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A Verdade

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Drama 106 min 2019 M/12 02/07/2020 JAP, FRA

Título Original

La Vérité

Sinopse

Autocentrada e um pouco altiva, a actriz Fabienne Dangeville sempre se habituou a ter o mundo aos pés. Agora, prestes a encerrar a sua carreira, decide registar a sua vida num livro de memórias. A filha, que há anos vive nos EUA, regressa a Paris com a sua família para assistir ao lançamento da obra. O reencontro entre estas duas mulheres não tardará a transformar-se num autêntico tumulto, com velhos ressentimentos, mágoas e culpabilizações a pontuar cada conversa. 
Um drama familiar com assinatura do aclamado realizador japonês Hirokazu Kore-eda​ ("Ninguém Sabe", "Andando", "O Meu Maior Desejo", "Tal Pai, Tal Filho", "O Terceiro Assassinato" ou "Shoplifters: Uma Família de Pequenos Ladrões", Palma de Ouro em Cannes). "A Verdade" conta com um elenco consagrado de actores, entre eles Catherine Deneuve, Juliette Binoche, Ethan Hawke, Ludivine Sagnier, Clémentine Grenier, Manon Clavel, Alain Libolt, Christian Crahay e Roger Van Hool. PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Tudo em família

Jorge Mourinha

Hirokazu Kore-eda dá o “salto” para a Europa com um filme que não desmerece do que lhe conhecemos mas também não traz nada de novo.

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Críticas dos leitores

A Verdade

PJP

Hirokazu Koreeda é um dos meus realizadores de "referência" e mais do que um elenco "de luxo", essa foi a minha principal motivação para ir ver este filme... Considerando os diversos filmes que já tinha visto do realizador e que se tornaram para mim uma verdadeira referência cinematográfica as minhas expectativas eram elevadas.. No entanto, acabaram por ser em larga medida defraudadas... talvez por estar fora do seu "habitat natural", a fascinante cultura nipónica, este filme resulta num exercício algo entediante, uma espécie de puzzle desconexo de cenas, e excessivamente desviado da estética e estilo do realizador. A meu ver, uma aposta perdida.
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3 estrelas

José Miguel Costa

Após o estrondoso sucesso comercial do filme "Shoplifthers" (2018) o realizador japonês Hirozaku Koreada (até então apenas idolatrado por um nicho de cinéfilos) ficou com o mundo a seus pés (embora do seu curriculo já constassem filmes, igualmente, magnificos, como "Ninguém Sabe", "Tal Pai,Tal Filho", "Depois da Tempestade" e o "Terceiro Assassinato" - e isto mencionando exclusivamente aqueles que tive o prazer de visionar). Tal concedeu-lhe estatuto suficiente para granjear para o elenco da sua mais recente pelicula ("A Verdade"), duas divas do cinema europeu, Catherine Deneuve e Juliette Binoche (a trabalhar pela primeira vez em conjunto num projecto), bem como o Ethan Hawke. <br />No entanto, as filmagens num outro país (França), e numa lingua que não a sua, sugaram-lhe as suas principais caracteristicas idiossincráticas. A sensibilidade (quase poética) e o exotismo com que desbravava os seus eternos dramas familiares quase que se esfumou, tendo, inclusive, em contraponto, optado por uma abordagem mais ligth e até (algo) humoristica, que em nada o distingue dos demais colegas de profissão gauleses (portanto, "100 % de aculturação", 0 % de "preservação da identidade"). <br /> <br />A narrativa constrói-se com recurso ao clássico modelo de "filme-dentro-do-filme", com as vivências reais das personagens a confundirem-se, numa espécie de jogos de espelhos, com os papéis que representam enquanto participantes no filme (dentro do filme). <br />Catherine Deneuve encarna uma actriz gélida, arrogante e egocêntrica que, por encontrar-se em curva descendente na carreira artistica (condição que a fere, uma vez que sempre foi colocada num pedestal), resolve lançar um livro de memórias, com o intuito de retornar às luzes da ribalta. Esse evento traz a sua filha (Binoche), argumentista casada com um falhado actor americano, de visita a França. <br />A relação entre ambas sempre se pautou pela distância e conflitualidade, pelo que revelações indiscretas que surgem expostas no livro sobre determinados episódios do passado apenas vêm empurrar com mais força os esqueletos que se encontravam (mal) arrumados no armário (todavia, quiçá, talvez tragam também alguma "luz").
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