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O Santo
Título Original
Mahapurush
Realizado por
Elenco
Sinopse
No regresso de uma peregrinação, um advogado de meia-idade é seduzido pelas teorias místicas de um "homem santo" que lhe fala na sua vida milenar e de todos os grandes homens que conheceu, desde Jesus Cristo a Buda. Fascinado, o homem decide então iniciar toda a sua família nos ensinamentos do seu novo mestre, incluindo a filha solteira. Mas o namorado dela, preocupado com a possibilidade de perder a sua amada para uma religião obscura, decide, com a ajuda de alguns amigos, provar a toda a gente que o indivíduo não passa de um impostor.
Realizada em 1965 por Satyajit Ray, uma comédia que adapta um conto do escritor Rajshekhar "Parashuram" Basu (1880-1960). Quase meio século após a sua estreia, a Leopardo Filmes fá-la regressar ao grande ecrã na versão restaurada. PÚBLICO
Críticas dos leitores
Também o Humor
Marcela Monte
Além de uma enorme sensibilidade e conhecimento da alma humana, este realizador mostra um fino sentido de humor ao desmascarar um charlatão que vive à custa da exploração dos ignorantes.
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Autenticidade e humanidade
Luís Telles
A universalidade da obra de Satyajit Ray decorre diretamente da autenticidade e da humanidade do seu cinema. Da justa representação dos usos, costumes e tradições indianos e do olhar repleto de sensibilidade para com os seus personagens, como Apu, o mais célebre de entre eles, criança inocente face às adversidades da vida. O seu estilo aparentemente naturalista (houve quem lhe chamasse neo-realismo indiano) é compensado por uma grande riqueza visual e rigor formal, acrescido de uma profunda carga simbólica (podiam escrever-se tratados sobre a relevância da animalística ou a simbologia do comboio na Trilogia de Apu, por exemplo). Ray é um dos poucos verdadeiros mestres da sétima arte e a sua obra está muito para além do cinema indiano: cada um dos seus filmes tem o mundo todo lá dentro.
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