O Rapto
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Elenco
Sinopse
Críticas Ípsilon
Interior, noite: O Rapto é um dos píncaros da arte de Marco Bellocchio
Depois do magistral Exterior, Noite, o italiano Marco Bellocchio volta à grandeza. O Rapto é uma obra maior num percurso de 60 anos.
Ler maisCríticas dos leitores
O tesouro no Vaticano de pio IX
Ana Isabel
Um filme intenso e claro. Relata a história de um menino judeu que foi retirado dos pais aos 6 anos por ter sido baptizado. No século XIX o papa pio IX considerava que os judeus não eram cristãos. Só os cristãos podem ser baptizados.
O rapto
Ricardo Maissa
Uma história infelizmente verdadeira que ilustra, de modo muito claro, a perversidade de pessoas pretensamente boas, neste caso um papa que até foi mais tarde santificado, que não têm escrúpulos para destruir uma família, que não dispunha da força e de mecanismos necessários para lutar contra a poderosa igreja.
Esta não tinha a mais pequena hesitação em mostrar o seu poder e humilhar os mais fracos. Para além da história, extremamente bem narrada, tudo neste filme é magnífico: os cenários, a música de fundo, as interpretações. Um dos melhores filmes que vi nos últimos anos.
3 estrelas
José Miguel Costa
Escolhido para a corrida à palma de ouro do Festival de Cannes, o filme "O Rapto", do octogenário cineasta italiano Marco Bellocchio, é um drama histórico de cariz político-religioso, com uns pozinhos de thriller, que coloca a cru o fanatismo e o abuso de poder da igreja católica na Itália de 1858.
Baseado numa história verídica, reconstrói o episódio de retirada violenta de um menino judeu do seu seio familiar, ordenado pelo próprio Papa Pio IX, com o objectivo de submetê-lo à assimilação forçada dos dogmas da Santa Sé, num seminário de Roma.
Tal barbárie, que à data desencadeou uma aguerrida batalha política e protestos populares (que não se cingiram exclusivamente à Itália), teve por justificação uma lei canónica que determinava que todas as pessoas após o baptismo passavam a pertencer à igreja e consequentemente tinham obrigatoriamente de ser educadas segundo os desígnios católicos (e esta criança, aquando do seu nascimento, alegadamente havia sido baptizada, à revelia dos progenitores, numa cerimónia rudimentar executada por uma empregada doméstica na própria casa da família).
A reconstituição da época, rica em detalhes, revela-se como um magnifico "fresco barroco" mergulhado numa constante ambiência de semiobscuridade (graças a um trabalho de fotografia exímio).
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