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Infiltrado

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Drama, Thriller 129 min 2006 M/12 13/04/2006 EUA

Título Original

Sinopse

Spike Lee pegou nesta história sobre um assalto a um banco e transformou-a num "thriller" empolgante. Um grupo prepara o assalto perfeito, a obra-prima de um génio da arte de roubar: o assalto a um grande banco de Nova Iorque. Mas, no seio do bando, será que cada um dos envolvidos é aquilo que aparenta ser? Denzel Washington é o polícia num jogo do gato e do rato com o ladrão (Clive Owen). Jodie Foster é uma misteriosa mulher que se mete entre os dois. No elenco, ainda Christopher Plummer e Willem Dafoe. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

Sem exageros

Rafael

"Inside Man" é, sem exageros, um dos grandiosos filmes do ano! Spike Lee é um extraordinário realizador, e o desempenho dos actores é fabuloso. Com um argumento de prender a atenção, o filme tem umas das mais extraordinárias sequências de assaltos, jamais vistas, onde nada, mas mesmo nada é o que parece, até ao grande final, onde o grande triunfo é o dos ladrões, que são tudo menos simples assltantes de bancos... Com um destaque especial para o desempenho de Clive Owen e Denzel Washington, esta é uma história de polícias com um "jogo do gato e do rato" entre Owen e Washington, num filme que é tudo menos um normal filme de ladrões em busca de uma engraçada fuga para as Caraíbas.
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A maravilhosa lente de Spike Lee

Pedro Soares Lourenço - www.blogarcadia.blogspot.com

Excelente, esta película de Spike Lee. Por pouco não perdi aquilo que seguramente é um dois filmes do momento nas salas portuguesas, do qual desde já (antes que me esqueça...) sugiro o visionamento ou mesmo o re-visionamento. É fácil escrever umas linhas sobre "Inside Man". Um poderoso argumento sustentado nos charmosos clichés hollywodianos do “assalto ao banco” e do “segredo da mala”, aqui travestido de “segredo do cofre”, são o pano de fundo para pouco mais de duas horas de um filme montado no ritmo certo que nos surpreende e atrai a cada sequência. Com uma cinematografia clássica, onde pontificam fabulosos movimentos de câmara mas onde as novas técnicas não são olvidadas. (Seria fastidioso referir todas as cenas que nos ficam na retina mas há uma verdadeiramente inolvidável, quando após o assalto final ao banco, a "steady cam" - magnifico movimento, perfeito! - baila durante mais de um minuto pelo propositadamente labiríntico espaço do banco em torno de Denzel Washington na busca do cadáver que suspeita o espectador não existe.)<BR/><BR/>Spike Lee assina um filme poderoso, em tom suavemente critico, que funciona como uma diagonal fulgurante em torno de diversos temas muito actuais (os “poderosos” e como se protegem, o racismo, os traumas pós-9/11, a promiscuidade entre política e dinheiro, as guerrilhas dentro das corporações policiais), apelando à tal reflexão social. A direcção de actores, como sempre no realizadosr norte-americano, roça igualmente a perfeição e aqui Denzel Washington assume-se como a estrela máxima de um cintilante firmamento.<BR/><BR/>Como tal, “Infiltrado” é muito mais do que mais um filme sobre o assalto a um banco. É quase uma obra-prima sobre os dias que correm. É em Nova Iorque, mas com as devidas adaptações, podia ser em Lisboa.
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Assalto a um banco?

