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Terminal Norte

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Documentário 37 min 2021 M/12 20/10/2022 ARG

Título Original

Realizado por

Sinopse

Durante o confinamento de 2020, Lucrecia Martel volta para a sua terra natal, em Salta, uma região conservadora da Argentina. Lá, acompanha Julieta Laso, que, como uma musa, a introduz a um grupo de mulheres artistas que desafiam a opinião dos outros em volta das fogueiras. Neste documentário, Martel aprofunda a voz sedutora de Julieta. O “eu” da protagonista abre-se para o encontro de vozes e corpos destoantes que a câmara nunca se cansa de acompanhar. O resultado é uma homenagem a uma comunidade que, apesar de temporária, serve como antídoto para a pandemia. Texto: Doclisboa

Críticas Ípsilon

Lucrecia Martel e a música do confinamento

Luís Miguel Oliveira

Um musical que é o “filme de confinamento” da cineasta de Salta, Argentina.

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Críticas dos leitores

Terminal norte

Fernando Oliveira

Em 2020, durante o confinamento imposto pela pandemia, Lucrecia Martel regressou à província de Salto no Norte da Argentina onde a realizadora nasceu. Com ela foi a namorada, a cantora Julieta Laso. Juntaram-se a um grupo de cantoras e instrumentistas, quase só mulheres, numa zona florestal isolada e aí partilharam musica e canções; e também experiências: Salto será uma das províncias mais conservadoras do país e as estórias que ouvimos são também um testemunho da tremenda dificuldade de assumir a diferença numa sociedade assim. E a realizadora filmou estas conversas, estas actuações como se fosse um documentário musical e também um documentário político. Neste contexto, o filme não acrescentará nada à obra da realizadora, será um acto de denúncia, com algumas interpretações espantosas daquelas mulheres que cantam e tocam à volta da fogueira ou enquanto deambulam pela mata. Mas se repararmos na forma como a câmara de Martel “persegue” Julieta Laso, como é um olhar “enamorado” quando a filma enquanto canta, ou um olhar “ternurento” quando ela conta como se tornou cantora, então percebemos que o filme também é uma declaração de amor da realizadora à mulher que ama. E isso é mesmo muito bonito (e só para ver a maravilhosa interpretação de “Cara de gitana”, um êxito xunga na década de setenta, por Julieta Laso, o filme valeria a pena). (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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