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O Silêncio de Lorna

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Drama 105 min 2008 M/12 18/12/2008 FRA, ITA, BEL, ALE

Título Original

Le Silence de Lorna

Sinopse

Lorna é uma jovem albanesa a viver na Bélgica e que sonha com um futuro ao lado do namorado, Sokol. Para concretizar os seus sonhos, deixa-se envolver nos planos de Fabio, que lhe propõe um casamento falso com Claudy para que ela consiga a nacionalidade belga.<br/> Mas Fabio pretende mais que isso. Quer que Lorna se case a seguir com um mafioso russo disposto a pagar uma avultada quantia pela nacionalidade belga. Para que o segundo casamento se concretize rapidamente, Fabio planeia matar Claudy. Mas será que Lorna conseguirá manter segredo? Ou será que Fabio conseguirá comprar o seu silêncio? <br/> Realizado pelos irmãos Dardenne, o filme venceu o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes.<p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O Silêncio de Lorna

Mário Jorge Torres

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Nascimento do amor

Luís Miguel Oliveira

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

O Silêncio dos Inocentes

Filipe Moreira

Excelente filme com um argumento muito bom e uma actriz brilhante a desempenhar o papel principal. Mais uma vez o tema da imigração é a base para várias realidades possíveis e reais nos dias de hoje. O casamento, como contrato necessário para a obtenção da naturalização, não deixa de ser uma realidade cruel e criminosa que esconde ou poderá esconder a miséria humana a que estão sujeitos homens e mulheres que pretendem adquirir uma nova nacionalidade para fugirem à pobreza a que estavam condenados nos seus países de origem. Porém, se fogem de uma pobreza material a que estavam sujeitos nos seus países de origem, rapidamente são vítimas de um mundo criminoso e implacável, que fazem das suas vidas uma mercadoria com um "prazo de validade" muito limitado, com a agravante das autoridades dos países de acolhimentos (se é assim que se pode dizer), serem complacentes desta realidade cruel. A indiferença leva ao silêncio, ao isolamento e ao medo dos imigrantes, daí, “O Silêncio de Lorna”, enfatizar esta problemática levando-nos a reflectir acerca dos limites da ética e dos direitos humanos numa Europa que se quer como exemplo a nível mundial e que está longe de o ser.
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Adorei

diogo neves

Muito bom mesmo, tocou-me de deixou-me a pensar... De facto estes negócios só quem não tem sentimentos é que aguenta. Morte ao Fábio! Coitado do Claudy :P Foi um bom filme!
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Amor ilegal

Rui Rocha

Um filme que relata um dos flagelos da modernidade, a emigração ilegal e o tráfico de identidade e cidadania. Lorna, uma jovem Albanesa chega à Bélgica envolvida em negócios de casamentos forjados para aquisição de identidade Belga. Após se casar com um belga, toxicodependente, com quem vive e acaba por se envolver, está condenada a se divorciar e voltar a casar com um Russo. O filme descreve bem a frieza com que tudo é organizado, ficando o espectador perplexo com a desumanidade reinante, esta só é quebrada quando Lorna se vê só e se envolve emocionalmente com o seu "marido". Todo aquele "negócio" entre Lorna, o namorado, o angariador e os clientes é tremendamente desgastante psicologicamente para ela que acaba por se afeiçoar por quem apenas precisava da sua ajuda. A partir desse momento abdica do seu sonho, o snack-bar, e fantasia uma gravidez que a fará abandonar tudo. É mais uma visão ficcionada de que o amor pode vencer a ambição financeira.
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Lorna não sabe falar francês

Raúl Reis

Lorna (Arta Dobroshi) é albanesa e casa com um toxicómano para obter a nacionalidade belga. O seu novo marido temporário, tem muitos problemas mas a falta de dinheiro parece ser o pior. Lorna tem de partilhar a vida de Claudy (Jérémie Renier) enquanto aguarda que a situação se estabilize e o seu “passador” russo, Fabio (Fabrizio Rongione) lhe encontre outro serviço. O próximo trabalho de Lorna – já detentora da nacionalidade belga – será casar com um russo que precisa de papéis. Lorna está de acordo com a ideia, sobretudo porque essa operação vai permitir-lhe reunir o dinheiro necessário para abrir o snack-bar com que ela e o seu companheiro Sokol (Alban Ukaj) sonham. Mas Fábio não tem paciência e prefere matar Claudy, em vez de esperar por um divórcio que pode ser demorado. Lorna não está de acordo… Este pequeno resumo permite, a quem conhece os irmãos Dardenne, adivinhar as crueldades que se seguem. A frieza dos locais e das gentes. A dureza das emoções e as dificuldades de Lorna e de todas as outras personagens. Como é hábito no cinema dos dois irmãos belgas – que escrevem os argumentos, escolhem os actores – o contexto social de “Le Silence de Lorna” é terrível. As personagens passeiam-se através de ruas cinzentas e frias e, por vezes, cruzam a riqueza inatingível, cuja busca os vai levar à desgraça. Neste filme, os manos Dardenne parece que tiveram ainda mais prazer do que é habitual ao filmar toxicómanos, prostitutas, e ladrões, pequenos e grandes. Gente capaz de tudo para emergir do mundo cinzento em que vivem para um lugar ao sol. Mas não são apenas as imagens que chocam o espectador de “Le Silence de Lorna”. O pontencial aborrecimento de receber informação a conta-gotas transforma-se num factor de interesse. O filme vai fornecendo informação tão devagarinho que a intensidade do drama aumenta… dramaticamente. Depois, o filme sofre uma reviravolta e a Lorna que seguimos durante os dois terços iniciais da história muda e… e eu já não conto mais nada. Arta Dobroshi nunca tinha feito cinema antes e quase não falava francês quando os Dardenne a convidaram para interpretar Lorna. A naturalidade com que a actriz interpreta um papel difícil como este augura-lhe um futuro risonho. Em Cannes, Arta Dobroshi passeava-se já de “set” em “set” com um à-vontade que só as grandes senhoras do cinema se permitem. Permitam-me que lhes apresente uma futura grande senhora do cinema: Arta Dobroshi.
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