<div>Numa casa em Roma, Tommaso, um realizador norte-americano (William Dafoe) vive com a mulher e a filha (Cristina Chiriac e Anna Ferrara, mulher e a filha do realizador). Trabalha e enfrenta as dificuldades de concretização de novo projecto (em tudo semelhante a um projecto que entretanto Ferrara já finalizou, “Siberia”, de novo com Dafoe). E há seis anos que marcha nos passos da abstinência, que todos os dias tem de ser trabalhada. Mas Tommaso sente a conjugalidade a esvair-se, sente-se expulso do seu mundo: a filha veio substituí-lo na atenção da sua jovem esposa, demasiado cansada para os afectos, demasiado autónoma para o que ele acha que deve ser o ritual conjugal. O que o vai projectar e ao filme para um caleidoscópio cada vez mais surrealizante que plasmará no ecrã, num alucinante final.</div><div>Um drama com cariz autobiográfico que conta com assinatura do aclamado realizador Abel Ferrara ("Polícia Sem Lei", "Os Viciosos", "Chelsea Hotel", “Pasolini”). Vasco Câmara, PÚBLICO</div>