A Última Hora

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Thriller, Drama 135 min 2002 M/12 25/04/2003 EUA

Título Original

25th Hour

Sinopse

O relógio está a contar e estão a esfumar-se as últimas 24 horas de liberdade que Monty Brogan (Edward Norton) poderá gozar antes ir para a prisão cumprir uma pena de sete anos por tráfico de drogas. Nas suas últimas horas, resolve rever o pai (Brian Cox), os seus dois melhores amigos (Philip Seymour Hoffman e Barry Pepper) e a namorada (Rosario Dawnson)... talvez tenha sido ela a denunciá-lo à polícia, quem sabe? Mas como o tempo se esgota, há decisões que têm de ser tomadas. "A Última Hora - The 25th Hour", o ultimo filme de Spike Lee ("Verão Escaldante"), é um retrato da Nova Iorque pós 11 de Setembro (apesar de a tragédia só se ler nas entrelinhas) e foi apresentado no Festival de Berlim em 2003, tendo sido uma das longas-metragens mais aplaudidas pela crítica.<p/>PUBLICO.PT

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Críticas dos leitores

A Última Noite

Ricardo Pereira

Adaptado por David Benioff a partir de seu próprio livro, "A Última Hora" traz Edward Norton como o amargurado Monty Brogan, um sujeito que, depois de conseguir uma bolsa de estudos numa instituição conceituada, optou por utilizar sua nova posição para vender drogas a jovens da alta sociedade. Inicialmente bem sucedido, ele compra um caro apartamento, um carro luxuoso e se envolve com a bela Naturelle (Rosario Dawson). Um dia, no entanto, a polícia bate à sua porta com um mandado de busca e a informação precisa de onde o sujeito esconde a droga. Condenado a sete anos de prisão, Monty decide utilizar as suas últimas 24 horas de liberdade para despedir-se do pai, de dois dos seus melhores amigos e da namorada. No entanto, "A Última Hora" não se concentra somente em Monty: aos poucos, também conhecemos as angústias dos seus dois amigos: Francis (Barry Pepper), que insiste em manter uma fachada de frieza e brutalidade, embora se culpe pelo destino do companheiro; e Jacob (Philip Seymour Hoffman), um professor de segundo grau que se encontra apaixonado por uma de suas alunas (Anna Paquin). A subtrama envolvendo os personagens de Hoffman e Paquin, aliás, é a mais envolvente do filme – e é uma pena, portanto, que eles sejam apenas figuras secundárias na história. A melhor cena do filme se passa no banheiro do bar de seu pai, frequentado no filme por um grupo real de dez bombeiros que estiveram a serviço no World Trade Center no socorro às vítimas do atentado terrorista. Na frente do espelho, Monty extravasa sua fúria até então contida, disparando profanidades contra cada etnia ou grupo de Nova York. Para cada "fuck you" direccionado desde a Osama bin Laden, a motoristas de táxi paquistaneses, passando por "gays" do bairro Chelsea, a latinos do Harlem, negros do Brooklyn e a força policial da cidade, Lee interliga a arenga de Norton com imagens do grupo em questão. "A Última Hora" é o melhor trabalho de Spike Lee em anos e isto porque se trata do seu filme mais sereno até hoje. No processo de reduzir alguns de seus excessos, Lee acabou com um filme mais controlado, coerente e bem resolvido esteticamente, mas também fez um trabalho bem menos apelativo que a maioria de seus filmes anteriores. Nós simpatizamos com Monty em parte porque foi preso depois de ter sido delatado e muito porque o filme não é só sobre ele mas sim sobre como a prisão dele afecta as pessoas à sua volta (vale questionar aqui, a decisão de Lee de nunca mostrar Monty traficando drogas). Não há dúvidas de que Monty é culpado e para nós pode parecer natural que ele pague indo para a cadeia, mas para aqueles próximos a ele (amigos, namorada, pai) não é assim tão simples. Nisso "A Última Hora" lembra muito "Do the right thing". Como naquele filme, Lee nos lembra de como é impossível fazer realmente a coisa certa para todas as partes, e como a noção de certo é bem menos simples do que gostaríamos que fosse.
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Grandioso

