O filme baseia-se no submundo da droga, um tipo de filmes de que não gosto, mas "Miami Vice" suprendeu-me! É preciso estar antento para perceber a lógica do filme. Cativante e intressante, aproveitem!

Este excelente filme é cinema em estado bruto. Michael Mann excede–se a cada nova incursão na noite de Los Angeles. A máquina está bem oleada e a acção é perfeita. Nada de piruetas inacreditáveis. A câmara filma como um olhar de intruso. A tensão sente–se – sofre–se com as personagens. Em segundos, tal como na realidade, tudo se passa. Jamie Foxx e Gong Li brilham mais que todos os outros actores. E desta vez até C. Farrel consegue escapar à sua quase inapetência para interpretar. Acção, romance, bons diálogos, boa montagem, excelente banda sonora e uma realização frenética fazem deste um dos melhores filmes do ano. Imperdível. Nota: 4/5.

Axei um filme fraco demais. Quase adormeci...

Por ter seguido infalivelmente a série nos anos 80, achei que finalmente estava na horta de recuperar e de trazer às novas gerações um excelente clássico de policial/"thriller" ao cinema... E espero que, sinceramente, um dia de novo à televisão. Este filme a meu ver superou as expectativas. O realizador Michael Mann, sempre genuíno e realista, mostrou mais uma vez que o que tem qualidade passa a barreira do tempo. E este filme é uma excelente mostra disso mesmo. Em relação ao filme em si, acho que está muito dentro daquilo que caracterizava a série. Mas mais uma vez acompanhando a evolução do tempo, o filme revela-nos o outro lado de um qualquer polícia de "Vice" que, para poder levar a bom porto a sua missão, tem que jogar o jogo do crime e, muitas vezes, pôr em risco a sua própria vida.<BR/><BR/>Para além de que põe em xeque-mate o poder de escolher entre a sua vida profissional e pessoal, e muitas das vezes estas colidem, como é muito notório neste filme. Um "remake" excepcional da série que tanto saudosismo ainda traz àqueles que são apreciadores de um bom filme de policial/"thriller".

Bem, fui ver o filme depois de ler certas críticas menos boas, a nível de argumento e representações, mas enganem-se os que se levam por elas. "Miami Vice" não é "Heat-Cidade Sob Pressão" mas só fica uns furos atrás; bom argumento, boas representações (Farrel e Fox) em sintonia e uma realização do melhor cineasta de acção inteligente. As cenas de acção são formidáveis e a fotografia dá-lhes um tom gótico, fazendo com que se tornem certamente nas melhores cenas de acção do ano. Fica também na retina o romance de Sonny com a Negociadora, consegindo conferir mais drama ao filme. Não liguem às críticas, façam as vossas e vejam por si só este grande filme de um senhor chamado Mann.

Os diálogos sao pouco claros e imperceptíveis. Com tanta gente que fala espanhol em Miami ou nos EUA, foram buscar actores cujo espanhol e péssimo. Se Isabella é cubana de origem oriental tinha obrigação de saber falar espanhol (até porque tem muito com quem praticar em Miami). A imagem e péssima e as aproximações ainda piores. Relativamente à história em si, tem tantas falhas e e de tal forma irrealista que se torna absolutamente patética. Como é que os agentes do FBI vão à Colômbia buscar droga num pequeno avião com a bandeira nacional americana na cauda? Como é que o avião se coloca atrás de um outro para se tornar imperceptível aos olhos dos radares e quando se separam ninguém questiona novamente o seu aparecimento? Como é que os agentes surgem sozinhos para ajudar no tráfico de droga e mais tarde as suas companheiras aparecem a ajudar e ninguém da rede as questiona, e todos as aceitam como se nada fosse?<BR/><BR/>Como é que o "quebra-corações" do filme se envolve em dois tempos com a dama de ferro casada com o chefe da organização? Além disso, nao sera ridículo tornarem a sua relação tão notória num bar à frente de toda a gente, incluindo os outros membros da rede? O pior foi quando foram tomar café a Cuba! Eu sei que Cuba é perto, mas é praticamente impossível fazer essa viagem sem se ser morto no caminho. O barco deles devia ser especial de corrida! Será que não sabem que há um embargo?<BR/><BR/>As únicas coisas realistas do filme, para além da diversidade cultural existente em Miami, são os carros caríssimos que as pessoas aqui fazem questão de exibir e a autoestrada I95 onde diariamente há acidentes porque as pessoas conduzem realmente como os actores nas cenas iniciais do filme, mesmo não sendo agentes do FBI. É uma pena que usem o nome "Miami Vice" de uma serie que marcou gerações e que estraguem completamente a sua imagem num filme tão fraco em todos os sentidos.<BR/><BR/>Peço desculpa se desiludi aqueles que acharam o filme bom, mas realmente este filme esta impregnado de falhas graves.

