Parnassus - O Homem Que Queria Enganar o Diabo

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Thriller, Fantasia 123 min 2010 M/12 25/03/2010 CAN, GB, FRA

Título Original

The Imaginarium of Dr. Parnassus

Sinopse

Dr. Parnassus (Christopher Plummer) é um velho mágico que fez um pacto com o diabo em troca da vida eterna, entregando a alma do seu primeiro descendente no dia em que completasse 16 anos. Durante séculos, ele e o seu maravilhoso espectáculo ambulante percorrem as cidades, oferecendo um mundo fantasista e onírico onde cada um pode escolher entre as alegrias simples e os prazeres sombrios. Mas a mais amarga de todas as horas finalmente chega e o grande mestre da imaginação tem de saldar a sua dívida: Valentina (Lily Cole), sua filha, não tarda em completar a idade prometida e Mr. Nick (Tom Waits) chegou para arrebatar a sua alma. Desesperado, Parnassus apenas pode contar com a bravura de Tony (Heath Ledger), um jovem talentoso e apaixonado, que numa corrida contra o tempo, fará de tudo para libertar a jovem do seu terrível destino.
Realizado pelo ex-Monthy Python Terry Gilliam ("Monty Python e o Cálice Sagrado", "Brazil", "12 Macacos", "Tideland - O Mundo ao Contrário"), um conto sobre o bem e o mal, o real e o imaginado, o verdadeiro e o falso. A morte de Heath Ledger, em Janeiro de 2008, fez suspender temporariamente a produção do filme, obrigando a uma readaptação do argumento. Para tal foram criados três alter-egos de Tony, protagonizadas por Johnny Depp (Imaginarium Yony 1), Jude Law (Imaginarium Tony 2) e Colin Farrell (Imaginarium Tony 3). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Parnassus - O Homem que Queria Enganar o Diabo

Vasco Câmara

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Mais uma corrida, mais uma viagem

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Parnassus - O Homem Que Queria Enganar O Diabo

Francisco Marujo

Dentro do género do Fantástico, é um bom filme. Repleto de fantasia e imaginação, o filme leva-nos para dentro do “Imaginário”, numa experiência única de sapatos gigantes debaixo de água, escadas até ao céu e muito mais. O filme pode ser um bocado confuso e difícil para algumas pessoas de seguir. A primeira parte do filme também não é nada de especial, mas quando se começa a entrar dentro do “Imaginário”, tudo muda. Para criar este “Imaginário”, tiveram de ser usados muitos efeitos especiais, mas ao contrário de alguns filmes, “Parnassus – O Homem Que Queria Enganar O Diabo” não têm efeitos especiais excessivos. Concordo com todos acerca dos críticos. Só vi uma ou duas vezes 4 ou 5 estrelas. É sempre 1 ou 2...3 de vez em quando... http://www.francinema.webs.com
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Um adeus a Heath Ledger

Nazaré

No seu reencontro com o tema teatro, que parecia ser-lhe tão caro, Ledger volta a protagonizar, com imenso charme, versatilidade e uma presença como era só dele. Que perda tão grande... O mais irónico é que o melhor deste filme, que são as visões fantásticas de Terry Gilliam, nas cenas para lá do espelho do insondável Parnassus (Plummer), já não contarem com Ledger. A volta por cima foi dada de forma brilhante, com o tão amável e adorável concurso de Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell. Que homenagem tão bela...
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O filme que os deuses não queriam

Raúl Reis

O festival de Cannes de 2009 esperou com impaciência o ultimo filme de Terry Gilliam, “The Imaginarium of Doctor Parnassus”. A expectativa justificava-se porque o protagonista era Heath Ledger, que morreu antes de terminarem as rodagens, e porque alguns dos outros filmes do realizador ficaram pelo caminho devido a estranhos eventos. Terry Gilliam é considerado por muitos – e sobretudo pelas companhias de seguros – como um realizador maldito. “The Imaginarium of Doctor Parnassus” não foi excepção. Muito antes de concluídas as filmagens, o drama da morte de Heath Ledger chocou os cinéfilos do mundo inteiro. Terry Gilliam ficou com um filme inacabado nas mãos. O realizador britânico teve de recorrer a todo o tipo de astúcias técnicas e de argumento para poder finalizar o trabalho. Sou um fã de Terry Gilliam desde sempre. Admiro o seu trabalho inicial na televisão tal como apreciei imenso “Brazil”, “12 Monkeys” ou “Fear and Loathing in Las Vegas”. O mundo que Gilliam consegue criar cada vez que assina um filme encanta-me e faz-me acreditar em novos caminhos para o cinema. Contudo, o mundo cinéfilo não é tão entusiasta face aos trabalhos do inglês. Pior, Terry Gilliam suscita habitualmente uma reacção extrema, de amor ou de ódio. Se “The Imaginarium of Doctor Parnassus” era um filme muito esperado em Cannes 2009, as criticas que se seguiram foram, em geral, más e destrutivas. Os papas franceses da sétima arte não gostam de Gilliam e não lhe dão hipóteses nenhumas. Espero que os leitores sejam mais corajosos e que vão, pelo menos, ver o filme para poderem julgar por si próprios. A morte de Heath Ledger acabou por ser um trunfo para esta obra. Gilliam deu-lhe a volta e conseguiu engatar Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell. Além da megaprodução que a morte de Ledger permitiu, a entrada em cena de três grandes vedetas ajudou mais ainda. E o realizador acredita que a vinda destes actores foi tão bem integrada no filme que nem a equipa de pós-produção percebeu que o argumento inicial era distinto. Estas mudanças forçadas levaram Gilliam a dizer que sentiu que não foi ele quem realizou “The Imaginarium of Doctor Parnassus”: “forças superiores e inferiores fizeram-no. O filme fez-se sozinho”. Gilliam explicou assim o resultado final acrescentando que essas forças também exigiram sacrifícios humanos, não só o de Heath Ledger mas a morte do produtor William Vince que faleceu dois meses depois do actor, e o acidente de automóvel que quase destruiu a coluna vertebral de Gilliam. O britânico deu provas de humor negro em Cannes ao dizer que essas forças obscuras queriam uma trindade fatal: “seria um fim impecável para a história, mas acabaram por não me matar e cá estou eu para contar a história”. E de que vai o argumento de “The Imaginarium of Doctor Parnassus”? O doutor (Christopher Plummer) que dá o nome à película é um feiticeiro velho de séculos que se passeia por Londres numa carroça estranhíssima, acompanhado pela filha (Lily Cole) pelo bizarro Mr. Nick (Tom Waits, num dos papéis da sua vida). O Dr. Parnassus tem um “show” em que o objecto central é um espelho mágico que permite ver outras dimensões do espírito. Para quem não gosta de muitos efeitos especiais aqui ficam as palavras de reconforto do realizador: “eu sabia que não tinha dinheiro para competir com outras produções cheias de efeitos especiais, por isso criei este espelho mágico do qual se pode sair antes de gastar dinheiro demais!”. E depois vem Heath Ledger. A sua personagem, Tony, é um tipo de moral duvidosa que Gilliam considera simplesmente genial e encarnada perfeitamente pelo malogrado actor: “ninguém sabe como Heath é brilhante e sem limites. Ele podia fazer tudo. Quando me anunciaram a morte dele pensei que era uma acção de marketing. Não fazia sentido. Mesmo agora ainda não faz”. Depp, Law e Farrell chegam ao filme naturalmente porque eram próximos de Heath Ledger e não hesitaram um momento, diz Gilliam. “Talvez porque também tenham visto que o filme era bom”, brinca o realizador, acrescentando que, como diz uma das personagens do filme: “o mundo está cheio de coisas encantadoras para todos aqueles que têm olhos para as ver”.
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A Verdade

