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A Juventude
Título Original
Youth
Realizado por
Elenco
Sinopse
<div>Fred e Mick são dois amigos quase octogenários a gozar um merecido descanso num luxuoso hotel no sopé dos Alpes Suíços. O primeiro é um maestro e compositor conceituado que há muito abandonou a carreira musical; o segundo, por seu lado, é um realizador ainda no activo que se prepara para realizar uma última obra que, segundo diz, será o seu “testamento”. Naquele lugar paradisíaco, cientes da proximidade do fim e rodeados de pessoas de todas as idades, os dois recordam o passado, fazem planos para o futuro ao mesmo tempo que reflectem sobre a juventude e o elevado preço do envelhecimento…</div><div>Com realização e argumento do italiano Paolo Sorrentino (“Este é o Meu Lugar”, “A Grande Beleza”), conta com Michael Caine e Harvey Keitel nos papéis de protagonistas a quem se junta Rachel Weisz, Paul Dano e Jane Fonda, entre outros. PÚBLICO</div><div><br /></div>
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Filme A Juventude
Marta Bertelli
Filme “A Juventude”: imperdível <br /><br />Publicado em 8 de maio de 2016 por Marta Bertelli, no blog: lobasnarede.wordpress.com O filme A juventude, do realizador italiano Paolo Sorrentino, foi considerado o melhor filme europeu pela Academia Europeia do Cinema que também distinguiu os atores britânicos Michael Caine e Charlotte Rampling. Para cinéfilos ou não, é um roteiro de tirar o fôlego, revelando poeticamente a amizade de duas celebridades do mundo artístico que se reencontram em um hotel luxuoso dos Alpes suíços no final da vida. Com recursos de pós-modernidade, Sorrentino mais uma vez comove plateias do mundo inteiro fazendo a síntese entre imaginação e realidade, o mundo dos famosos e dos anónimos, a genialidade das crianças. O diretor de A Grande Beleza mostra a que veio: eternizar emoções e cenas mágicas com a maestria dos diálogos, o encantamento da música erudita e, acima, de tudo, respeito ao público que já o consagrou como um dos melhores de todos os tempos. Não perca! O filme ainda está em cartaz nos primeiros dias de maio de 2016 no Cine Paradigma, em Floripa.
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Muito médio
Teresa Monteiro Fernandes
Execelentes actores, bela localização, muitas piscadelas de olho ao grande cinema, de Fellini a Almodovar, à grande literatura, Montanha Mágica, ao tema gasto das velhas estrelas em fim de carreira cheias de retoques faciais, não fazem deste um bom filme. <br />Fazem dele um filme irritante de tanto pretenciosismo, sem nada de novo. Ao contrário da "Grande Beleza", melhor ainda, do "This must be the place".
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3 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
Esta nova obra do Sorrentino é, metaforicamente (e pegando num dos seus muitos personagens-fantoches), como uma miss universo, na medida em que é detentora de uma grande beleza mas diz... pouco! De facto, o novo "divo" do cinema italiano regala-nos, como é seu apanágio, com um autêntico festim visual de imagens estilizadas e garridas inquestionavelmente belas (com o seu quê de videoclip publicitário - não faço esta comparação de forma depreciativa, pelo contrário, pois sou fã confesso do seu modo de filmar). No entanto, a sua narrativa é pobre, embora pontuada com alguns diálogos cheios de "pompa e circunstâcia", que bem espremidos acabam por "não dar em nada" no seio de tantas outras ideias soltas e estéreis (dando a sensação de que estes foram retirados de um qualquer site de "frases engraçadinhas" e depois "colados a cuspo" aleatoriamente). Isto porque tenta abarcar, sem sucesso, duas temáticas complexas, a velhice e o declineo da indústria da 7ª arte, de uma assentada só (e, lá diz a sabedoria popular, "quem muitos burros toca, algum há-de deixar para trás"), ainda mais fazendo-se valer, em simultâneo, de duas linguagens aparentemente antagónicas - não pode ter a pretensão, especialmente quando "não tem unhas para tocar essa guitarra", de abordar assuntos de "forma séria" recorrendo constantemente à caricatura e ao espalhafato burlesco, sob o risco do produto final perder a textura dramática e soar a oco/falso. <br />Ok, até pode alegar-se em seu favor, como já vi escrito algures, que é uma espécie de parábola hiperrealista que aborda o existencialismo surreal com realismo fantástico - como gostei desta "definição", e não estou a ironizar -, todavia, dai a conseguir alcançar esse objectivo "são outros tantos", pois a sua "praia é outra". <br /> <br />Não seria inteiramente justo se não salientasse que poder-se-ão ainda encontrar outros pontos de interesse neste filme, nomeadamente a sua electrizante banda sonora (que constitui a indumentária perfeita para a miss universo) e a prestação dos actores, sobretudo os secundários Jane Fonda (sim, essa mesmo) e Paul Dano.
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