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Tal Pai, Tal Filho
Título Original
Soshite chichi ni naru/Like Father, Like Son
Realizado por
Elenco
Sinopse
Ryota (Masaharu Fukuyama), um homem determinado, trabalhador e bem-sucedido, e a sua mulher, Midori (Machiko Ono), formam um casal com um projecto de vida ambicioso, que inclui proporcionar ao seu filho Keita, de seis anos, a melhor preparação para o futuro e todas as oportunidades para vencer na vida. Mas tudo muda no dia em que recebem um telefonema avassalador: houve uma troca na maternidade e, afinal, o filho que pensavam ser seu não o é.
O filho biológico vive com um casal humilde que, embora não lhe falte com amor e bons valores, está longe de ter planos comparáveis aos de Ryota. Este pai de família vê-se assim forçado a questionar tudo, incluindo a própria condição de pai e educador, sem perder de vista os fortes laços familiares e o bem-estar emocional das crianças. Em simultâneo, vai ter de encontrar forças para lidar com o profundo dilema de ter de escolher entre a força do sangue ou do amor.
O filho biológico vive com um casal humilde que, embora não lhe falte com amor e bons valores, está longe de ter planos comparáveis aos de Ryota. Este pai de família vê-se assim forçado a questionar tudo, incluindo a própria condição de pai e educador, sem perder de vista os fortes laços familiares e o bem-estar emocional das crianças. Em simultâneo, vai ter de encontrar forças para lidar com o profundo dilema de ter de escolher entre a força do sangue ou do amor.
Realizado pelo japonês Hirokazu Koreeda ("Ninguém Sabe", "Andando", "O Meu Maior Desejo"), o filme recebeu o Prémio do Júri no 66.º Festival de Cannes.
PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Tal Pai Tal Filho
Maria
Belo filme! Já tinha visto o filme "Andando" e fiquei maravilhada com a realização de Koreeda.
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Escolhas impossíveis
Pedro Alhinho
Um improvável ponto de partida – troca de recém-nascidos num hospital publico no Japão do sec XXI – constitui o nó a que se amarram vários dilemas morais: <br />- queremos o filho que nos é de sangue ou o que criamos durante anos? <br />- escolhemos por projecto de vida o casamento ou a paternidade/maternidade? <br />- podemos abrir mão de uma criança que educamos durante anos? <br />- porque não podemos comprar afectos? <br />- a verdade da paternidade biológica é um valor absoluto? <br />- é humano desenraizar uma criança da família afectiva em que cresceu? <br />Dilemas à parte, a narrativa desenvolve-se em ritmo lento, dando ao espectador a possibilidade de se ir, ele próprio, confrontando com as dificuldades das escolhas. <br />Um filme belo, mas triste.
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4 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
Koreeda explora habilmente os dilemas morais e emocionais de dois casais que, após 6 anos de convivência com os seus respectivos filhos, descobrem que os mesmos foram trocados na maternidade aquando do seu nascimento. E, embora o filme até tenha um ponto de partida cliché (uma vez que contrapõe duas "famílias-tipo" distintas nos seus estilos de vida e modelos de parentalidade: um deles "filho" único de uma família de classe média alta -novos ricos- é educado de um modo rígido, exigente e frio, sobretudo por parte do "pai", que não nutre por ele o devido carinho, por achá-lo dotado de um "espírito de perdedor"; o outro faz parte de uma família alargada, de classe média baixa, que subsiste com parcos recursos financeiros-, mas "transpira" harmonia e felicidade por "todos os poros -, embora o "progenitor" seja algo desestruturado e "interesseiro"), não se deixa tentar pelos estereótipos (optando por exibir as ambiguidades, fraquezas, qualidades e defeitos de cada um dos 4 personagens adultos que têm em mãos a árdua tarefa de decidir se "o sangue pesa mais forte"), nem envereda pelo caminho do melodrama fácil (pelo contrário, de um modo inteligente, e recorrendo-se de uma narrativa bastante fluente, faz-nos sobretudo questionar sobre as dicotomias dinheiro/felicidade e "amor puro"/"amor lógico"), e, acima de tudo, não dá lições de moral (aliás, aqui não existe o certo ou o errado, "apenas" sentimentos). Se à qualidade da narrativa adicionarmos a elegância estética, bem como a forma como o realizador consegue filmar a "pureza" das duas crianças, facilmente se depreende que estamos perante um filme imperdível (o que seria de esperar, se atendermos aos seus anteriores -excelentes- trabalhos, Ninguém Sabe", "Andando" e "O Meu Maior Desejo").
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