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Vortex

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Drama 140 min 2021 M/14 19/05/2022 FRA, BEL, Mónaco

Título Original

Vortex

Sinopse

Realizado por Gaspar Noé, o premiado realizador de “Irreversível” (2002), “Enter The Void” (2009) ou “Clímax” (2018), este filme segue a história de um casal de idosos a viver em Paris – ele, interpretado pelo mestre do terror Dario Argento; ela, pela veterana actriz Françoise Lebrun. Durante quase duas horas e meia, o espectador acompanha o seu dia-a-dia, enquanto tentam lidar com a progressão das suas doenças (ele tem problemas de coração e ela sofre de Alzheimer) e a inexorável passagem do tempo. PÚBLICO

 

Críticas Ípsilon

O acto de ver com os próprios olhos

Luís Miguel Oliveira

Vortex é um par de corpos impressionantes a interpretar o óbvio e o expectável.

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Críticas dos leitores

5 estrelas

José Miguel Costa

O franco-argentino Gaspar Noé, eterno realizador choque, idolatrado por uns e odiado por muitos mais, devido aos seus provocadores e vertiginosos filmes (recorde-se "Irreversível", "Enter the Void", o pornográfico "Love" e "Climax"), saturados de "pirotecnia" sensorial (sobretudo trips visuais), delirios, obsenidades e violência sexual explicita, retorna aos grandes ecrãs com "Vortex". <br /> <br />Ao contrário do expectável, esta obra é a antitese da sua "imagem de marca". Um sensivel/comovente drama, quase "em câmara lenta" e com um guião minimalista, sobre o quotidiano de um casal de parisienses octogenários, cuja vivência se cinge ao apartamento atafulhado de "passado", em confronto com a solidão e o envelhecimento que os empurra para a morte. <br />Ela, uma psiquiatra, acometida por uma doença neurológica degenerativa, que já a transportou para um "outro mundo"; ele, um historiador, a braços com problemas cardiacos graves, que se vê obrigado a cumprir o papel cuidador (uma vez que não pode contar com o filho toxicodependente para o efeito), sem grande paciência e virtude. <br /> <br />A vulnerabilidade e as perspectivas distintas dos elemento do casal de protagonistas (divinamente encarnados por Dario Argento e Françoise Lebrun) são apresentadas ininterruptamente (para que não percamos pitada de quaisquer movimentos e/ou expressões de cada um deles), graças a um primoroso split-screen (opção estética de dividir o ecrã a meio, filmando cada um deles separadamente, em close-up permanente e simultâneo, com duas câmaras de mão diferenciadas). <br />A junção de duas realidades autónomas (e complementares) em algo "uno" gera produto de beleza arrebatadora e profundamente depressiva.
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