Mickey 17

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Aventura, Comédia, Negro 139 min 2025 M/14 06/03/2025 Coreia do Sul, EUA

Título Original

Passados seis anos de “Parasitas”, que ganhou o Óscar de Melhor Filme relativo a 2019, o sul-coreano Bong Joon-ho está de volta com esta adaptação de Mickey7, o romance de ficção científica de Edward Ashton. Robert Pattinson é um homem que, sem dinheiro, se torna um trabalhador clonado e dispensável numa colónia espacial, Nilfheim, onde desempenha tarefas muito perigosas que certamente o levarão à morte, sendo regenerado depois de morrer. Só que, um dia, um desses clones não morre e já há substituto, e só podendo haver um clone de cada vez, os dois tornam-se perseguidos e terão de se juntar para combater todo o sistema. Depois de “Snowpiercer” e “Okja”, é o terceiro filme falado maioritariamente em inglês do realizador, e conta ainda com Naomi Ackie, Steven Yeun, Mark Ruffalo e Toni Collette. Teve estreia no festival de Berlim em Fevereiro de 2025. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Mickey 17 não é Parasitas, mas é reconhecivelmente de Bong Joon-ho

Jorge Mourinha

Cenas da luta de classes antifascista no espaço sideral. Uma montanha-russa cujas reviravoltas de género nunca esquecem que têm gente lá dentro.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme “Mickey 17”, escrito e dirigido pelo sul-coreano Bong Joon-ho, é uma submersiva e imaginativa comédia dramática sci-fi (embora não chegue aos calcanhares da sua obra-prima “Parasitas”) impregnada de humor negro e sátira política que aponta todas as suas baterias ao capitalismo desenfreado – gerador de assimetrias sociais – e às opressoras estruturas de poder político populistas (numa quase metáfora ao surrealismo trumpista).

Uma divertida história, narrada em voz off por Robert Pattinson (a força motriz desta obra), que acompanha as desventuras de Mickey num futuro distópico, no interior de uma nave em missão de colonização espacial (dado a Terra ter-se transformado num local praticamente inabitável). Este alistou-se, por forma a fugir a um agiota, para exercer a função de “descartável” (sem ler o “contrato de trabalho”), que consiste em ser morto (como cobaia de experiências científicas perigosas) e clonado repetidamente (numa fotocópia do original) até chegar à sua versão nº 17 (em que, por lapso, sobrevive e passa a coexistir com o seu semelhante nº 18 – algo estritamente proibido por parte da Comissão de Ética).

Apesar do interessante substrato narrativo de base (e da competente alternância ritmada entre os momentos de tensão, acção e reflexão), acaba por desperdiçar o seu efectivo potencial (deixando muitas “pontas” soltas e subdesenvolvidas) e, acima de tudo, desiludir com um desfecho apressado e sofrível.

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