Broker - Intermediários
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
O japonês Hirokazu Kore-eda ("Shoplifters: Uma Família de Pequenos Ladrões") vira-se para a Coreia do Sul neste drama centrado no negócio de dois amigos. Juntos, o dono de uma lavandaria e um empregado de uma igreja roubam os bebés que são deixados por pais que não podem cuidar deles na igreja e vendem-nos no mercado negro da adopção. Só que uma mãe que volta atrás depois de abandonar o filho e os detectives no encalço deles complicam tudo.
Com Song Kang-ho ("Parasitas" e outros filmes de Bong Joon-ho, bem como de Park Chan-wook), Gang Dong-won e Bae Donna (que trabalhou com Joon-ho, Chan-wook, as irmãs Wachowski e o próprio Kore-eda), um filme que passou nos festivais de Sydney e Toronto. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Os parasitas e o bebé
Muito inteligente, e até muito conseguido, lamentamos no entanto em Broker, de Hirokazu Kore-eda, o calculismo de uma espécie de “esperanto” industrial a prevalecer.
Ler maisCríticas dos leitores
Sensibilidade e Surpresa, 4*
Martim Carneiro
Do outro lado do mundo, e com cultura que nos é necessariamente diferente, eis um filme do género policial, de "jogo do gato e do rato" pleno de surpresa e de intensa sensibilidade: mesmo só vendo!!!
Uns intermediários amorosos
Margarida
Bom argumento, história original e as personagens são incríveis. Não se consegue odiar os intermediários da venda do bebé.
4 estrelas
José Miguel Costa
Após visionar os magníficos filmes "Ninguém Sabe", "Tal Pai tal filho" e "Shoplifters" (que irradiam sensibilidade) não será de admirar que o nipónico Hirokazu Kore-eda se tenha tornado num dos meus realizadores de eleição. Por consequência, foi com expectativa que me dirigi ao cinema para visionar a sua mais recente obra, "Broker - Intermediários", um humanista melodrama (quase do domínio da fábula), recheado de divertidos momentos cómicos, sobre o mercado das adopções ilegais. A acção, que decorre na Coreia do Sul, inicia-se com uma jovem a abandonar um recém-nascido à porta de uma igreja (evento testemunhado por duas agentes da polícia, que vigiavam a instituição por suspeita de tráfico de menores, sem que estas intervenham no imediato, com o objectivo de apanharem a alegada rede criminosa em flagrante delito). Um dos funcionários rouba a criança, antes de esta ser integrada no Sistema, levando-a para casa do seu comparsa (um falido, dono de uma lavandaria, com a máfia à perna), para procederem à sua venda a casais inférteis. Todavia, a mãe, acometida por súbito arrufo de consciência, retorna ao "local do crime" no dia seguinte, o que poderia colocar o raptor em maus lençóis, não fosse dar-se o caso deste tê-la convencido a juntar-se, como sócia, ao negócio (oferta que aceitou, com a condição de que a futura família de adopção fosse alvo, in loco, da sua aprovação). Deste modo, o improvável trio (seguido à distância pela dupla policial) inicia uma autêntica road-trip, numa carrinha podre, em busca de pais minimamente perfeitos (nunca descurando a melhor oferta financeira, óbvio). Desengane-se quem intuir que irá odiar de morte os desprezíveis vendedores, uma vez que, graças a um argumento inteligente (que aborda a temática sobre várias perspectivas, recusando a pieguice - excepto no desfecho - e/ou a linearidade do "branco versus preto"), iremos, gradualmente, encontrar-lhes atenuantes insuspeitas e até perceber o modus operandi destes "filhos do infortúnio", que nos induzirão sentimentos ambivalentes. Inclusive, chegaremos ao ponto de empatizarmos com Eles (já que acabam por constituir-se como uma espécie de família não convencional).
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