João Figueiredo

Para quem vê o "trailer" ou lê a sinopse de "Inside Man", conhecido em Portugal como "Infiltrado", poderia pensar que se trata de “mais um” filme de assaltos a bancos com montes de estrelas de Hollywood e muita acção à mistura. No entanto, o facto de ser este o último filme do realizador Spike Lee leva a suspeitar da existência de algo não revelado pelos meios de divulgação do filme. Spike Lee é conhecido principalmente por fazer filmes com carisma político utilizando como pano de fundo os cenários da cidade de Nova Iorque. Mal começa o filme verificamos que o cenário mantém-se! Coloca-se então em questão a existência da abordagem política. Durante o filme é visível a perspectiva anti-racista de Lee, não fosse a referência a temáticas como o racismo e xenofobia, demonstradas em parte pela existência constante de inúmeras e variadas personagens secundárias que se evidenciam pelas diferenças raciais. Claro que para um fã de filmes de Spike Lee esta ocasional abordagem sabe a pouco.<BR/><BR/>À medida que o filme avança, o argumento revela-se inteligente e subtil e, aliado a uma boa realização, a prematura desilusão dá lugar a uma satisfação crescente apenas saciada nos momentos finais do filme. Para surpresa dos espectadores mais atentos, percebe-se que a base do filme é essencialmente e inteiramente politica. Spike Lee não faz um filme sobre um assalto a um banco. Procede sim a uma análise da sociedade norte-americana pós-11 de Setembro, com referências óbvias à de Nova Iorque.<BR/><BR/>As constantes referências à diferenciação entre o mal e o bem, a eterna dificuldade e frustração das autoridades não distinguirem de onde provém o “mal” - e pior, em conclusão, não o conseguirem identificar sequer -, revelam a instabilidade e insegurança da sociedade norte-americana do presente. Lee não esquece também de atacar o governo com uma muito indirecta alusão ao nazismo como doutrina existente nos mais altos postos de poder no seu país. Convém referir que parte deste poder reside em Wall Street e que é este mesmo poder que é atacado em todo o filme, não estivéssemos perante um assalto a um banco!<BR/><BR/>A data 11 de Setembro parece ter dado um novo fôlego a Spike Lee e ao seu trabalho, que desde o lançamento de "25th Hour" entrou numa fase mais reflectiva, criando filmes com uma nova estética e um novo ambiente, revisto em "O Infiltrado" e já confirmada em filmes como "She Hates Me". No que refere à escolha de actores, Denzel Washington é uma escolha segura, dado que é um dos actores com quem Spike Lee mais trabalha e, apesar de cumprir o seu papel, pouco acrescenta ao filme.<BR/><BR/>Pelo contrário, Clive Owen revela uma maturidade invulgar no seu desempenho, acrescentando-lhe um charme e um calma aliciante, mas ao mesmo tempo assustadora, características que o marcam já como parte de si como actor. Quase sem dar a cara ao filme, dado que passou uma boa parte dele de máscara posta, apenas com a presença e o poder da sua voz, revela que a sua personagem é das mais, senão a mais importante do filme.<BR/><BR/>Quanto a Jodie Foster, é ofuscada pelos actores principais mas realça-se em determinados momentos do filme, principalmente quando lhe dão protagonismo no filme. Com algum lamento, não acontece muitas vezes! Em suma, "O Infiltrado" é um filme que pelo seu entretenimento é destinado ao público em geral mas, assumindo-se como exercício de reflexão social, cultural e político, provavelmente não será assim tão acessível e compreensível pela maioria dos espectadores.
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Surpreendente

José Sampaio

É um filme muito bem conseguido, onde a incerteza aliada à tranquilidade do assaltante se torna empolgante. "Vou sair pela porta da frente quando achar que estou preparado".
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Inteligente

Sónia Oliveira

O filme está muito diferent dos restantes filmes do Spike Lee que tive opOrtunidade de ver, mas nem por isso é menos bom. Eu gosto dele e gostei deste, é inteligente e está muito bem conseguido. Sem dúvida a não perder.
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Em grande!

C.D.

Grande filme, grandes actores, grandes desempenhos, grande sequência de acções, muito bem dirigido, e super-inteligente! Um filme que aparentemente parece normal, um assalto a um banco, como em tantos outros, mas que se torna muito mais interessante pela diferença e simplicidade... Sem dúvida vale muito a pena ver, e ver de novo!
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A simplicidade pode surpreender

Angela Fidalgo

Podia ser um filme de acção como tantos outros, mas prima pela diferença. Quem assiste fica com uma certeza: a simplicidade do argumento pode "prender" pela surpresa... Não existe nada de extraordinário, a não ser planos de realização fantásticos, actores consagrados que não deixam créditos por mãos alheias. O filme não se "espalha" com cenas impossíveis ou com dramatismos alheios à história. Recomenda-se - muito bem feito!
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Pela Jodie Foster

António Cunha

Gostei, embora nem tanto. Achei um tanto ou quanto preconceituoso. Desta vez fui na cantiga, mas do genérico. O filme começa bem, ao som de uma remix de Chaiyya Chaiyya, original de A. R. Rahman. Mas a realização de Spike Lee não envolve. Nenhum plano nem nenhuma sequência causa impacto. "25th Hour – A Última Hora" continua a ser o seu último melhor. Denzel Washington, actor mal escolhido, aplica os mesmos maneirismos filme após filme. Jodie Foster brilha – como sempre – neste seu desempenho fabuloso, não estereotipado, cinzento e cruel. Quem marca pontos, também, é Clive Owen, que prova estar à altura de papéis diversificados. Quem fica arquivado dentro de um cofre é o próprio filme. Nota: 2/5.
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A dar para o inverosímil

M. Abrantes

Um assalto disforme, uma actuação da polícia a dar uma ajuda. Um engodo num passado ligado ao nazismo, para nos surpreendermos no desenlace. Um final desacelerado (escrito à pressa?). Acaba por se ficar na expectativa do que aquilo irá dar. Em resumo: não se dá o dinheiro por perdido. Não é preciso esquartejar o filme em banda sonora, fotografia, adereços, etc, para encontrar uma ponta que justifique vê-lo. Ou seja, tem aquilo que esperamos encontrar em qualquer filme minimamente sério: integridade.
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Brilhante

VirtualBS

Por vezes, no meio de inúmeros "policiais" que nada trazem de novo, aparece uma pérola como "Infiltrado", que prima pelo seu argumento inteligente e muito bem conseguido. Decididamente a não perder!
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