//
Asako I e II
Título Original
Netemo Sametemo
Realizado por
Elenco
Sinopse
<div>Asako vivia em Osaka (Japão) quando, à saída de uma exposição de fotografia, conheceu Baku, jovem um rebelde por quem se apaixonou irremediavelmente. Algum tempo depois, ele desapareceu sem explicação, deixando-a destroçada. Dois anos mais tarde, já a viver em Tóquio, a rapariga cruza-se com alguém exactamente igual a ele. Ao abordá-lo, percebe que, apesar das parecenças físicas extraordinárias, ele se chama Ryohei e tem uma personalidade quase oposta à de Baku. Ryohei e Asako acabam por se envolver sem que ela lhe conte que em tempos esteve apaixonada por um sósia seu. Tudo parece perfeito até ao dia em que o ex-amante reaparece.</div><div>Um filme dramático com assinatura do japonês Ryûsuke Hamaguchi ("Happy Hour: Hora Feliz"), segundo um argumento seu e de Sachiko Tanaka. Adaptação ao grande ecrã da obra homónima escrita, em 2010, por Tomoka Shibasaki, é protagonizada por Erika Karata e Masahiro Higashide. PÚBLICO</div>
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Asako 1 & 2
Fernando Oliveira
Há filmes aonde é muito bonita a forma como agarram nas histórias dos seus personagens, as suas alegrias e tristezas, amores e desamores, em acontecimentos que definem as vida quotidiana de quase toda a gente, e depois, e é essa a magia do Cinema, as tornam em histórias extraordinárias com personagens extraordinárias. Filmes com histórias que nos “puxam” lá para dentro, filmes em que esse realismo carrega sempre um certo mistério. <br />“A hora feliz” de 2015, o outro filme de Ryûsuke Hamaguchi que conheço era um desses filmes. Assim também é este “Asako 1 & 2”. <br />Asako (Erika Karata) e Baku (Masahiro Higashide) apaixonam-se na primeira troca de olhares; começam a namorar mas um dia, sem explicações, Baku desaparece; anos mais tarde já em Tóquio Asako encontra Ryôhei um rapaz fisicamente igual a Baku; os dois começam a viver juntos, sem inquietações, mas deixando-nos a nós a questionar a estranheza daquele amor “duplo”; até que Baku, entretanto tornado uma vedeta da publicidade e da televisão, reaparece e vai ter com Asako quando esta comemora com Ryûhei os amigos o seu noivado e o regresso a Osaka para uma nova vida; e Asako escolhe ir com Baku, abandonando o noivo e o amigos; arrepende-se na manhã seguinte e vai procurar Ryûhei na casa que tinham comprado. No final, diz Ryûhei sobre o rio que corre junto à casa: “é um nojo”, diz ela: “sim, mas também é belo”… <br /><br />É um filme que consegue harmonizar o realismo dos acontecimentos e rituais do dia-a-dia com uma espécie de estranheza fora da realidade (a forma como Asako e Ryûhei se encontram quando este deambula após o terramoto), aonde há uma personagem feminina que parece tão frágil, uma fragilidade em conflito com a força que tem de ter para enclausurar em si as inquietações e os estremecimentos que estas lhe provocam. E que vai amadurecendo sem nós darmos por isso. <br />Um filme de uma beleza quase embriagante. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
Continuar a ler
2 estrelas
José Miguel Costa
O filme "Asako I & II", do realizador japonês Ryûsuke Hamaguchi, tal como o título denuncia, encontra-se dividido em dois capítulos, correspondentes a diferentes momentos temporais (e espaciais) vivenciados pela protagonista. <br />Na primeira parte a tímida jovem romântica Asako, à saída de uma exposição de fotografia em Osaka, depara-se com Baku (um miúdo popular e rebelde com comportamentos violentos) e apaixonam-se no imediato, transformando-se num casal indissociável (apesar das suas abissais diferenças) até ao dia em que ele parte abruptamente (sem quaisquer justificações) para não mais retornar, deixando para trás uma infeliz e inconsolável namorada. <br />No segundo capitulo, volvidos dois anos, encontramo-la já a residir em Tóquio, local onde irá cruzar-se com um sósia do seu amado ("em versão melhorada", uma vez que possui todas as virtudes imagináveis), com o qual irá refazer a vida (sem que este jamais tenha conhecimento do "seu outro"). <br />Será um novo amor (morno) ou um simples "objecto de substituição", que implicará o eterno pairar de um passado idealizado? Eis a questão para um milhão de eyenes que o realizador não tem mestria para esmiuçar nesta espécie melodrama frio (não, não se trata da tradicional subtileza da cinematografia nipónica) e vazio de conteúdo (e consequentemente demasiado extenso e quase entediante). Como se tal per si não fosse suficiente, a dupla anti-natura de inexpressivos e apáticos (até para o padrão cultural japonês ... digo eu) protagonistas também não ajuda nada a encaminhar esta obra para "bom porto".
Continuar a ler
Envie-nos a sua crítica
Submissão feita com sucesso!