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O Segundo Acto

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Negro, Comédia 80 min 2024 M/12 24/07/2025 FRA

Título Original

Sinopse

O 14.º filme do francês Quentin Dupieux, que no final dos anos 1990 se notabilizou primeiro como produtor de música electrónica sob o nome Mr. Oizo, tendo também realizado telediscos desse projecto, é uma comédia meta-referencial passada na rodagem de um mau filme, centrada nos seus actores. No filme dentro do filme, dois pares de personagens vão-se encaminhando para um jantar no meio de nenhures, com o objectivo de uma mulher apresentar ao pai o homem por quem está apaixonada, que afinal não está apaixonado por ela e a quer emparelhar com um amigo seu. Os actores vão quebrando a quarta parede, falando com o público e questionando a realidade. No elenco, Léa Seydoux, Vincent Lindon, Louis Garrel e Raphäel Quenard. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O Segundo Acto: Quentin Dupieux fez um “filme do meio” sem princípio nem fim

Jorge Mourinha

O realizador francês continua a brincar com a forma tradicional da narrativa e a debater o futuro do cinema. Mas já o terá feito melhor.

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Críticas dos leitores

Cinema do Absurdo?

J.F.Vieira Pinto

Quentin Dupieux padece do mesmo problema, por exemplo, de Wes Anderson. Dois cineastas que, face às excentricidades das suas obras, arriscam tudo, quando digo “tudo” é mesmo tudo; ou seja: estão-se nas “tintas” para o que se possa dizer sobre os seus filmes. Imagino-os a deliciarem-se com as críticas acintosas.

Têm em comum o facto de produzirem filmes extraordinários que contrabalançam com outros filmes “odiados” por muitos. O “Artista” é isso mesmo. A originalidade deste “O Segundo A(c)to” inicia-se desde já no trailer. E não se julgue que os tópicos estão lá todos, pelo contrário, a única coisa que nos dá é apenas e só incerteza e um vazio sobre a narrativa que veremos na projeção do filme. “Film noir”? Prefiro o termo “farsa”! No fim de contas, tudo não passa de “entertainment” que dura uns escassos 80 minutos.

Dupieux apenas “tortura” o cinéfilo q.b., não mais que isso. Vincent Lindon lidera um elenco de luxo num filme dentro de outro filme. O pai conservador que quer o melhor para a sua filha. Num “segundo ato”, a sua personagem transforma-se num homossexual que rejeita o pedido do namorado para ter um cãozinho “fofinho” para completar a felicidade conjugal. Antes, uma outra personagem de Lindon, homofóbica quanto baste! Evitemos o "spoiler", não sem acrescentar mais um: o beijo ao seu amante…Inteligência artificial?! O algoritmo da “AI” parece funcionar. Quanto mais não seja para “contabilizar” as falhas de um dos atores e a consequente dedução no seu cachê… Um “algoritmo” ao serviço do “capital”, quando para tudo o resto parece funcionar (muito) mal. Um realizador “AI” que bloqueia como um simples computador… Filme com muitas camadas e com diferentes deduções. Provavelmente, dos primeiros a discutir o tema.

Ficamos na expectativa se a personagem de Lindon conseguirá um papel num filme de Paul-Thomas Anderson! Cineasta eleito a “realizador de culto” - Gozo?! Quentin Dupieux o autor do inovador “O Pneu2" que continua a ser imprescindível no seu Curriculum Vitæ, diverte-se e diverte-nos. Esperamos “uma Espécie de Godot” que (obviamente) nunca chega, ou uma evidência lógica para a uma narrativa menos ambígua. Becket, o dramaturgo, já há muito tempo que deu o mote com o seu teatro do absurdo.

Pelo meio, adoramos os diálogos num casting de luxo. Aparentemente ainda não estamos perante um filme feito pela odiada/amada “AI”. Muito haveria para dizer sobre este filme, cuja função principal é, simplesmente, divertir-nos e isso é conseguido.(***)

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