Anónimo

Ao mostrar tão claramente que a Verdade encontra-se no caminho mais difícil, este filme será certamente incompreendido numa altura em que a facilidade é o que vende (vejam-se os anúncios antes do filme com jovenzinhos cool a beber cerveja). Durante todo o filme é questionada a verdadeira razão por detrás das escolhas que fazemos; por exemplo, ao escrever uma crítica a um filme o que procuro? Partilhar legitimamente o encanto que o filme me despertou ou a vã glória de um ou outro comentário intelectualmente mais estimulante? Com as suas obras de caridade Tony pretendia apenas ajudar as criancinhas ou, afinal de contas, era seu o orgulho disfarçado a falar mais alto? Ao pretender uma vida de facilidade, renunciando aquilo que mais intimamente acredita o que obterá Valentina? Tal como é dito na última cena do filme, não se garantem happy-endings mas a escolha do caminho difícil é a única que vale a pena. “Pouca coisa sabemos. Mas sempre sabemos que nos devemos ater ao que é difícil, e isso é uma certeza que nunca nos abandonará.”, RM Rilke, 1904.
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Eu também ainda não vi o filme...

David Chaves

...mas percebo exactamente o que o leitor anterior quer dizer. Parece que apesar de ainda existirem críticos de cinema (servem mesmo para quê? dizer-nos se o filme é bom ou não?) há muitos que já viram tantos filmes, já perderam tantas horas com cinema que se tornaram uma espécie de zombies, presos ao ideal de um cinema de expoente máximo em ocasiões muito singulares, mas que já tendo visto tudo o que havia para ver e alcançado uma plenitude em filmes muito bons, dedicam-se a dar uma ou nenhuma estrela aos filmes que até são bons, mas que não alcançam a perfeição. Sr. Vasco Câmara... julgo que está na hora de mudar de profissão.
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Digno de bocejo

Fifi

Uma história sem sentido, sem ritmo, incapaz de despertar emoções, vários clichés daqueles que causam prurido e actores que se sente realmente que foram ali colados para tapar as cenas vazias deixadas pelo suicídio do Heath Ledger conjugam-se para tornar este filme enfadonho. A ideia do espelho fantástico controlado pela mente do Dr Parnassus tinha potencial para ser interessante, mas foi muito mal explorada. What a waste of time!
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Ainda não vi este filme mas.....

Maxrunner

....vendo as críticas resta saber se o Sr. Vasco Camara já viu algum filme que tenha realmente gostado.....
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Fantasia certeira num mundo cinzento

Thim

Antes de mais gostaria de dizer que sou algo suspeito em apresentar uma opinião pessoal ao novo filme de Terry Gilliam, dado que, sendo um admirador atento de toda a sua obra feita (filmes, animações, ilustrações, etc, ) e não feita (ver o excelente documentário "Lost in La Mancha"), poderei inconscientemente, ao redigir estas linhas, resvalar para o tendencioso ou o "pró-Gilliamno". Sendo este o caso, vou simplesmente borrifar-me para ele e afirmar que este é um dos seus melhores momentos! Apesar dos obstáculos que quase levaram à não realização deste "Imaginarium" (a fraca aceitação do seu trabalho anterior "Tideland", a morte de Heath Ledger), Gilliam leva este projecto a bom porto mesmo sem uma certa dose de anarquia tão habitual nele. A moral das fábulas, o simbolismo, o humor surreal e a grande tradição do conto transparecem num belíssimo filme cheio de vivacidade e pleno de imagens que nos "estampam" um sorriso nos lábios. Uma fantasia certeira num mundo cada vez mais cinzento e sem imaginação!..
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