Ruínas

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60 min 2009 M/12 01/04/2010 POR

Título Original

Ruínas

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Sinopse

O novo documentário de Manuel Mozos retrata os lugares esquecidos e abandonados pelo tempo. Numa viagem pelo Portugal profundo, ele vai filmando as ruínas que trazem as memórias das coisas vividas e das histórias contadas. Estes são lugares desprezados, obsoletos e vazios mas que fazem parte da narrativa de um país e do imaginário colectivo de um povo.<br/> "Ruínas" conquistou o prémio Georges de Beauregard no FIDMarseille e o prémio TOBIS para melhor longa-metragem portuguesa no IndieLisboa 2009.

Críticas Ípsilon

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Jorge Mourinha

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Luís Miguel Oliveira

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Vasco Câmara

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Terra sem vida

Mário Jorge Torres

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Críticas dos leitores

Entediante

Frederico Catarino

Mais um filme português com mais pretensão que qualidade. Não conseguimos sair desta pobre dicotomia entre "Portuguese Popcorn movies” (António-Pedro Vasconcelos) e os impenetráveis filmes construídos por uma pretensa elite do cinema Português... Um filme Português uma vez mais a evitar.
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Podia ser melhor

aospapeis.blogspot.com

"Ruínas" é interessante, embora tudo aquilo me tenha parecido uma mera sucessão de planos fixos condimentada com uns textos. O filme assemelha-se mais a um álbum fotográfico do que, propriamente, a um produto cinematográfico. O interesse da película está, então, no seu declarado objecto: as ruínas. No fim, esta obra serve mais como pretexto para nós mesmos irmos fazer o nosso próprio documentário visitando os locais mostrados. Quanto a "Canção de Amor e Saúde", enquadra-se na triste linha de abortos audiovisuais que o nosso "cinema" continua a produzir: algumas trocas de palavras com piada, um ou outro plano agradável e tudo o resto é uma de estupidez atroz, acentuada pelo absurdo artificialismo da Língua Francesa (há que justificar os subsídios gauleses). É pena que, ao abrir para "Ruínas", sejamos obrigados a ter de aturar semelhante porcaria.
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On connaît la chanson

Alexandre Soares

Os trabalhos de Manuel Mozos e – sobretudo – de João Nicolau apresentados em conjunto reclamam-se como herdeiros de pleno direito daquilo que parece ser algo mais do que uma série de sintomas de uma certa tendência do cinema português: a tentação do ar “intello” que, falho de uma estrutura suficientemente sólida, acaba por se desmoronar na facilidade de processos e o vergar de espinha perante o peso da forma acabam por resultar num já familiar virar de costas a quem fez questão de se deslocar à sala. “Canção de Amor e Saúde” é uma surpresa desapontante, que parece ter esgotado as suas energias e criatividade na forma inventiva como foi financiada. Quiçá influenciado pelo Bertolucci dos anos 60, Nicolau anuncia ao mundo que o verdadeiro cinema fala francês pela boca de Marta de la Colline; o propósito é obviamente distinto do de L. Vieira, mas os resultados, mesmo com a subtileza (?) do sotaque deliberadamente emigra com os seus “éles” velados, são traídos pelo pedantismo que se instala e deixa na boca o gosto inconfundível do solipsismo. Esta opção acaba por se converter, ao longo do que resta do filme, na imagem de marca de um formalismo vincado em alguns dos pressupostos do chamado cinema moderno que Nicolau se empenha em enfiar-nos pelos olhos adentro. Paradoxalmente, o melhor momento de “Canção de Amor e Saúde” surge precisamente de um diálogo mantido entre um João (César?) iluminado e o pai Gomes escondido no escuro, o que não chega para salvar o esforço; antes e (sobretudo) depois, tudo redunda num exercício trufado de tiques típicos de escola de cinema. “Ruínas”, a longa-metragem vencedora do Indie 2009 (competição nacional), trata-se por outro lado de uma ideia extraordinária que se debate ao longo de uma hora com a questão da forma. Mozos optou pela opção menos fácil… e aparentemente menos eficaz, o que a torna tanto mais inexplicável. Objecto imbuído de uma sensação de ascese autoral à qual não se pode excluir, por conseguinte, nem o sacrifício nem o êxtase místico, “Ruínas” é um catálogo inestimável de passados e de futuros, sacrificando-se no entanto de forma misteriosa à rigidez inflexível do plano fixo, e tudo em nome de uma lealdade dos tempos antigos a uma premissa falaciosa, que confere àquelas naturezas uma falsa rigidez e uma frieza inóspita – essa sim, omnipresente - obtida pela alquimia da mão humana e posterior abandono. Ainda assim, a rever mais tarde, (preferivelmente) sem más companhias.
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