Histórias de Bondade
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Três histórias ligadas por uma personagem comum e com os mesmos actores a assumirem papéis distintos. Na primeira, conhecemos Robert, um homem habituado a seguir à risca as ordens de Raymond, o seu chefe. Um dia, Raymond diz-lhe para assassinar um homem conhecido pelas iniciais R.M.F. Num primeiro momento, Robert recusa-se. Mas a sua vida desmorona quando Sarah, a sua mulher, desaparece misteriosamente. Na segunda, Daniel, um agente das autoridades, tenta lidar o melhor que pode com o estranho comportamento de Liz, a mulher, que parece outra pessoa desde que sofreu um acidente que quase lhe tirou a vida. Na última, conhecemos Emily e Andrew, dois membros de um culto religioso que buscam alguém capaz de ressuscitar os mortos.
Estreada no Festival de Cannes, uma antologia com quase três horas de duração que combina comédia, drama e surrealismo realizada por Yorgos Lanthimos, que a escreveu juntamente com Efthimis Filippou, também co-argumentista de Canino (2009), Alpeis (2011), A Lagosta (2015) e O Sacrifício de um Cervo Sagrado (2017).
O elenco inclui Emma Stone (na sua quarta colaboração com Lanthimos), Jesse Plemons, Willem Dafoe, Margaret Qualley, Hong Chau, Joe Alwyn, Mamoudou Athie e Hunter Schafer. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Histórias de Bondade: pobres criaturas e contos do imprevisto
Depois de Pobres Criaturas, o realizador solta o que de mais grego há em si, mas sem trazer nada de novo ao que lhe conhecemos.
Ler maisCríticas dos leitores
Desapontante
Ana Maria
Apesar de interessante e com boas actuações, o filme é extremamente lento e arrastado como outras obras deste realizador. "Pobres Criaturas" foi claramente uma excepção – que infelizmente não se repete aqui.
4 estrelas
José Miguel Costa
"A Lagosta" (2015), "O Sacrificio de Um Cervo Sagrado" (2017) e "Pobres Criaturas" (2013) são justificação bastante para o grego Yorgos Lanthimos ter-entrado (graças aos seus inconfundíveis universos surrealistas) para o clube dos meus realizadores de culto.
Portanto, não será de estranhar o facto de ter corrido para uma sala de cinema no dia da estreia de "Historias de Bondade" (o titulo não poderia ser mais irónico!), a sua nova comédia dramática impregnada (até ao tutano) de humor negro, sátira, bizarria e perversidade.
Uma antologia (em modo de metafórica e niilista fábula social) dividida numa sequência de três histórias sem relação entre si ao nível do (brilhante e desconcertante) argumento. Todavia, encontram-se interligadas pela temática geral (a submissão e a dependência irracional de alguns indivíduos nas suas respectivas relações interpessoais tóxicas e desproporcionais); estética; estilo de montagem; e o elenco, já que o mesmo grupo de actores (os habitués Emma Stone e Williem Dafoe, aos quais juntou um superlativo Jesse Plemons - galardoado com o prémio de melhor actor no Festival de Cannes) interpreta diferentes personagens nos três capítulos.
Yorgos retorna a um registo mais minimalista (próximo da sua primeira obra, "Canino"), refreando o característico aparato visual dos últimos projectos (nomeadamente, no que concerne à utilização de lentes grandes angulares "deformadoras" de cenários), dando ênfase à narrativa nas histórias que nos colocam, respectivamente, perante um homem que não tem qualquer controlo sobre os mais ínfimos aspectos da sua vida, estando dependente dos mandamentos do seu "patrão"; um policia paranóico com a ideia de que a sua mulher, que se encontrava desaparecida no mar, voltou possuída por outrem; e uma dupla, pertencente a uma seita religiosa, que tenta encontrar uma pessoa específica com um dom natural.
Nada é o que parece
Carla de Menezes Rodrigues
Um filme aparentemente desligado por três narrativas, mas que segue uma linha condutora: nada é o que parece, há que ir além do que é apresentado como sinopse de cada história e ver o que está lá atrás, escondido à vista de todos.
Nesse exercício, o cineasta continua a possibilitar e a oferecer-nos a capacidade crítica de retirar de cada história o que nos importa: tudo o que a vida profissional exige, a saúde mental de quem nos protege e a repetição comum de sair de uma relação abusiva para outra.
É igualmente onírico, repleto de metáforas visuais e discursivas, assim como de crítica social e uma análise humana sem janelas de certo/errado, que torna Yorgos Lanthimos um filósofo cinematográfico em que podemos confiar.
Dá-me um ideal
Armando
Que filme com contos tão singulares e fora dos padrões hollywoodescos! Acho que vou rever quando eventualmente sair para streaming com a “Irreal Social” dos Ban a rodar ao fundo… "dá-me um ideal um ideaaaaaaaaaaaaal surrealizar por aíííííííííí colorauuu dá-me um dedo moral dá-me um ideaaaaal social!"
Histórias de bondade
Maria João Bento das Neves
Gostei menos deste filme do que dos anteriores.
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