A Hora do Desespero

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Suspense 84 min 2021 M/12 10/03/2022 EUA

Título Original

Lakewood

Sinopse

Apesar da morte recente do marido, Amy (Naomi Watts) faz os possíveis por manter um ambiente de normalidade na vida de Emily, a filha pequena, e de Noah, o filho adolescente. Um dia, enquanto as crianças estão na escola, decide faltar ao trabalho e fazer uma corrida pelos bosques. Ao ver carros de polícia a dirigirem-se à escola em alta velocidade, percebe que algo de errado se estará a passar. Depois de verificar as notícias através do telemóvel, dá-se conta de que está a decorrer um tiroteio na escola de Noah. A oito quilómetros de distância de casa e com apenas o telemóvel na mão para a guiar, esta mãe desesperada vai usar de todos os meios para salvar a vida do filho.
Realizado por Phillip Noyce (“Salt”, “Perigo Imediato”), um “thriller” cuja acção decorre em tempo real. PÚBLICO

Críticas dos leitores

A Hora do Desespero

Fernando Oliveira

“A hora do desespero” é um filme apenas interessante. O que lhe dá importância é lembrar-nos e sublinhar uma verdade muitas vezes ignorada: os filmes são histórias, contam-nas através das imagens, são Cinema quando os realizadores criam através delas, são bom entretenimento quando apenas as sabem contar. Phillip Noyce já realiza filmes há muito tempo e numa carreira bastante desigual tem alguns filmes muito bem contados. Nenhum deles é Cinema. Este é mais um desses casos: a história de uma mulher, viúva recente e com dois filhos a cargo, vai correr numa manhã pelos trilhos ao redor da pequena cidade onde habita e que, entretanto, recebe a noticia de que a escola do filho está refém de um atirador; é contada de uma forma bastante competente, onde se destaca a adequação da mise-en-scène à perturbação emocional e fisica que toma conta daquela mulher. Sozinha e sem possibilidade de chegar rapidamente à escola onde o filho está sequestrado, a narrativa evolui quase só pelo “suspense” criado pelas chamadas telefónicas que a mulher recebe e faz em desespero, “perdida” emocionalmente porque tudo parece ir correr mal, e com uma reviravolta inteligente lá para o meio da história. O filme é, claro, uma denúncia, um grito, contra a a liberdade que a “Segunda Emenda” proporciona no uso de armas nos EUA. O filme abusa um pouco dos recuos que faz às memórias daquela mulher, do “peso” da morte do marido um ano atrás, que se aceita por algumas das possibilidades que a história indicia, exagera na lamechice, que no entanto se dilui na entrega de Naomi Watts à personagem. Um filme apenas interessante, é certo, mas que se vê com agrado.

Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!