A Grande Parada

Votos do leitores
média de votos
Votos do leitores
média de votos
Guerra, Drama, Romance 130 min 1925 M/16 19/01/1999 EUA

Título Original

The Big Parade

Sinopse

Um dos mais famosos filmes americanos mudos, e também um dos maiores êxitos de bilheteira do seu tempo. Mais do que um filme de guerra anti-belicista, "The Big Parade" é uma história de amor e paixão que se desenvolve de forma quase irracional, começando em tom de comédia (o encontro do soldado americano com a jovem francesa) para se encaminhar para o filme de acção (as notáveis cenas de batalha, onde o cigarro é o último companheiro do moribundo) e culminar no mais puro melodrama.<p/> Texto: Cinemateca Portuguesa

Críticas dos leitores

A grande parada

Fernando Oliveira

Será o filme que estabeleceu o paradigma do drama romântico com a guerra como pano de fundo: um soldado americano e uma rapariga francesa (John Gilbert e Rennée Adorée) apaixonam-se em França durante a Grande Guerra; é, claro, um amor vivido com urgência, no limite, excessivo mas também angustiante; que Vidor filma através dos gestos, das caricias entre os dois (tem um dos mais bonitos beijos mostrados em Cinema); um amor absoluto que quase dispensa as palavras. <br />Mas também é um dos filmes mais decisivos sobre a estupidez e o horror da guerra: primeiro Vidor mostra-nos a normalidade, o dia-a-dia sempre igual, as noticias da guerra longínqua, no outro lado do oceano. Depois a partida, ainda eufórica, ainda ingénua, as multidões a aplaudir os “heróis”. Depois o o horror, a ferocidade, a inutilidade de qualquer coisa que se faça porque a morte está ali ao lado, toma conta do filme todo (aquele interminável plano fixo sobre o moribundo com um cigarro na boca, a agarrar-se aos últimos momentos, depois já morto). <br />James e Melisande apaixonam-se, são felizes enquanto estão juntos; a tristeza da separação e a opressiva cena da partida dos soldados; há demenciais cenas de combate; há o reencontro dos dois, com ele mutilado, que comove até às lágrimas. <br />Vidor foi um dos nomes maiores do classicismo americano sempre capaz de integrar no necessário excesso narrativo do melodrama uma dimensão muito terra a terra, humanista. E isso é muito bonito, e por isto “A grande parada” é um filme lindíssimo.
Continuar a ler

A grande parada

Fernando Oliveira

Será o filme que estabeleceu o paradigma do drama romântico com a guerra como pano de fundo: um soldado americano e uma rapariga francesa (John Gilbert e Rennée Adorée) apaixonam-se em França durante a Grande Guerra; é, claro, um amor vivido com urgência, no limite, excessivo mas também angustiante; que Vidor filma através dos gestos, das caricias entre os dois (tem um dos mais bonitos beijos mostrados em Cinema); um amor absoluto que quase dispensa as palavras. <br />Mas também é um dos filmes mais decisivos sobre a estupidez e o horror da guerra: primeiro Vidor mostra-nos a normalidade, o dia-a-dia sempre igual, as noticias da guerra longínqua, no outro lado do oceano. Depois a partida, ainda eufórica, ainda ingénua, as multidões a aplaudir os “heróis”. Depois o o horror, a ferocidade, a inutilidade de qualquer coisa que se faça porque a morte está ali ao lado, toma conta do filme todo (aquele interminável plano fixo sobre o moribundo com um cigarro na boca, a agarrar-se aos últimos momentos, depois já morto). <br />James e Melisande apaixonam-se, são felizes enquanto estão juntos; a tristeza da separação e a opressiva cena da partida dos soldados; há demenciais cenas de combate; há o reencontro dos dois, com ele mutilado, que comove até às lágrimas. <br />Vidor foi um dos nomes maiores do classicismo americano sempre capaz de integrar no necessário excesso narrativo do melodrama uma dimensão muito terra a terra, humanista. E isso é muito bonito, e por isto “A grande parada” é um filme lindíssimo. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!