Luis Mendonça

"A Última Hora" mostra-nos uma Nova Iorque de ressaca dos episódios do 11 de Setembro. Uma Nova Iorque incompleta que usa fortes focos de luz numa tentativa de restituir a sua dignidade, de reconstruir o que lhe retiraram. É neste ambiente de inconformidade que Spike Lee faz a introdução desta sua última obra. A partir daí, surgem-nos múltiplas personagens, também elas inconformadas ou, talvez mesmo, constrangidas com a realidade em que vivem. Monty Brogan (Edward Norton) é um traficante de droga com apenas mais um dia de liberdade. Dia em que decide esquecer o presente e regressar ao passado, numa tentativa de partilhar esses derradeiros momentos com os protagonistas da faceta mais "confortável" da sua vida. A partir daqui, Spike Lee leva-nos ao campo das emoções e dos comportamentos humanos. Trata-se de um filme de uma dimensão humana impressionante e de uma regularidade incrível. Toda a história flui naturalmente com uma leveza assustadora. O filme chega mesmo a ter momentos de puro entretenimento. No entanto, Spike Lee nunca menospreza o tema frágil com que está a lidar e, por isso, torna este filme numa obra atordoante e sublimemente marcante. Brian Cox: A Interpretação Mais Sentida Ao rever esta glorioso obra de Spike Lee, concentrei-me mais na figura comovente e real de James Brogan (Brian Cox), o pai de Monty (Ed Norton). A poética e deslumbrante cena final, com o "flashforward" impossível, acaba por ser, um hino à figura paterna. O pai serve de guia a toda uma nova vida, construída com serenidade e ao sabor do vento. Monty irá fazer isto tudo seguindo os conselhos experientes do seu pai, do seu amigo. Ele leva-o a uma vida perfeita, de reconciliação interior. Mostra-lhe aquilo que todas as pessoas deveriam ver antes de partir para sempre. O final constitui, assim, um forte abalo emocional, na medida em que tudo aquilo constituía um sonho, mas que teve, sempre, o pai como figura central. É mágico.
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Triste, cinzento? Talvez. Mas muito belo

Isabel Clemente

Poderoso: na narrativa, na montagem. Triste, cinzento? Talvez. Mas muito belo. Monty é alguém muito humano. Ambíguo. O mal que se faz aos outros, que não vemos, que são algo de abstracto, não costuma tocar-nos. Mas toca-nos o sofrimento visível de um cão. É terrível, mas é assim mesmo. Há que expor isso mesmo, para, se possível tentar remediá-lo.
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Obrigado...

XTOF29-Setubal

Que grande filme. Mais um de um senhor chamado Spike Lee. São de facto filmes destes que me fazem insistir em sair de casa e ir ao cinema, e ao sair da sala de cinema, pensamos... afinal foram €4,5 bem gastos! Grande interpretação de Ed Norton (mais uma). É sem duvida o melhor actor da sua geração. E o resto do elenco esteve muito bem, principalmente Brian Cox. Um actor em grande forma. Spike Lee, mais uma vez, faz um trabalho de grande pertinencia temática e filma Nova Iorque com crueza e sinceridade. Obrigado a todos!
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Falling...

Pedro Silva Maia

"falling... over U... crawling... without a clue... till the rest of days..." Smashing Pumpkins, "mamma", album Adore. Spike Lee precisava deste filme, Edward Norton também. Quem disse que há assim uma tão grande diferenciação entre realizadores e actores, entre negros e brancos em gerirem as suas carreiras? Até Tobey Maguire se meteu na produção (sim, pq o rapaz n é só um Homem Aranha, tb é um Wonderboy) para dar-nos a garantia que este era mesmo um filme de crossing, um produto inovador, daqueles que daqui a 3 ou 4 anos vamos dizer que algum qualquer filme copiou. Provavelmente numa má altura (o Box Office americano tem sido dominado pela comédia, até Daredevil poderia ter sido um novo Homem-Aranha ao nível da bilheteira se a altura n fosse de patriotismo epidérmico lá para os lados da America) mas sem dúvida com muita coragem. Há filmes que são para ficar feitos, não obrigatoriamente para serem sucessos. Se bem que ambos n andam em grande momento de Box Office, e hoje em dia sabemos como ele é necessário para manter os projectos de independente de um actor. Spike Lee nunca o algemou, Edward Norton foi tendo uma relação relativamente pacífica com ele através da partilha de cena com outros grandes actores, como Brad Pitt ou Robert de Niro. E se um dia uma pessoa caísse? E se um dia nos partissem mesmo as pernas? como seria rastejar até ao sítio onde procuraríamos a redenção? Será q o nosso mundo ainda faria sentido? Como a cena da discoteca: ainda faria sentido manter a aparência de fazermos parte de um grupo de pessoas a quem passámos já tanto tempo a mentir? De uma coisa fiquem certos, é um calvário piedoso, nunca vi Spike Lee a pensar tanto com a câmara, nunca vi tantos grandes planos num filme dele, como um western-fantasma, um western de instintos e desejos feridos, o fim do sonho, a chegada do dia, o regresso ao tempo q corre. Proibido perder sob pena de no próximo filme em q Edward Norton fizer de personagem com dupla personalidade dizerem q ele agora só faz daquilo : )))))))
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