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Sem Limites
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Eddie Morra (Bradley Cooper) é um escritor nova-iorquino a atravessar um momento de crise. Até que um amigo lhe dá a conhecer o NZT-48, um medicamento experimental que, aparentemente, aumenta dez vezes as faculdades intelectuais do cérebro humano. Tomando um comprimido por dia, ele torna-se não apenas mais inteligente mas também mais rápido, intuitivo e carismático, dando origem a uma versão quase perfeita de si mesmo. Porém, a droga depressa revelará efeitos secundários inesperados, pondo em risco a sua vida e a sua sanidade mental.<br />Com argumento de Leslie Dixon e realização de Neil Burger ("O Ilusionista"), um "technothriller" de acção inspirado no livro "The Darck Fields", escrito pelo irlandês Alan Glynn. PÚBLICO
Críticas dos leitores
Incentivo ao uso de drogas?!
JLC
<p>O filme trata da transformação de um viciado em álcool, completamente inútil. Para um "pastilhado" em ascensão até ao final do filme.<br /><br />Nem percebo como o filme pode ser para M12. Visto não ter qualquer sentido moral ou educacional.<br /><br />Achei os 105 minutos uma total perda de tempo.</p>
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Engole a pastilha
Raul Reis
De cada vez que tenho de falar com o meu chefe gostava de ser muito, mas muito mais esperto do que ele. Seria maravilhoso poder tomar a pastilhinha que Eddie Morra (Bradley Cooper) arranjou e ficar mais vivo, mais rápido, com mais memória e, sobretudo, ter muita mais confiança em mim próprio.
A pastilhinha transparente chega às mãos de Eddie por acaso. O pobre escritor com falta de inspiração cruzou na rua o irmão da sua ex-mulher, um traficante de droga chamado Vernon (Johnny Withworth) que diz ter sido promovido a “consultor farmacêutico”.
Eddie abre-se com o seu ex-cunhado. Diz-lhe que há meses que não consegue escrever uma linha do romance que tem em mente, que a namorada o deixou e que está em maus lençóis, pois nem sequer tem dinheiro para pagar a renda do apartamentozinho em que mora. Vernon faz um favor a Eddie e oferece-lhe uma pastilhinha transparente que – afirma – é um medicamento legal e testado pelas autoridades que, brevemente será comercializado. Eddie hesita pouco tempo, acabando por testar os efeitos do comprimido quando a mulher do seu senhorio o “ataca” nas escadas do prédio, exigindo-lhe a renda em atraso.
Eddie descobre um mundo diferente. A sua mente reage como nunca, tudo lhe parece mais claro e recorda-se de absolutamente tudo aquilo que viveu e viu ao longo dos anos. Eddie torna-se tão brilhante que, em algumas horas escreve a tese de Direito da senhora e dorme com ela logo a seguir.
Que se passa com o cérebro de Eddie?
O filme retoma o velho mito de que não usamos o nosso cérebro completamente: uns dizem 10%, outros 20. Não interessa. O comprimidinho transparente que Eddie tomou permite-lhe aceder ao cérebro todo, recuperar as mais recônditas informações (já esquecidas por um ser humano em estado normal) e, sobretudo, efectuar cálculos incríveis e fazer deduções extraordinárias.
Depois de umas horas sob o efeito da pastilha, Eddie quer mais. E o público também. Se à porta da sala de cinema houvesse um senhor a vendê-las, acredito que teriam mais êxito do que as pipocas ou os Red Bulls.
“Sem Limites” brinca com os desejos e sonhos dos espectadores, levando Eddie até aos locais mais paradisíacos, colocando-o na companhia das mais “beautiful people” que se pode imaginar e pondo-o a ganhar dinheiro com uma facilidade desconcertante.
Infelizmente, o argumento vai deixando pontas soltas aqui e ali que não contribuem nada para a credibilidade do filme. Se a premissa da pastilhinha mágica já é difícil de engolir, alguns dos acontecimentos que se seguem tornam “Sem Limites” ainda mais intragável.
Apesar de o protagonista conseguir fazer bem a transição entre os distintos “Eddies”, Bradley Cooper é demasiado pepsodent para parecer real. O actor passeia sorrisos e olhos azuis photoshopados que acabam por aborrecer. Nem De Niro escapa ao embate com uma história que não lhe dá a oportunidade de criar uma personagem com um mínimo de profundidade.
Apesar dos defeitos de argumento e das interpretações um tantóquanto, “Sem Limites” consegue incutir no espectador a vontade de que tudo isto seja verdade ou, pelo menos, possível. Até eu adorava tomar a pastilha mágica e começar a ganhar milhões na bolsa, ou escrever o livro mais fabuloso da história da literatura, ou simplesmente chatear o meu chefe com respostas tão inteligentes que ele ia ter de assumir que quem manda lá no escritório sou eu. Ou... sei lá, podia candidatar-me a primeiro-ministro de Portugal e resolver a crise económico-financeira... Hmmm, duvido, para isso pastilhas não chegavam; eram precisas injecções e em dose cavalar.
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