Parasitas

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Thriller, Drama 132 min 2019 26/09/2019 Coreia do Sul

Título Original

Gisaengchung

Sinopse

<div>Depois de ambos os pais terem perdido os empregos, uma família sul-coreana tenta sobreviver numa pequena cave à custa de biscates. A oportunidade de mudança surge quando Ki-woo, o filho, é recomendado por um amigo para o substituir como explicador de inglês em casa de uma família abastada. Lá, vai conhecer Da-hye, a sua jovem e atraente nova aluna. Ao perceber que os donos da casa procuram uma professora de artes para o filho mais novo, Ki-woo tem uma ideia: sugerir o nome de uma "conhecida" sua que, na verdade, é a própria irmã. A partir daqui, tudo se descontrola. </div> <div>Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, uma comédia negra sobre injustiças sociais, com assinatura do aclamado realizador sul-coreano Bong Joon-ho ("The Host - A Criatura", "Memories of Murder", "Mother - Uma Força Única", "Snowpiercer - Expresso do Amanhã"). "Parasitas" foi também o vencedor-surpresa dos Óscares 2020: Melhor Filme, Realizador, Argumento Original e Filme Estrangeiro. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

O cheiro a rabanete velho

Luís Miguel Oliveira

Um dos filmes mais perturbantes, e mais sintomáticos dum mal estar moderno, que se poderão ver este ano.

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Críticas dos leitores

Fantástico!

Gonçalo Loureiro

Uma muito boa surpresa. Uma história que poderá ser uma realidade assustadora muito bem dirigida e protagonizada. Prendeu-me até ao fim, tendo um desfecho surpreendente.
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Parasitas

José Pereira

A Academia de Hollywood deveria ser integralmente demitida e o Luís Miguel Oliveira colocado como júri único. Ele sim, percebe muito disto... Quando apenas um crítico do Público sequer vê o filme e dá 3 estrelas ao que foi simplesmente o vencedor dos óscares deste ano... Está tudo dito...
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Acho que vivo noutro planeta!

Maria

Pela primeira vez em 40 anos, por já tenho mais dez e vou ao cinema desde que me lembro, saíde um filme a meio! <br />Não consigo entender o porquê dos Óscares? Qual a novidade que o filme tráz? Estou a embrutecer e só hoje dei por isso! O único agradecimento ao filme.
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Para surpresa

Virgílio E. Ribeiro

Surpeendeu-me muito agradavelmente, pela sua originalidade, ritmo e convincentes interpretações. A trama é divertida e é sempre gratificante vermos um filme com um sorriso nos lábios, o que acontece com estes "Parasitas" a quem chamaria antes "OPORTUNISTAS".
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E o Óscar vai...

António

Vi todos os filmes candidatos. Este filme não é norte-americano ou inglês, como o  "1917" - um filme bem feito. Mas entre todos, "Parasitas" é uma obra fabulosa que consegue misturar a tragédia (social e não só), o maneirismo (viver como os outros, a classe alta) e o humor negro de forma hábil. Excelente filme!
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Sátira impiedosa

Nazaré

Entre o cómico e o trágico, uma obra-prima exemplar do tragicómico. A mais brilhante reedição do paradigma upstairs-downstairs desde Gosford Park, mas actualizada, bem do nosso tempo, por isso até melhor. Cenas brutais, metafórica bem como literalmente. Realização magistral, do melhor que se pode ver. <br /> <br />Que mundo este, onde as mentiras, quer seja entre pessoas quer dentro de si próprias, parece serem uma necessidade...
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Grande filme

João Vaz

Divertido e acutilante. Bom cinema.
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Humanos

Pedro Brás Marques

É incomum um filme conseguir reunir características de vários géneros sem cair no ridículo. Mas o coreano Bong Joon-ho conseguiu-o na perfeição em “Parasitas”, uma hábil mistura de drama social, comédia negra, sátira contemporânea, um pouco de “slasher” e elevadas doses de burlesco, que lhe trouxeram um prémio de enorme prestígio, a Palma de Ouro do Festival de Cannes. <br />A história até é relativamente simples: o filho duma família pobre que vive de expedientes e pequenas burlas, consegue entrar pela na casa de uma família rica, enquanto tutor da filha. Não tem qualificações, mas isso não o impede de lá trabalhar e, de rápida e sucessivamente, conseguir, junto dessa abastada família, emprego para a irmã como psicóloga infantil, para o pai como motorista e para mãe enquanto cozinheira e governante! Tudo com o afastamento forçado dos anteriores empregados, através de maldosas artimanhas. Com o descobrir dum misterioso residente, tudo se precipita até ao duplamente surpreendente desenlace final… Aliás, a certo ponto, recordei-me doutro filme negro absolutamente demente, “Uma Loucura de Casamento”. Felizmente, não se chegou a tanto e, posteriormente, chegou um dos finais mais doces de que me recordo… <br />O argumento é extraordinário e a realização e a fotografia simplesmente soberbas. Não é fácil, como disse, conciliar tantos géneros de forma feliz vários géneros distintos, mas nada ali é forçado. As acções são consequentes e as personagens credíveis, o que prende o espectador de forma irresistível. Depois, tudo se passa em espaços fechados mas quer na minúscula cave onde a família vive, quer na fabulosa e fotogénica mansão onde consegue entrar, não há a mínima sensação de claustrofobia para o espectador. Grandes planos contrabalançados com criteriosas escolhas de perspectivas interiores, fazem de “Parasitas” uma delícia visual. Os próprios actores ajudam, em espacial as que interpretam a filha e a mulher rica, duas personagens extremamente ricas nas suas formas de ser e complexas nas tomadas de decisão. <br />O cinema asiático há muito que deixou de ser a dualidade entre os filmes de autor japonês e os de pancadaria “Made in Hong Kong”. Lentamente, emergiram novas tendências, como o terror e o filme de gangster para, mais recentemente, não ter medo de apresentar dramas de apreensão global, apesar do eterno receio de não se perceber a sensibilidade oriental. Prova disso foi outro filme delicioso, o japonês “Shoplifters: Uma Família de Pequenos Ladrões”, não por acaso o antecessor de “Parasitas” para Palma de Ouro em Cannes. Ali comprovava-se que o amor verdadeiro nem sempre está com as pessoas ditas de bem, tal como o mal não é exclusivo de quem viola a lei. Aqui, os parasitas do título também não são os seres improdutivos, inúteis e prejudiciais que à primeira vista poderiam parecer, depois de ir viver para casa do “hospedeiro” rico. Há alguma inadaptação deles à realidade, como se percebe por uma das inúmeras metáforas existentes ao longo do filme: a da pedra alegadamente valiosa que lhes foi oferecida e sobre a qual não souberam construir nada. É que os “parasitas” também são humanos, com vontades e paixões, erros e acertos. É claro, desde o início, que esse caminho não levará à glória, mas isso não é impeditivo de os vermos para lá da capa de “parasitas”. Não é perdoar-lhes, nem sequer aceitá-los. É apenas perceber a sua estranha forma de humanidade.
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Um bom filme sociológico da Coreia do Sul

