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Querida Wendy

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Drama 105 min 2005 M/12 28/06/2007 DIN, ALE, GB, FRA

Título Original

Dear Wendy

Sinopse

Realizado por Thomas Vinterberg ("A Festa") a partir de um argumento de Lars Von Trier - os dois fundadores do manifesto Dogma''95 -, "Querida Wendy" é a história de um grupo de jovens e do seu amor às armas, ao som dos The Zombies. <br />Dick vive numa pobre cidade mineira. Quando um dia encontra uma pequena arma, sente-se estranhamente atraído por ela, apesar de ser um defensor acérrimo do pacifismo. Juntamente com uma nova amiga, funda um clube secreto a que dá o nome de "Dandies", a que se juntam uma série de miúdos deslocados. Apesar do amor às armas, a máxima dos "Dandies" obriga-os a nunca sacarem as suas armas. Mas depressa percebem que todas as regras existem para serem quebradas. <p> </p>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

A abandonada

Ricmann

Num cenário que lembra um palco de teatro, as vidas de vários adolescentes vão sendo marcadas pelo modo de vida dos mineiros da cidade. A morte torná-los-à orfãos. Subsequentemente, a descoberta das armas por parte de dois rapazes, despoleta a criação de uma ideologia - a paz armada - que os faz crescer interiormente.<BR/>É criado um clube onde todos os jovens possuem armas como confidentes e companheiras. A teatrealidade deste clube que vive no interior de uma mina abandonada é quebrada quando a arma de um dos jovens - a arma Wendy - deixa de fazer parte das suas possessões. O pacifismo que era regra do clube é quebrado com a emersão ao exterior. Os jovens sentem-se ofuscados pela luz e continuam a agir como se estivessem na sua realidade anterior - a escuridão. Emergir da escuridão é torná-los menos falhados.<BR/>Argumento assaz bem elaborado e original. A não perder.
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Uma família

Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

DEAR WENDY<BR/>de Thomas Vinterberg<BR/><BR/><BR/>Dick (Jamie Bell) é um rapaz tímido que vive numa pobre cidade mineira do sul dos Estados Unidos. Por não trabalhar na mina, Dick é um pária naquela sociedade. Até ao momento em que aparece uma pistola na sua vida, uma pistola pela qual ele se sente irremediavelmente atraído apesar dos seus ideias pacifistas. Stevie (Mark Webber), um outro “marginal” junta-se a Dick para fundar um clube secreto – Os Dandies – onde lhes é permitido usar armas, mas onde a regra essencial é nunca as sacar. <BR/><BR/>O clube alarga-se a Susan (Alison Pill), Huey (Chris Owen) e Freddy (Michael Angarano), bem como às “parceiras” de cada um, ou seja, as suas armas. A idolatria que se gera à volta das pistolas, cada uma com o seu nome próprio, contrasta com os ideais pacifistas partilhados por todos. Mas são as armas que aumentam a sua auto-estima e os fazem sentir seguros, não em relação ao exterior mas em relação a eles mesmos. <BR/><BR/>A inspiração do grupo vem de livros que estão na biblioteca do seu templo – uma mina abandonada –, livros como “The Picture of Dorian Gray” de Oscar Wilde (o dandy por excelência), “The Art of Strategy” de Sun Tze, “The Three Musketeers” de Alexandre Dumas e “The Prince” de Maquiavel. <BR/><BR/>The Dandies são jovens que procuram uma “família”, à semelhança de qualquer um. The Dandies são um grupo de pacifistas com armas, exactamente como a maioria da sociedade actual. A chegada de Sebastian (Danso Gordon), o neto da ama de Dick, um delinquente cuja atitude para com as armas é do menos Dandy possível, vem causar instabilidade dentro do grupo, pondo em causa a sua filosofia. <BR/><BR/>Thomas Vinterberg pegou no argumento do seu colega Lars Von Trier (certamente ainda imbuído do espírito do segundo filme da sua trilogia sobre os Estados Unidos – “Manderlay”, 2005), que volta a centrar a sua crítica na sociedade americana, desta feita na parte apologista do porte de armas. <BR/><BR/>O ambiente teatral do filme, com o cenário limitado a uma rua, e apresentando apontamentos que reportam a “Dogville” (Lars Von Trier, 2003), deixa transparecer a claustrofobia de uma pequena cidade, onde a necessidade de aceitação assume uma especial relevância. As interpretações, com destaque para Jamie Bell, protagonista do aclamado “Billy Elliot” (Stephen Daldry, 2000), são fortes e fluídas, aumentando a densidade e a complexidade moral de “Dear Wendy”. <BR/><BR/>A banda sonora, a cargo de The Zombies, um grupo pop britânico dos anos 60, com uma sonoridade bem mais interessante que os Beatles, são mais uma razão para ver este filme (isto é, se chegar às nossas salas). <BR/><BR/><BR/>8/10<BR/>
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