Este é o pior filme que eu já vi na vida; não tem historia e é muito parvo. Ate já vi filmes mais parvos mas melhores que este.

Criado que fui numa casa na antiga cidade de Lourenço Marques, com uma lareira enorme onde todos os anos os brinquedos apareciam matematicamente à meia-noite como que por magia, acho que deve ser esse o espírito para se ver o "Polar Express". Por outras palavras, aos 46 anos de idade e pai de uma filha com 24 e de um filho com 10, sempre lhes tentei transmitir essa magia. Não que eles estivessem alguma vez à espera de ouvir o tilintar das renas, mas já em Portugal e num andar sem lareira, arranjei sempre alguma forma de pelo menos um dos presentes mais ... importantes aparecer misteriosamente num sítio da sala. Por outro lado, o Natal não são só presentes... pensando melhor não devia. Mas eles existem, os presentes, quer na nossa vida, quer naquilo que considero uma prenda de Natal que Robert Zemeckis nos oferece com este filme.<BR/><BR/>Acredite-se ou não no Pai Natal, acredite-se ou não que alguém põe as prendas nos "sítos mágicos" e goste-se ou não dos efeitos "mecanicistas" a que alguns fazem alusão, o filme tem um detalhe curioso que não pensei ver tratado da forma como foi, mas de que gostei por ser um alerta que cada vez se manifesta mais. Há uns quantos meninos que viajam com direito a bigodes de chocolate e bolachas e há um único que entra na viagem sem direito a nada, a não ser que solidariamente alguém se lembre dele. É, entre outros - e podem considerar esta análise como primária -, um sinal cada vez mais marcado dos tempos que correm. Finalmente, e para não me alongar muito, a mensagem que o filme transmite é uma mensagem de esperança. Permitam-me já agora que vos deseje um Feliz Natal.

O pior filme de sempre.