer uma análise do passado, mergulhando numa jornada interior que o levará a muitos lugares diferentes. 
Um filme dramático que marca a sexta colaboração entre o realizador Abel Ferrara e o actor Willem Dafoe. O argumento é da responsabilidade de Ferrara e Christ Zois. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Sonhos autobiográficos de Abel Ferrara

Luís Miguel Oliveira

Próximo dos onirismos fellinianos e da psicanálise pessoal à la Oito e Meio.

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

Em 2011, após ter deixado os USA para residir de modo permanente em Roma, a cinematografia de Abel Ferrara enveredou por uma via marcadamente autoral (como que acometido por uma certa "europeização"). Da nova safra daí decorrente, extasiei-me com os filmes "4:44 Last Day On Earth" (2011) e "Pasolini" (2014), bem como me decepcionei em 2019, graças ao inenarrável "Tommaso". Infelizmente, não será com a sua mais recente obra ("Siberia") que voltarei a reconciliar-me consigo (e não sei se haverá condições para tal ocorrer no futuro, já que este parece estar a perder-se irremediavelmente nas teias de um indecifrável onirismo e simbolismo ultrasurrealista de indole psicanalítica). <br /> <br />Desta feita, pegou no seu actor fetiche (Willem Dafoe - igualmente, "exilado" em Itália) para encarnar um ocidental eremita autoexilado (por motivos não explicitados) algures na inóspita Sibéria, onde gere uma espécie de bar do "tempo dos westerns" (frequentado por escassos nativos, com os quais não consegue comunicar, por desconhecimento do idioma). E transporta-nos, através de uma desordenada narrativa episódica, àquilo que parece ser uma (caótica, vaga e arbitrária) viagem ao seu subconsciente (ou a uma qualquer realidade paralela) povoado por pesadelos/arrependimentos das ("mal resolvidas") vidas passadas. <br /> <br />Neste objecto impressionista e hipnótico, em que é dificil discernir as ténues linhas do que se constitui (ou não) como realidade, salva-se a (sempre impressionante) performance do Dafoe e a atordoante fotografia (que mistura de modo sublime a luz natural e artificial).
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