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Pasolini
Título Original
Pasolini
Realizado por
Elenco
Sinopse
Roma, Novembro de 1975. Pier Paolo Pasolini, cineasta, poeta e escritor conhecido internacionalmente, é um símbolo de luta contra o que está socialmente estabelecido. Os seus escritos originam escândalo e os filmes são perseguidos ou mal entendidos. Pasolini é, simultaneamente, objecto de admiração, estranheza e repúdio. No último dia da sua vida, o cineasta encontra a mãe e, mais tarde, os amigos mais próximos. À noite, decide sair. Na madrugada seguinte, é encontrado brutalmente assassinado numa praia em Ostia, nos arredores da cidade, alegadamente por Giuseppe Pelosi, um jovem prostituto de 17 anos.
Com assinatura do aclamado realizador Abel Ferrara ("Polícia Sem Lei", "Os Viciosos", "Chelsea Hotel"), um filme que, nas palavras do actor Willem Dafoe (que o protagoniza), pretende "estar dentro da cabeça de Pasolini". PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
3 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
"Escandalizar é um direito, ser escandalizado um prazer" <br /> <br />Abel Ferrara dá-nos a conhecer o último dia de vida de Paolo Pasolini (1922-1975), o intelectual mais polémico de Itália, idolatrado por alguns e odiado por muitos, devido à virulência das suas posições políticas/sociais e religiosas, bem como pelas criações polémicas e "impuras" nos campos da poesia, jornalismo, filosofia, literatura, dramaturgia, pintura e cinema (um autêntico "homem dos sete ofícios", que ficou conhecido sobretudo como figura de proa do moderno cinema italiano - tendo chocado o mundo da 7ª arte com a película "120 Dias de Sodoma"). Todavia, o ostracismo contra si não advinha exclusivamente da sua obra, mas também de algumas desconfianças acerca da sua vida privada (a pedofilia foi uma "nuvem" que nunca deixou de pairar sobre a sua cabeça). E até a sua morte continua envolta em mistério, não faltando as mais diversas teorias da conspiração. <br /> <br />Com uma "matéria-prima" deste calibre entre mãos seria de esperar um "filme choque", ao invés disso, Ferrara oferece-nos uma obra sóbria e quase inócua (centrando-se mais nos seus pensamentos filosóficos sobre a arte e televisão do que na sua vasta obra e/ou episódios de vida), pelo que alguns críticos não têm qualquer pudor em classificá-lo como "um objecto artificial, sem alma, emoção ou objectividade critica". Não deixando de ser uma realidade, também é, igualmente, verdade que a opção pela exploração/especulação do "caos", tão ao agrado das massas sedentas de escândalos, teria sido um caminho muito mais fácil de trilhar, pelo que poder-se-á valorizar a coragem/inteligência do realizador ao fugir das armadilhas típicas de uma biografia convencional (fazendo-se valer para o efeito duma estratégia arriscada - também muito criticável -, ao intercalar eventos reais com imagens ficcionadas de obras inacabadas de Pasolini). <br />Consigo colocar-me tanto na barricada dos defensores como dos detractores do filme, concordando com os fundamentos de ambos (mesmo que sejam antagónicos), pelo que (ainda) não tenho uma opinião definitiva, todavia, o mesmo não me desagradou, talvez devido à grande prestação do Willem Dafoe.
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Também tu, Brutus?
Luís Telles
Quase trinta anos depois, Pasolini é assassinado de novo. Mas, desta vez, nenhuma circunstância misteriosa envolve o crime: o autor material é Abel Ferrara; os cúmplices são Maria de Medeiros e (pasme-se!) Ninetto Davoli. Só Willem Dafoe pode clamar inocência!
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