//

Jovens Mães

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Drama 105 min 2025 M/12 11/12/2025 BEL, FRA

Título Original

Jessica, Perla, Julie, Naïma e Ariane são cinco adolescentes alojadas numa casa materna na região de Liège (Bélgica). Oriundas de famílias instáveis e com carências a todos os níveis, encontram-se na delicada situação de uma gravidez não planeada. Quando dão à luz, aquele lugar torna-se o centro do seu mundo. Ali, com o apoio de profissionais e através da solidariedade entre si, elas encontram a força necessária para seguir em frente.

Em competição no Festival de Cannes 2025 – onde venceu o prémio Ecuménico e o de melhor argumento –, este drama social traça um retrato da maternidade na adolescência, ao mostrar a vulnerabilidade destas jovens e das circunstâncias em que se encontram, mas também da força dos laços que as unem.

A produção, argumento e realização couberam aos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, também autores de "Rosetta" (1999), "O Silêncio de Lorna" (2011), "O Miúdo da Bicicleta" (2011), "Dois Dias, Uma Noite" (2014), "Tori e Lokita" (2022). PÚBLICO

Sessões

Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O filme “Jovens Mães” (vencedor do Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes), escrito e realizado pelos septuagenários irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne, coloca-nos perante a problemática da gravidez precoce em adolescentes destituídas de redes familiares de suporte e/ou estruturantes, provenientes de contextos socioeconómicos vulneráveis. Sendo esta dupla belga uma das impulsoras do “realismo social” (tão do meu agrado), não é de admirar que a impressão digital característica deste género cinéfilo (nomeadamente, a filmagem “trémula” com recurso a câmara de mão, em modo “meramente” observacional, captando os eventos de forma directa e crua; opção por longos planos e close-ups; uso de luz natural; e ausência de banda sonora) esteja tão vincada neste intimista drama quase documental, que nos insere no seio de um lar de acolhimento estatal que acompanha meninas em final de período de gestação, ou que foram mães recentemente, com o objectivo de dotá-las de ferramentas básicas que lhes permitam cuidar dos respectivos bebés (caso optem por não encaminhá-los para o processo de adopção), bem como (re)integrá-las na sociedade, ao nível escolar, laboral e habitacional. Deste modo, através de uma narrativa episódica, com núcleos narrativos distintos que se vão cruzando amiúde, conhecemos, alternadamente, as histórias passadas/presentes, os estados emocionais e os dilemas existenciais de cinco jovens mães temporariamente residentes nesta instituição de cariz social. Todavia, ao contrário daquilo a que nos habituaram, os Dardenne brindam-nos com um “choque de realidade” relativamente "light" e estéril, incapaz de gerar sentimentos no espectador. Provavelmente, tal decorre do facto de apresentarem-nos (superficialmente e de uma forma algo estereotipada) protagonistas demasiado “limpinhas” inseridas num Sistema que funciona na perfeição, o que se afigura como demasiado irrealista. Como se tal não fosse suficiente, ainda brindam todas Elas com finais semi-felizes.

Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!