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As Mil e Uma Noites: Volume 1, O Inquieto

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Drama 125 min 2015 M/12 27/08/2015 POR

Sinopse

<p><span style="color: #000000">Encadeando histórias que vão das manifestações de rua ao silêncio dos estaleiros de Viana do Castelo, passando pelo desespero de um desempregado, pelas manobras do político euro(s)centrado, pelos incêndios de Verão ou mesmo pelo tradicional banho de Ano Novo, é traçado um retrato do Portugal real – mesmo que essa realidade tome por vezes uma aparência absurda e fantasiosa – que pulsa sob o jugo da austeridade.</span><br /> <span style="color: #000000">Realizado por Miguel Gomes ("Aquele Querido Mês de Agosto", "Tabu"), "O Inquieto" é o primeiro tomo de uma trilogia que se completa com "O Desolado" e "O Encantado". A colecção toma o título – e a estrutura – dos famosos contos árabes clássicos em que a princesa Xerazade oferecia todos os dias, em troca da sua vida, uma história nova ao rei Shahriar. Todos os volumes d'"As Mil e Uma Noites" de Miguel Gomes são também narrados por uma Xerazade e começam por parafrasear a contadora de histórias original: "Escuta, ó venturoso rei, fui sabedora de que, num triste país entre os países..." As filmagens do tríptico decorreram ao longo de um ano, começando em Agosto de 2013, a partir de um guião em construção que tinha como base histórias recolhidas na sociedade portuguesa contemporânea por um grupo de jornalistas: Maria José Oliveira, Rita Ferreira e João Dias. O realizador descreve o projecto como um misto de "ficção e retrato social, tapetes voadores e greves", lembrando que "imaginário e realidade nunca puderam viver um sem o outro (e Xerazade bem o sabe)".</span><br /> <span style="color: #000000">Desde a sua estreia na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, onde foi calorosamente recebido, "O Inquieto" percorreu os grandes festivais de cinema internacionais, arrecadando distinções como o Prémio da Crítica Internacional (Fipresci) ou o prémio máximo da selecção oficial do Festival de Cinema de Sydney.</span><br /> <span style="color: #000000">PÚBLICO</span></p>

Críticas Ípsilon

Sandinista!, disco 1

Jorge Mourinha

O primeiro filme do tríptico de Miguel Gomes funciona como síntese do projecto e deixa uma vontade irresistível de acompanhar o que se segue.

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Portugal, moda Outono-Inverno

Luís Miguel Oliveira

Eis o primeiro volume do caleidoscópio de Miguel Gomes, a trilogia As Mil e uma Noites, que leva ao limite uma das características dos filmes do realizador: a tendência para “mudarem” a meio, começarem como uma coisa.

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Críticas dos leitores

Genial

Inês

É fabuloso, simples e genial . <br />Obrigada a toda a equipa.
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Chatíssimo!

Joaquim Kaddosh

Estive para sair, não o fiz só para depois não jurar em falso! É uma "fita" (como se dizia antigamente) das mais chatas que já vi. Quando não se tem nada para dizer, pede-se emprestado ao "fait divers"!
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As mil e uma noites

Francisca

Filme com mau argumento é muito mau! Tenta fazer uma crítica mas retrata realidades ultrapassadas... É deprimente!
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A Torre Bela

EC

Neste filme, em 3 volumes, alega-se a existência de um nexo da causalidade entre a maioria das histórias relatadas – os passarinheiros, os engravidadores cobardes, os homicidas sem tripas, as crianças pirómanas, as alcoviteiras do galo – e a crise económica que se abateu sobre Portugal nos últimos anos, a saber: a indigência cultural actual é um efeito da crise económica. Ora, a existência deste nexo de causalidade é bastante disputável e, a existir tal nexo, é justamente em sentido contrário ao exposto no filme: a crise económica é justamente um efeito da indigência cultural do país que se relata na maioria dessas histórias. <br /> <br />Desde a “Torre Bela” até às “Mil e uma Noites”, a indigência cultural do país pouco ou nada mudou. O que mudou ao longo dos tempos foi a quantidade de dinheiro que esse tipo de indigência foi tendo nos bolsos. É verdade que esse dinheiro permitiu a algumas dessas pessoas libertarem-se desse atraso cultural. Quer por intermédio dos filhos dos arrivistas dos anos 80 e 90, quer por outras vias mais nobres. Mas a grande massa dessa indigência cultural manteve-se e, na sua essência, até piorou. Quando a “Torre Bela” foi exibido, na altura, muita gente ainda teve a lucidez crítica de achar que os portugueses foram filmados como sendo animais. Por sua vez, os próprios intérpretes anónimos de “Torre Bela” ainda mostravam algum pudor em frente das câmaras. Porém, em “Mil e uma Noites” parece haver uma glorificação dessa mesma indigência cultural, de ambos os lados da câmara.
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O filme incomoda?

Henrique

Pois é esse justamente o objectivo, face ao absurdo e ao irracional da situação real que o país e todos nós atravessamos. Excelente. Não deixe de ver.
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Muito bom.

Maria

Miguel Gomes faz aquilo que se julgava impossíveis, oposição ao Governo de Portugal com uma inteligência rara. Mistura o real com o onírico e pensamos que estamos numa ficção, numa comédia, mas não, estamos num documentário, num filme dramático que nos obriga a pensar. Excelente este volume 1. Não desiludiu neste caldeirão de sentimentos.
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Muito bom

Ricardo

Só tenho a dizer. Quem critica uma filme como estes, bastante alternativo diga-se de passagem, é porque apenas vê filmes sensacionalistas de Hollywood. Há certos comentários aqui que são lastimáveis. Não sei se é falta de sentido de apreciação ou se são simplesmente pessoas politicamente ofendidas. Filme apela pela sua criatividade, bom enredo e, sobretudo, bastante real.
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resposta

Paulo

Caro João Carlos,<br />Os trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo agradeceram ao Miguel Gomes o facto de ter feito o filme, logo... perdeu uma boa ocasião de estar calado. <br />P. S. Vi a cena pessoalmente...
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É o melhor outdoor para admirar antes da eleições do 4 de Outubro!

Paula G

“O Inquieto” (parte 1 d'AS 1001 NOITES de Miguel Gomes) é para ver antes das eleições no 4 de outubro! Um filme decerto muito mais eficaz do que muitos outdoors, tempos de antena e comícios... Miguel Gomes assume o embaraço com a missão impossível a que se lançou: fazer uma sucessão de histórias de entreter e de encantar que não encobrisse a real opressão e recessão da austeridade que é o Portugal presente. Fez muito bem. Com muito bom ritmo e óbvia perspicácia. <br /> É o Portugal no seu melhor e no seu pior, lado a lado na vidinha dos bons costumes que escondem dureza, profundeza e nobreza. A comédia ao nível da estupidez hilariante que retrata os decisores levianos, alterna com a tragédia do drama pessoal (passional representado pelos púberes e profissional com o testemunho dos adultos). <br /> Há campanha por um novo partido que quer trazer a mudança mas no fim, entre muitos votos nulos, ganha o PS. Ninguém acredita em ninguém. A salvação é o banho do 1 de Janeiro em apoteose de alegria popular. Não percam; é para ver antes do dia 4, para ganharmos a luta contra a austeridade estúpida e impiedosa.
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Belo filme!

Rufino Pinho

Inteligente, sensível e belo o filme do Miguel Gomes. A lembrar muitas vezes o ambiente do "Aquele mês de Agosto". Vou ver os outros dois volumes. Vamos a ver se chegam ao fabuloso e marcante nível do "Tabu".
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