Love

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Drama, Romance 135 min 2015 M/18 09/06/2016 BEL, FRA

Título Original

Love

Sinopse

<div>No passado, Murphy e Electra (Karl Glusman e Aomi Muyock, respectivamente) viveram uma grande história de amor. A relação terminou depois de ele a ter traído com Omi (Klara Kristin), que engravidou. Hoje, ele é marido de Omi e pai dedicado de uma criança de dois anos. Num chuvoso primeiro dia do ano, recebe um telefonema da mãe de Electra, que lhe diz que a jovem está desaparecida há dois meses e que, devido às tendências suicidas que tem demonstrado, teme que algo terrível possa ter acontecido. Durante todo o resto do dia, Murphy, que se sente profundamente infeliz com o rumo da sua vida, deixa-se assombrar pelas recordações daquele amor perdido: as promessas de felicidade, o desejo interminável, mas também as faltas imperdoáveis…</div> <div>Com cenas de sexo explícito, um filme sobre amor e desejo cujo argumento e realização fica a cargo de Gaspar Noé ("Irreversível", "Enter the Void - Viagem Alucinante"). PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

Ai, os fluidos corporais

Jorge Mourinha

Um cineasta talentoso em busca da transcendência estampa-se ao comprido no ridículo absoluto: Love

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O porno de arte

Luís Miguel Oliveira

Com personagens sem interesse interpretadas por actores muito maus, e os diálogos mais histéricos, mais mal escritos e mais mal ditos que se viram em muito tempo. Dava vontade de rir, se não chateasse tanto.

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Críticas dos leitores

Love

Jurandir Bernardes de Lima

Faroeste disse: <br /> Não conhecia nada do Noé e este filme, não fosse pelas cenas extensivas e insistentes de sexo explícito, ninguém o veria. <br /> O filme é fraco e a exposição dos atores chega a ficar intolerante, pois o filme, além de monótono, é narrado de forma não linear, o que o torna uma droga para se ver. Não aprovo filmes com isto de vai e vem, mesmo porque, é uma invenção que em nada valoriza uma fita, que poderia, sem problemas, ser contada linearmente. <p> Com nota de 1 a 5 dou 1,5 porque tem uma boa fotografia e nada mais. </p><p> Jurandir Lima (Faroeste é meu codinome de comentarista) </p>
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Tédio

Pedro Brás Marques

“Love” é um filme pornográfico? As cenas de sexo explícito acrescentam alguma coisa à história ou são apenas um chamariz para voyeurs? Gaspar Noé revela-se um provocador ou apenas está parco de ideias? <br />O argumento de “Love” não tem nada de especial. Murphy está casado com Omi, de quem tem um filho. E essa é precisamente a razão que levou ao fim da sua intensa relação com Electra. Murphy recorda o que foram esses tempos, onde o sexo parecia não ter limites e onde ele próprio revê os seus erros e a sua imaturidade. <br />Tal como já tinha feito em “Irreversível” e um pouco em “Viagem Alucinante”, Gaspar Noé joga com a memória, com a impossibilidade de mudar o passado, com o arrependimento como dor existencial. Murphy, efectivamente, errou, ao cometer adultério, ao se deixar enredar numa relação a três, ao mentir. O Amor, com maiúscula, sinónimo de entrega e de união, não se compadece com a traição e essa acaba por ser a maldição existencial de Murphy. <br />O tema da paixão versus amor é um clássico que já viu muitas formas, sons e cenários. Gaspar Noé opta, em “Love”, por sublinhar a parte física como sustentação dessa paixão imaterial. Só que o faz de forma monótona, repetindo ‘ad nauseam’ os encontros sexuais, prolongando-os durante minutos, sem que verdadeiramente isso contribua minimamente para melhorar a percepção da história. Quando optam por ‘ménage à trois’ ou avançarem para um encontro com um transexual, aí sim, há novas fronteiras com que as personagens se debatem. Agora, estar a ver Murphy e Electra constantemente a percorrem as posições do Kamasutra, sinceramente, falta paciência. E não é por fazerem sexo (que é do que se trata) ao som das Variações Goldberg, de Bach, que a coisa fica mais erudita, pelo contrário, escorrega para um pretensiosismo perfeitamente dispensável. <br />Uma coisa é certa: Gaspar sabe filmar. Enquadramentos cuidados, incluindo nas cenas de interiores e o rodar dos corpos estão perfeitamente coreografados. Não é por aí que o filme falha. É mais pelo carácter algo que pretensioso de que falei e pela qualidade dos actores, a roçar a mediocridade. Claro que achar verdadeiros actores dispostos a exporem-se desta forma terá sido uma tarefa quase impossível mas, que Diabo, não havia alguém melhorzinho?
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Love" é um filme (de autor) porno em versão 3 D. O sexo explicito hardcore, destituido de pudor(es)/censura(s), constitui-se como o epicentro e a sua principal (e quase exclusiva) personagem. Através de uma narrativa não linear (um constante flashback que decorre na sua mente), algo repetitiva e, consequentemente, monótona (a partir de determinado momento, e passado o "choque inicial", limita-se a ser "mais do mesmo") disseca a intimidade de um casal, dando-nos a conhecer as memórias afetivas/sexuais do personagem masculino (recorrendo a uma verborrágica narração em voz off) em relação a uma ex-namorada que não vê há alguns anos, confrontando-as com a frustração que este sente em relação à vida actual ao lado da mãe do seu filho. <br /> <br />É, sem qualquer dúvida, uma película esteticamente pretensiosa e apelativa (obrigatório visioná-la em 3 D, embora até nem seja fã deste formato), todavia, a sua principal virtude transforma-se em handicap à medida que o realizador gradualmente vai abandonando a suposta análise da relação amorosa, em detrimento do voyerismo de mais umas posições sexuais filmadas de "modo bonitinho" (e pouco naturalista, como era pressuposto). Acresce que os actores também não dão o litro, excluindo ao nível das suas performances sexuais, o que não é de admirar, na medida em que, por certo, foi impossível o Gaspar Noé convencer actores conceituados a aceitar este tipo de papéis/exposição.
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