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O Rapto

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Drama, Histórico 134 min 2023 18/04/2024 FRA, ITA, ALE

Título Original

Sinopse

Edgardo Mortara nasceu em 1851, em Bolonha (Itália), no seio de uma família judia. Após ter ficado doente, uma empregada, julgando que ele estava à beira da morte, baptizou-o às escondidas. Segundo a doutrina católica da época, o baptismo era considerado um sacramento irrevogável, tornando a criança parte da Igreja Católica.
 
Quando as autoridades da Igreja tomaram conhecimento disso, tinha ele seis anos, decidiram que a criança tinha de ser retirada à sua família judaica. Edgardo foi então levado à força de sua casa e entregue à custódia do Papa Pio IX e criado como católico. 
 
Os pais, desesperados, fizeram de tudo para recuperar o filho, apelando a todas as instituições. O caso correu mundo e causou indignação e protestos generalizados, com muitos líderes políticos, intelectuais e membros da comunidade judaica a oporem-se à decisão papal. 
 
Estreado no Festival de Cinema de Cannes, este drama biográfico tem realização do italiano Marco Bellocchio, também autor de "O Traidor" (2019) e de "Marx Pode Esperar" (2021), e conta a história verídica de Edgardo Mortara (1851-1940). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Interior, noite: O Rapto é um dos píncaros da arte de Marco Bellocchio

Luís Miguel Oliveira

Depois do magistral Exterior, Noite, o italiano Marco Bellocchio volta à grandeza. O Rapto é uma obra maior num percurso de 60 anos.

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Críticas dos leitores

O tesouro no Vaticano de pio IX

Ana Isabel

Um filme intenso e claro. Relata a história de um menino judeu que foi retirado dos pais aos 6 anos por ter sido baptizado. No século XIX o papa pio IX considerava que os judeus não eram cristãos. Só os cristãos podem ser baptizados.

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O rapto

Ricardo Maissa

Uma história infelizmente verdadeira que ilustra, de modo muito claro, a perversidade de pessoas pretensamente boas, neste caso um papa que até foi mais tarde santificado, que não têm escrúpulos para destruir uma família, que não dispunha da força e de mecanismos necessários para lutar contra a poderosa igreja.

Esta não tinha a mais pequena hesitação em mostrar o seu poder e humilhar os mais fracos. Para além da história, extremamente bem narrada, tudo neste filme é magnífico: os cenários, a música de fundo, as interpretações. Um dos melhores filmes que vi nos últimos anos.

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3 estrelas

José Miguel Costa

Escolhido para a corrida à palma de ouro do Festival de Cannes, o filme "O Rapto", do octogenário cineasta italiano Marco Bellocchio, é um drama histórico de cariz político-religioso, com uns pozinhos de thriller, que coloca a cru o fanatismo e o abuso de poder da igreja católica na Itália de 1858.

Baseado numa história verídica, reconstrói o episódio de retirada violenta de um menino judeu do seu seio familiar, ordenado pelo próprio Papa Pio IX, com o objectivo de submetê-lo à assimilação forçada dos dogmas da Santa Sé, num seminário de Roma.

Tal barbárie, que à data desencadeou uma aguerrida batalha política e protestos populares (que não se cingiram exclusivamente à Itália), teve por justificação uma lei canónica que determinava que todas as pessoas após o baptismo passavam a pertencer à igreja e consequentemente tinham obrigatoriamente de ser educadas segundo os desígnios católicos (e esta criança, aquando do seu nascimento, alegadamente havia sido baptizada, à revelia dos progenitores, numa cerimónia rudimentar executada por uma empregada doméstica na própria casa da família).

A reconstituição da época, rica em detalhes, revela-se como um magnifico "fresco barroco" mergulhado numa constante ambiência de semiobscuridade (graças a um trabalho de fotografia exímio).

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