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Disponível Para Amar

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Drama 98 min 2000 M/12 03/12/2020 FRA

Título Original

Depois de ter obtido a notoriedade internacional com​ Chungking Express (1994) e Anjos Caídos (1995), no ano 2000 Wong Kar Wai regressou com este melodrama romântico passado em Hong Kong durante a década de 1960, com um ritmo bastante mais vagaroso que os anteriores. Em tom nostálgico e com uma forte componente fatalista, Kar-wai faz um retrato da sociedade de Hong Kong dessa época, recriando a sua atmosfera de forma romântica e fidedigna.

O fio narrativo segue as vidas de Chow Mo-wan (Tony Leung ), um jornalista, e de Su Li-zhen (Maggie Cheung), uma secretária. Exactamente no mesmo dia, mudam-se para um prédio com os respectivos cônjuges. A constante ausência destes e a descoberta de uma traição fazem com que o jornalista e a secretária se aproximem e fiquem "in the mood for love".

No festival de Cannes de 2000, Tony Leung Chiu Wai ganhou o prémio de melhor actor e Christopher Doyle, Pin Bing Lee e William Chang o grande prémio técnico. Wong Kar Wai ganhou o César de melhor filme estrangeiro de 2001. O filme foi também o grande vencedor do festival de cinema de Hong Kong de 2001. PÚBLICO

Sessões

  • Lisboa

Críticas dos leitores

Cinema de 1ª

José Manuel Vieira Faria

Um filme onde se respira sensualidade por todos os poros. Belíssimo.

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Amor à flor da pele

Ricardo Pereira

Uma história de amor platónico passada numa Hong Kong dos anos 1960 embalada ao som de boleros cantados em castelhano por Nat King Cole. Assim pode ser resumido "Disponível para Amar" de Wong Kar-Wai. No entanto, resumos não servem muito para mostrar aspectos de uma obra, isto de uma forma geral. No caso particular deste filme, tentar resumi-lo é pecar por deixar de lado o que é fundamental no filme: o clima. Do visual lânguido à trilha sonora nostálgica, passando pelas atuações do casal e pela condução correta destes elementos, tudo em "Disponível para Amar" é usado de forma a envolver o espectador na sua atmosfera. Um homem e uma mulher descobrem que seus respectivos cônjuges estão mantendo um relacionamento amoroso. Ele, um jornalista cuja esposa viaja constantemente, e ela, uma secretária cujo marido também viaja a negócios, são vizinhos. Por viverem constantemente sozinhos os dois se aproximam, primeiramente por solidariedade, pois ambos partilham o mesmo sofrimento. Depois o sentimento se transforma em amor. Qualquer tipo de moralismo é evitado em relação ao adultério. As figuras do marido e da esposa se fazem presente, mas nunca realmente aparecem na tela por completo, são sempre escondidas pela angulação das câmaras. A atenção é toda centrada no casal de protagonistas representados por ótimos e belos atores. A interpretação de Tony Leung é precisa, contida, como marido traído, e intensa, como homem descobrindo-se apaixonado novamente. Maggie Cheung mostra o sofrimento gerado por um novo amor impossível diante da sociedade com a vulnerabilidade e a amargura necessárias. O filme começa e termina com textos que localizam seus acontecimentos no tempo e no espaço. Explicita que nada mais daquele tempo existe mais, exceto na memória dos seus protagonistas, deixando claro, desta forma, que se trata de uma história não só de amor, mas também de nostalgia, para não dizer saudade. Embora não haja qualquer referência a um envolvimento sexual entre os dois personagens, "Disponível para Amar" é pura sensualidade, sendo cada gesto dos atores cheio de paixão, de ardor, de desejo.
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