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Happy End

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Drama 107 min 2017 26/07/2018 Áustria, FRA, ALE

Título Original

Happy End

Sinopse

<p>Disponível na plataforma <a href="https://www.filmin.pt/filme/happy-end" target="_blank">Filmin</a></p><p>Encontro de várias gerações de uma família burguesa em Calais, França. George Laurent, o ancião, sofre de demência progressiva; Thomas, o filho, depois da notícia do envenenamento da ex-mulher, é obrigado a viver com a sua filha, Ève, que por sua vez tem tendências suicidas; Anne, a filha, tem em mãos o negócio de construção civil da família e tem de lidar com o trauma de um acidente de trabalho causado pelo seu filho, que sofre de desequilíbrios mentais.<br />Um filme sobre dramas e segredos familiares, com a crise de refugiados e da Europa contemporânea como pano de fundo. Depois de "Amor", Isabelle Huppert ("A Pianista", "Ela", "Marvin") e Jean-Louis Trintignant ("Janis e John"), voltam a contracenar num filme de Michael Haneke ("O Laço Branco", "Brincadeiras Perigosas") que conta ainda com Mathieu Kassovitz ("Uma Traição Fatal", "A Vida de Outra Mulher", "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas"). PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

Sob o signo do ansiolítico

Jorge Mourinha

O novo filme do autor de Amor e O Laço Branco é uma angustiante câmara lenta dos nossos dias mas que nada traz de novo ao seu cinema.

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Críticas dos leitores

Sociedade

Antonio

Pessoas cada vez mais isoladas e individualistas numa sociedade cada vez mais estatizada.
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Filme fraco e aborrecido

Hélio

Filme sem nexo, chato, atuações oessimas, não gastem o vosso dinheiro nisso. O problema é que esta suposta arte é na maioria das vezes financiada pelos nossos impostos. Se querem fazer cinema supostamente alternativo que assumam o risco comercial do mesmo...
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O Compromisso

Nelson Faria

Rectifico: O filme de Trintignant com Bertolucci é, mais exactamente, "O Compromisso".
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Haneke

Nelson Faria

Gosto muito deste realizador. Costumo rever os seus filmes: é um exercício muito útil, porque podemos perceber outros aspectos anteriormente menos evidentes. Grandes actores: estou-me a lembrar do Trintignant de Bertolucci de "A Estratégia da Aranha"(1970), então ainda jovem, da diva Huppert e Kassovitz extraordinário. É espantoso: estes adultos que nos governam, que imbecis, dirá a adolescente. <br />Soberbo este Haneke, sempre um acontecimento quando reaparece. Para meu contentamento. Geométrico e sereno em busca da demonstração da sua tese: a infinita maldade humana.
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Excelente

Isabel Rodrigues

Maravilhoso filme de um cineasta de quem já se esperava há muito uma nova obra. A ver.
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3 estrelas

José Miguel Costa

O regresso do realizador austríaco Michael Haneke (o mestre da manipulação das emoções - criador de obras incontornáveis da sétima arte, que "entranharam-se-me", como "Funny Games", "A Pianista", "Laço Branco" e "Amor") é invariavelmente indutor de euforia (bem como de antecipação do sofrimento que os - aparentemente banais e sempre intimamente cruéis/perversos - personagens irão provocar-nos, na medida em que jamais adivinhamos o momento em que ser-nos-á retirado o "tapete debaixo dos pés", através de violentas/perversas "reviravoltas emocionais"). <br /> No entanto, no seu recente "Happy End" (poderia haver título mais irónico para um filme do Haneke?) surge-nos algo esmorecido (tendo em conta os seus anteriores pergaminhos) ou, no mínimo, menos virulento/sádico. E ao confrontar-nos com as idiossincrasias das anémicas relações interpessoais dos diferentes núcleos de uma desestruturada família da alta burguesia de Calais (sim, essa Calais na qual se encontra implantada a "selva" dos refugiados - estará aqui implícita alguma espécie de alegoria à situação vivenciada pelo velho continente?) até continua a fazer-se valer da sua tradicional "base estrutural" (o registo naturalista em que tudo parece estar a decorrer sem quaisquer indícios de "anomalias de maior" até que inesperadamente ... "a coisa explode"!). Todavia, desta vez, não atinge os resultados expectáveis, quiçá, por ter adiado por demasiado tempo a introdução das "surpresas" (opção que, inclusive, provoca um certo "aborrecimento" em determinados períodos, tanto mais que a interligação entre as diferentes cenas também se revela algo ténue - só até à "revelação" que tudo explica, é certo ... mas que não chega a tempo - e com a agravante de não se tratar propriamente de um "big boom" - de "salvar por completo" esta sua obra definitivamente menor).
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Sociopatia europeia

Leonor

Tardou mas lá chegou a Lisboa este filme de Michael Haneke que estreou no ano passado e dividiu de imediato as opiniões em Cannes. A colagem da narrativa, feita através de informação, fornecida a espaços, por dispositivos modernos como o telemóvel de Eve ou o portátil de Thomas, mostra-nos o quão distantes nos tornámos uns dos outros no mundo material e sensitivo, enquanto procuramos alternativas emotivas no mundo virtual. Sobra em todas as personagens uma sensação de vazio, à qual reagem as mais temerárias procurando a morte (desempenhos extraordinários de Fantine Harduin e Jean-Louis Trintignant) ou expondo ao ridículo a sociopatia europeia, diante por exemplo do drama dos imigrantes em Calais (caso da tentativa de boicote do noivado interpretada por Franz Rogowski). Um filme que nos revela a frio o retrato de uma sociedade e de uma família sem empatia nem amor pelo próximo. A não perder.

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