Eu adorei o filme, mas tem partes de tirar a respiração!Para mim estes filmes são do melhor que há, muita adrenalina e paixão à mistura.

Que coisa bera! Ia adormecendo a meio! Tem um argumento que dá para encher um episódio da série mas não chega para filme. Para compensar isso, quase todas as cenas do filme são estendidas até à exaustão...

Muito fraco. O Farrel não convence, não tem perfil para a personagem, manifestamente. O Foxx ainda se safa. A produção é francamente má, sem "feeling" para o enquadramento dos actores com o desempenho deles no filme. O argumento é para rir, até um menino de quatro anos que veja as séries de violência na televisão faria pelo menos igual. Os tirinhos parecem originários das velhas barracas do defunto Parque Mayer. Só a beleza de Miami vale neste filme medíocre. Um desperdício de meios.

Quem vai ver este filme à espera de ver o Ferrari Testarossa branco (ou o Daytona preto) a acelerar pelas intermináveis avenidas de Miiami, ou então para recordar o fiel jacaré de guarda Elvis, pode tirar o cavalinho da chuva. Crockett e Tubbs agora usam telemóveis de 3.ª geração, fotografias de satélite, email e claro, um Ferrari último modelo, que só acelera nas primeiras cenas do filme e depois nunca mais aparece. A razão para tal é simples, uma vez que o filme, apesar de intitulado "Miami Vice", practicamente não se passa em Miami, sendo a acção dividida por Cuba, Colômbia e o alto mar... As diferenças em relação à serie de TV não ficam por aqui: Ricardo Tubbs perdeu o seu sotaque hispânico e agora tem uma bela pronuncia afro-americana de um Jamie Foxx que parece ter-se inspirado mais em Wesley Snipes do que propriamente em Phillip Michael Thomas (o actor da série de TV) para representar o seu personagem.<br><br>Colin Farrell oferece-nos um Sonny Crockett "cara de pau" (o homem nunca sorri...) com um visual, diria no mínimo, duvidoso. Não está tão mal quando o seu companheiro Foxx, mas está "fraquinho". O pior no que diz respeito a personagens é a completa obliteração do Tenente Martin Castillo, brilhantemente interpretado na série de TV por Edward James Olmos. O actor do filme parece um daqueles capitães de polícia dos filmes do Eddie Murphy... A personagem original era um homem carismático, de poucas palavras, que parecia movimentar-se nas sombras, mas altamente competente e quando intervia resolvia a situação.<br><br>No que diz respeito à banda sonora, que dava todo o ambiente à série, os meus piores receios não se confirmaram (receios esses que se formaram quando ouvi Linkin Park a abrir o filme), as melodias de sintetizador (a grande dávida dos anos 80 à música) estão presentes q.b., embora as melodias não façam esquecer Jan Hammer, que na minha opinião poderia ter sido homenageado com a utilização de uma ou duas músicas no filme, como por exemplo a conhecidíssima Crockett's Theme (da qual existe "cover" do Vangelis!).<br><br>Para quem se deu ao trabalho de ler tudo que escrevi até agora e não sabe do que estive a falar, este filme é para si. Uma "trama" internacional, um pouco ao jeito de "007" ou "Missão Impossivel" com algumas boas cenas de acção à mistura. A cena do tiroteio final está muito bem filmada, dando a ideia que o espectador está no meio da confusão e que pode efectivamente levar com um "balázio". O fim, embora ambíguo (provavelmente a abrir caminho para uma sequela), tem o condão de fugir ao "happy end" hollywoodesco. No geral pode dizer-se que "Miami Vice" é apenas mais um filme de acção que se vale do título da série de TV e do marketing a esta associado. Se assim não fosse com certeza passaria despercebido pelas salas de cinema.