Paulo Lisboa

Fui ver este filme, porque tinha uma certa curiosidade em ver este filme coreano, cuja crítica tem sido tão boa. Por isso parti com um certo optimismo para o visionamento do filme <br />Gostei do filme. O filme é aliás uma agradável surpresa, dada a sua originalidade. Para mais, dá-nos um retrato da sociedade da Coreia do Sul e das suas clivagens sociais: Os muitos ricos e os muitos pobres a conviverem no mesmo espaço. A realização e a fotografia pareceram-me de boa qualidade. O filme é multifacetado e tem um pouco de todos os estilos cinematográficos, como: drama social, sátira social, comédia negra, thriller e suspense. E o final do filme, é algo de surpreendente e original. <br />Estamos perante um bom filme sociológico da Coreia do Sul que recomendo. <br /> Numa escala de 0 a 20 valores, dou 16 valores a este filme.
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Parasitas

Fernando Oliveira

Há um movimento de câmara que abre e fecha (quase) o filme: um travelling vertical que desce da janela ao nível da rua num bairro pobre de Seul para a cave onde habitam os Kim. Entre estes dois momentos Bong Joon-Ho introduz-nos primeiro no quotidiano daquela família, os pais desempregados, um filho e uma filha adolescentes, que vão ultrapassando a pobreza com esquemas mais ou menos ardilosos e não isentos de algum humor (o wi-fi dos vizinhos, ou deixando a janela aberta para que a desinfestação da rua pelos serviços municipais extermine as baratas que infestam a cave), uma família pobre que vive numa casa miserável e suja, mas que não se deixa abater por isso. Uma oportunidade aparece quando um amigo de Ki-woo, o filho, lhe pede para dar explicações de inglês a uma rapariga. Ora essa rapariga pertence a uma família rica, os Park, que vive numa mansão luxuosa desenhada por um arquitecto famoso. As coisas correm bem a Ki-woo e logo no primeiro dia aparece-lhe a oportunidade de empregar também a irmã como “professora” de arte do irmão mais novo da rapariga. Pouco a pouco, através de mentiras (nunca dizem que são familiares) e de muita astúcia e manha toda a família fica a trabalhar na casa. Porque os parasitas parasitam… <br />Neste contraste entre o que está em baixo e o que está encima, Bong Joon-Ho encena um retrato violentíssimo e alucinante sobre as desigualdades entre os ricos e os pobres, num desenho do mundo social como um sistema cheio de equívocos onde todos são bons e maus ao mesmo tempo, mas onde a verdade escondida daquilo que são os personagens acaba por ser tocante. <br />Neste movimento entre a cave (o que está em baixo) e a mansão (encima), o realizador prende aquela família numa espécie de labirinto social que os vai levar à tragédia; e é notável como vai semeando momentos (a noite de tempestade e a chuva torrencial que os leva à sujidade extrema) e ideias (o cheiro dos Kim que perturba o olfacto dos Park: os cheiro dos pobres é diferente do dos ricos) que vão abrindo portas após outras e levar o filme da sátira social à tragédia num gore quase delirante (é um filme “muito coreano”), os pobres raramente sobem lá acima. É muito interessante ver a forma como o filme salta entre registos - o cómico, a caricatura e o drama social e o terror – que torna “Parasitas” num perturbante lamento sobre a negríssima linha que divide os pobres e os ricos que, nestes dias, apenas é esbatida por truques políticos. Um lamento tristíssimo, um mal estar que tudo entranha. Ironia será a palavra certa para definir o filme, mas angústia também não parece mal. <br />A sétima longa metragem de Bong Joon-Ho é um filme tão belo como triste, e um dos melhores filmes deste ano. <br />(em “oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt”)
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