Suzanna Andler
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Críticas Ípsilon
Charlotte Gainsbourg em estado de graça
Uma actriz em estado de graça chega e mais do que sobra para um filme que respeita (talvez em excesso) a voz de Marguerite Duras.
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3 estrelas
José Miguel Costa
"Suzanna Andler", o novo filme do francês Benoite Jacquot (uma adaptação da peça homónima de Marguerite Duras), é um drama amoroso (autoral - nada dengoso), num registo de "teatro filmado", cujo "palco" se cinge à sala e varanda de uma mansão. Nesse espaço limitado assistimos à interacção tensa (e, simultaneamente, extremamente cordial) de apenas duas personagens dos idos anos de 1960 (interpretadas por Charlotte Gainsbourg e Neils Schneider). Por entre constantes (e competentes) travellings e alternância de planos gerais/close-ups do realizador, Ela dá corpo (e alma) a uma melancólica e apática quarentona burguesa (todavia, "bem enxuta"), sem qualquer actividade profissional, que persiste/insiste num casamento marcado por inúmeros casos de adultério assumidos pelo marido; enquanto Ele, o seu jovem amante/playboy, a questiona incessantemente, já que não consegue assimilar a essência da dinâmica relacional, e a inerente ambivalência afectiva, manifestada pelo casal (que alegadamente continua a amar-se e a "respeitar-se" mutuamente, de uma forma algo enviesada, apesar de praticamente não privarem). Ovação (de pé!!) para a sobriedade e contenção da interpretação de Charlotte Gainsbourg, que inunda todo o ecrã com os "murmúrios" da sua personagem indefinida.
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