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Boyhood: Momentos de Uma Vida

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Drama 165 min 2014 M/12 27/11/2014 EUA

Título Original

São imagens (quase) reais. Foram captadas ao longo de 12 anos, anos esses correspondentes aos da vida de um rapaz. Num dos projectos cinematográficos mais ambiciosos, raros e aguardados de sempre, segue-se em "tempo real" o crescimento de Mason (Ellar Coltrane). Com seis anos no início do filme, é e será um miúdo como tantos outros. Filho de pais divorciados, vive com a mãe (Patricia Arquette) e a irmã mais velha (Lorelei Linklater, filha do realizador, Richard Linklater). O pai (Ethan Hawke), só vê aos fins-de-semana e nas férias. Tem amigos, padrastos, problemas, dilemas, alegrias, escolhas, consequências, responsabilidades, amores, paixões. Cresce. Descobre(-se). Todos os anos, durante uma semana, a equipa de filmagens reencontrava-se com ele e com as personagens da sua vida. Os actores voltavam aos seus papéis, crescendo, envelhecendo e mostrando os sinais do tempo perante a câmara, sem verem o que tinha sido filmado antes. Foram os primeiros a ser surpreendidos com o resultado final, de forma avassaladora. "Boyhood" segue um guião, mas não tem artifícios. Mostra esta vida como ela é.
Um drama ficcional sobre a memória e as relações, em que Linklater leva ao limite a abordagem que já explorara na trilogia de culto "Antes do Amanhecer", "Antes do Anoitecer" e "Antes da Meia-Noite", também com Ethan Hawke. Quis filmar "o modo como o tempo passa pelas nossas vidas", enaltecendo os "pequenos momentos que fazem a diferença, em vez dos 'grandes momentos' que se vêem sempre nos filmes", sublinhou aquando da exibição no Festival de Berlim, onde "Boyhood" foi aclamado como uma obra-prima e de onde trouxe o Urso de Prata para Melhor Realizador.
PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Boyhood – Momentos de uma Vida

Luís Miguel Oliveira

O projecto é singular e vale para além dos seus pressupostos, feito com uma doçura e uma inteligência que nunca deixam o filme esgotar-se no simples exibicionismo duma ideia (quase “teórica”)

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Encapsular o tempo

Luís Miguel Oliveira

A doçura e a inteligência nunca deixam o filme esgotar-se no simples exibicionismo duma ideia.

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A proeza? A delicadeza

Vasco Câmara

Ter acompanhado, em favor da ficção, o crescimento e envelhecimento dos actores, colocou Linklater perante um desafio: a delicadeza. É essa a proeza.

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Cenas da vida familiar

Jorge Mourinha

O tempo que passa é o verdadeiro tema do melhor filme de Richard Linklater, rodado ao longo de doze anos.

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Sessões

  • Lisboa

Críticas dos leitores

Sapiência que vem com o tempo

Andrea

O Mason cativou-me de imediato e todo contexto à volta dele. A geração em que cresce que faz a viragem do milénio. Linklater tem aqui uma verdadeira pérola. Adorei o registo simplista e cru com uma ternura que não nos passa ao lado.
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Estamos ali

Manuel Gomes

Todos os que já passaram dos 40 vão ver uma parte da sua vida ali retratada. Credível e suficientemente bem feito para se aguentar os 165min de filme (!) sem descolar os olhos do ecrã.
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Boyhood

Margarida d'Orey

Muitíssimo bem feito. Um filme em tempo real que é uma inovação é um filme diferente que prende.
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Boyhood

Isabel Pinto

Um filme diferente! <br />Um filme em tempo "real" único! <br />Excelente e recomendo.<br />O melhor de Richard Linklater
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Todas estas nossas vivências valem a pena?

CMaria

Com este horizonte temporal alargado é preciso muita mestria e visão para fazer um filme tão fluido. Estou feliz por ter decidido ir ao cinema assistir a um pouco de... Vida.
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Muito interessante

Maria

Muito bem feito, retratando com a maior simplicidade e rigor a vida actual de várias gerações.
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Boyhood

Mike

O realizador Richard Linklater já fez muitos tipos de filmes, dos mais comerciais ("School of Rock", 2003), às comédias negras ("Bernie", 2011) e até aos filmes de gangsters ("Newton Boys", 1998). Mas sempre esteve melhor quando se debruçou sobre a própria vida, sobre a forma como as pessoas crescem e evoluem ao longo dos anos, e como vão gerindo as suas emoções e as suas relações, à medida que a vida vai fluindo à sua volta. <br />Mais em: eusoucinemapt.blogspot.pt/2014/12/boyhood.html
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12 anos

NF

São 12 anos de filmagens que deram origem ao filme. Inovador. A transformação e o envelhecimento dos actores dá nota da passagem do tempo. Isto é inovador e a comunidade cinematográfica não deixará de premiar o realizador, nas grandes decisões que se aproximam(atribuição de Óscares, principalmente). <br /> <br />Aproveita o realizador para seguir o rasto de uma família e tentar dar um retrato dessa evolução perante o real-social: a disfunção familiar, a entrada no sistema de ensino, as relações adultos-não adultos, o casamento, o divórcio,... <br /> <br />A América é mostrada de forma brilhante: a grandiosidade geográfica possibilita a procura de novos horizontes e oportunidades. É um filme muito americano: as estradas que cortam os grandes espaços, o automóvel simbolo do progresso material. São revistos os grandes temas da História da América: "the struggle for life, the melting pot, the american way of life". Na América, como mostra o filme, está sempre presente o tema que desencadeou a Revolução Americana: "Taxation without representaton is tyranny", lema do episódio histórico "Boston Tea Party". Pagamos impostos para estarmos bem representados a nível político... <br /> <br />Claro que não há sociedades ideais. Mas existam umas que são mais ideais que outras... <br /> <br />Nota final: o cinema não está desligado da realidade das pessoas, do social. Não existe cinema bacteriologicamente puro, se assim se pode dizer. Este filme Linklater prova-o. <br /> <br />4**** estrelas <br /> <br />
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Excelente

Alexandre

Um filme que nos faz reviver as vicissitudes de uma geração.
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A Disfuncionalidade Familiar...

João Manuel Rua Alves

Creio que é disto que trata e fá-lo com grande genialidade. Áparte do tempo que demorou a conceber, o filme é um retrato das nossas sociedades actuais, com a sua extrema fragilidade de laços conjugais. Como é crescer assim? O que isso implica? Até que ponto a família em que crescemos influencia a nossa maneira de viver e de ver? O filme mostra uma excelente imagem, que não estará muito longe, para não dizer pertíssimo, da realidade. Uma excelente interpretação. Pode até ser um pouco parado (entenda-se sem grandes planos de acção) mas dado o argumento, não é por isso que perde. Recomendo vivamente, especialmente a quem é da área da psicologia educacional e similares.
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