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2046

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Romance, Drama, Ficção Científica 120 min 2004 M/12 31/12/2020 ALE, Hong-Kong, FRA, China

Título Original

Continuação, "remake" ou "remix" de "In The Mood for Love - Disponível para Amar", voltamos a encontrar em "2046" a personagem do escritor-jornalista. Hong Kong, 1966. No seu pequeno quarto de hotel, Chow Mo Wan, em crise de inspiração, tenta terminar um livro de ficção-científica cuja acção decorre em 2046. Através da escrita, Chow vai relembrando as mulheres com quem se cruzou durante a sua existência solitária. Apaixonadas, cerebrais ou românticas, cada uma delas deixou um traço indelével na sua memória e alimentou o seu imaginário. Uma delas assombra com frequência a sua memória: Su Li Zhen, a única que ele certamente amou. Ela ocupava o quarto ao lado do seu, o quarto 2046. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

2046

Mário Jorge Torres

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2046

Luís Miguel Oliveira

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Not in the mood for love

Kathleen Gomes

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2046 Odisseia no Planeta Wong Kar-wai

Vasco Câmara

O homem chegou, como um astronauta que dificilmente consegue fazer-se entender em relação ao que os seus olhos viram no planeta distante, e disse: “No dia de hoje [Maio de 2004, na Croisette], pode-se dizer que o meu filme está acabado”.

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Sessões

  • Setúbal

Críticas dos leitores

O amor acontece (?)

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Obras como "Chungking Express", "Anjos Caídos" ("Fallen Angels") ou "Felizes Juntos" ("Happy Together") garantiram a Wong Kar-wai um lugar de culto dentro do cinema actual, estatuto ainda mais reforçado com o incensado "Disponível Para Amar" ("In the Mood for Love"), de 2001, para muitos a sua obra-prima. Com uma estética peculiar e reconhecível, o cineasta destacou-se, entre outros motivos, pela inquietante carga visual que explora nos seus filmes, dotando-os de um estilo de realização incomum e pessoal. "2046" é considerada a sequela - ou continuação, ou "remix", dependendo da perspectiva - de "Disponível Para Amar" e volta a apostar em domínios carregados de tensão emocional e desilusão amorosa.<BR/><BR/>A película segue as experiências de Chow Mo Wan - interpretado pelo já habitual Tony Leung -, um escritor dos anos 60 que recorda as mulheres que marcaram a sua vida enquanto prepara um novo romance de ficção científica intitulado "2046" (que é, também, o número de um quarto do hotel onde se encontra instalado e que foi habitado por algumas das mulheres que conheceu). Este é o mote para Wong Kar-wai proporcionar uma reflexão pelos meandros das relações humanas, geralmente caracterizadas por atmosferas emocionais melancólicas e angústias existenciais.<BR/><BR/>Como é frequente nas obras do realizador oriental, o filme não segue uma narrativa linear e tipificada, antes opta por expor fragmentos e estilhaços que se interconectam e influenciam, gerando um complexo puzzle que se (des)constrói em cerca de duas horas. O resultado, por vezes envolvente e sedutor, é contudo mais redundante do que intrigante, dispersando-se em longas recordações e pedaços de experiências que nem sempre conseguem envolver.<BR/><BR/>A vertente visual é exímia, ou não fosse Kar-wai um sofisticado e exigente esteta capaz de tornar cada plano numa simbiose de criatividade e requinte, mas o "argumento" não está, infelizmente, à altura dos rasgos hipnóticos do grafismo.<BR/><BR/>"2046" oferece pontos de interesse como os contrastes entre ambientes retro e territórios futuristas, ambos contaminados com aliciantes doses oníricas e complementados com uma adequada banda-sonora e excelente fotografia. Embora esses elementos contribuam para o deleite contemplativo, a resposta emocional é reduzida, uma vez que as personagens são concentrados de frieza, amargura e solidão, raramente despoletando empatia. Não se procuraria um tom espirituoso num filme que aborda a perda e a quebra de elos, mas "2046" exibe pouco calor humano, ainda que tenha consideráveis cenas de sexo e intimidade conjugal (que, mesmo habilmente filmadas, não demovem a carga distante da película).<BR/><BR/>A espaços estimulante, a mais recente obra de Wong Kar-wai é prejudicada por uma narrativa desigual, com diversos altos e baixos, tornando-se numa experiência cinematográfica que, apesar de singular, suscita níveis de entusiasmo apenas medianos. A beleza e mestria das imagens - carregadas de texturas e contrastes cromáticos - quase disfarçam a pretensão de uma obra cujo resultado está abaixo das expectativas e é tão efémero como as relações da personagem de Tony Leung. Classificação: 2,5/5 - Razoável.
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2046 horas depois...

Vera Pinho Morgado

Indiscutivelmente complexo, proporciona-nos uma viagem real no campo da ficção científica e humana onde as emoções e as pessoas ocupam sempre a primeira página de um livro que ainda está a ser escrito e cujo fim vamos conhecendo. "2046" é a justa continuação de "In the Mood for Love", que mais uma vez nos envolve numa aura kar-waisiana irresistível.
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