Parthenope

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Drama 136 min 2024 M/16 27/02/2025 FRA, ITA

Título Original

Nápoles, década de 1950. Parthenope tem 18 anos e, por ser muito bela, foi-lhe dado o nome da sereia da mitologia grega, fundadora da cidade de Partenope, hoje Nápoles. Ao longo da vida, será cercada por todo o tipo de personagens, que chegam e partem, extasiados pelo seu encanto, personalidade e curiosidade insaciável.

Em competição no Festival de Cinema de Cannes, “Parthenope” foi escrito, produzido e realizado pelo italiano Paolo Sorrentino  (“A Grande Beleza”, “A Juventude”). No elenco estão os actores Celeste Dalla Porta, Silvio Orlando, Luisa Ranieri, Peppe Lanzetta, Isabella Ferrari, Stefania Sandrelli e Gary Oldman. PÚBLICO

Sessões

Críticas dos leitores

Parthenope

Maria Jose fernandes dos Santos

Filme inteligente que nos apresenta uma Nápoles luminosa e os vários sentidos que a existência pode abarcar. A beleza da juventude e a melancolia.

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2 estrelas

José Miguel Costa

"Parthenope", coprodução franco-italiana concorrente à Palma de Ouro no Festival de Cannes, dirigida e escrita pelo pouco consensual Paolo Sorrentino (que desperta amores e ódios na comunidade cinéfila pelos seus tiques de grandiloquência visual), é um épico e intimista drama feminino, impregnado de romantismo melancólico e (pretensa) ironia, que se constituí como uma espécie de ensaio (pseudo) filosófico sobre a efemeridade da juventude (e da beleza física que lhe está subjacente) e a busca incessante por uma identidade/"lugar no mundo".

A protagonista (a bela e sensual estreante Celeste Dalla Porta), baptizada pela abastada família de Parthenope (de acordo com a mitologia grega, uma sereia submergida das águas de Nápoles que, ao longo dos séculos enfeitiçou a região com o seu espírito), cujos episódios de (des)amores (fúteis) acompanharemos desde a data em que atingiu a maioridade (década de 1960) até à actualidade, é utilizada como um paralelismo à essência da velha cidade de contrastes (simultaneamente, bela e rude).

Sorrentino, como é seu apanágio, regala-nos com um autêntico festim de luminosos "frescos" pictóricos, imagens estilizadas e em slow motion inquestionavelmente belas (com o seu quê de videoclip publicitário - e não faço esta comparação de forma depreciativa, já que até sou fã confesso do seu modo de filmar). No entanto, toda esta artificialidade, associada a uma pobre narrativa simbólica (saturada de pomposas e estéreis frases feitas, lançadas aleatoriamente, que se revelam "pequenos nadas" sem coesão) com toscas pretensões líricas (a introdução amiúde de cenas burlescas - quiçá, com um intuito felliniano - revela-se patética), afasta-nos da suposta verdadeira mensagem.

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Exuberante

Paulo B

O filme é claramente uma imagem de marca de Paolo Sorrentino, para quem conhece alguns dos seus filmes anteriores. O mesmo deslumbramento com a luz, as cores e os interiores de palácios. Imagens barrocas, ostensivas, exuberantes, rendilhadas como filigranas.

Diversas camadas de história, paisagens e religiosidade sobrepostas, num filme reflexão sobre a beleza e o envelhecimento, tal como "A Grande Beleza". Ele próprio tentando ser um objeto esteticamente belo. Contudo, algo exagerado na exaltação dos corpos e dos cenários naturais, tornando-se cheio de clichês. O filme perde alguma credibilidade e ganha futilidade. Não é o melhor de realizador.

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Beleza sublime 4*

Martim Carneiro

Magnífica abordagem fílmica sobre a esfuziante beleza (feminina) e de quanto a mesma se torna um problema vivencial profundo de quem a detém. A História acompanha um longo caminho, onde o realizador parece ajustar contas com Nápoles (sua terra natal): ora a apresentando deslumbrante ora obscura, marcada por um cinema marcadamente impregnado de cultura italiana (cupidez, riqueza, pobreza, religião, academismo) tudo junto às águas do mar, aqui tão bem iluminadas! Em suma: Cinema de alta qualidade, para saborear devagar.

PS: também com muito tabaco incandescente, que marcou indelevelmente uma época: 1950-2020.

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