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Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 1

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Fantasia, Aventura 147 min 2010 M/12 18/11/2010 EUA, GB

Sinopse

O 17.º aniversário de Harry Potter aproxima-se e com ele o fim da protecção que a casa dos seus tios muggles lhe confere. Com Voldemort cada vez mais poderoso e perante os sucessivos fracassos do Ministério, apenas os membros da Ordem de Fénix lhe poderão valer e tirá-lo de Privet Drive em segurança. Mas nada corre como o previsto. E Harry compreenderá, da pior maneira, que a missão deixada por Dumbledore - descobrir e destruir os Horcruxes, objectos que escondem fragmentos da alma do Senhor das Trevas, antes do golpe final - terá de ser cumprida só por ele. O que ele ainda não sabe é que Ron e Hermione têm um plano...<br />Primeira parte do derradeiro capítulo da saga potteriana, o filme segue os três amigos durante a sua perigosa fuga aos Devoradores da Morte e a sua luta por se manterem fiéis uns aos outros, ao mesmo tempo que os Talismãs da Morte (objectos que evitam a morte) desviam Harry do seu caminho de encontrar os Horcruxes. Pelo meio, desvendam-se mistérios que perduram desde o início da série e prepara-se a última batalha, da qual só um poderá sair vivo. PÚBLICO

Críticas dos leitores

15 de Julho de 2011

Raúl Reis

Sabia que já não há mais Harry Potters? É verdade! A dona J. K., a senhora que assinou a saga do mais famoso feiticeiro juvenil do mundo, e que começou a meter-se nestas andanças em Portugal. A sério, foi no Porto, quando deprimia debaixo da chuva e das nortadas que se meteu a pensar em monstros e espectros. Mas isto não interessa. A notícia do fim da saga Harry Potter foi um choque para os fãs que se lançaram sobre o último livro com mais sofreguidão do que era habitual. A senhora Rowling só escreveu um livro, intitulado “Harry Potter e os Talismãs da Morte”, mas os senhores encarregados de o transformar em filme acharam que ele ficava melhor em duas tiradas em vez de uma só. Uma espécie de “Kill Bill” para adolescentes. O que agora temos entre mãos é a primeira parte, o que é sempre irritante porque o espectador já sabe que não vai descobrir o fim da história e que terá de aguardar uns meses até ao desfecho. Contudo, não convém esquecer que o livro já foi lido de uma ponta à outra por quem gosta mesmo das aventuras do feiticeiro e que, por isso, as surpresas serão limitadas. “Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 1" sob a direcção de Peter Yates é um filme bonito e bastante “dandy”. Se nunca viu um filme da série e se nunca leu os livros não vá ver este: não vai perceber nada. São duas horas e meia de referências a personagens e eventos passados que só os melhores fãs recordam. Para nos ajudar, a simpática Hermione vai lembrando a Harry pormenores que se revelam muito úteis para os espectadores menos especializados. Esta nova tirada da saga deixou definitivamente para trás os filmes de aventuras para jovens. Em "Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 1" estamos no terreno do “thriller” de mistério a roçar os limites do terror. A acção equilibra-se com uma certa exploração psicológica das personagens que dá uma maior solidez ao enredo. Sobre os cenários e os efeitos especiais não há nada a dizer a não ser tecer elogios rasgados. Há poucas películas que se possam vangloriar de ter tais “décors”. E quanto aos actores que a produção colocou no prato de Peter Yates, a lista mais parece o inventário dos candidatos aos Óscares de Hollywood. Senão vejamos: Michael Gambon (Albus Dumbledore), Alan Rickman (Severus Snape), Jim Broadbent (Horace Slughorn), Robbie Coltrane (Rubeus Hagrid), Brendan Gleeson (Alastor Moody), Helena Bonham Carter (Bellatrix Lestrange), Ciarán Hinds (Aberforth Dumbledore), John Hurt (Mr. Ollivander), Rhys Ifans (Xenophilius Lovegood), Jason Isaacs (Lucius Malfoy), Miriam Margolyes (Pomona Sprout), Bill Nighy (Rufus Scrimgeour), Gary Oldman (Sirius Black), Miranda Richardson (Rita Skeeter), Maggie Smith (Minerva McGonagall), Timothy Spall (Peter Pettigrew), David Thewlis (Remus Lupin), Emma Thompson (Sybil Trelawney) e Julie Walters (Molly Weasley). É difícil falhar a omeleta com ovos tão bons. E Peter Yates é um bom cozinheiro. Além de aproveitar todos os ingredientes com maestria conseguiu aplicar-lhes os molhos ideais. O espectador tem direito durante "Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 1" a passear-se do horror para a melancolia, do romantismo para a surpresa e muitas outras emoções que se cruzam durante o enredo. Fazendo justiça à dimensão ética que tanto fascina a autora dos romances, Yates logrou fazer da morte uma presença constante. O realizador respeita à risca o livro, adaptando-o q.b. para que cada fotograma seja uma homenagem a J. K. Rowling. Agora temos de esperar a continuação. A data já é conhecida: 15 de Julho de 2011. O combate que se anuncia é terrível. Valdemort e Harry Potter vão bater-se até à morte.
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Muito bom!!!

Batista

Deixou-nos com apetite para Abril? É em Abril ou Maio? Não tenho a certeza. Está brilhante e apelativo. Deixo uma sugestão aos cinemas, uma semana antes da estreia da segunda parte voltarem a por a primeira parte em exibição ou então na primeira semana fazer uma secção dupla com as duas partes!
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Prólogo

Fernando Costa

A 1ª parte do 7º tomo de Harry Potter (HP) chega finalmente às salas de cinema e nada poderia ser mais verdade do que dizer que “Harry Potter e os Talismãs da Morte parte 1” é o prólogo do anunciado final épico da série. Cobrindo 2/3 da novela de J.K.Rowling (aproximadamente 400 páginas) o filme de tom negro (tal como os seus antecessores) é o mais “realista” e “adulto” dos Potters e isso é ao mesmo tempo a sua maior novidade e fraqueza. Após a morte de Dumbledore e da ascensão de Valdemort e dos seus devoradores da morte, Harry Potter e os seus amigos Hermione e Ron partem em busca dos Hocruxes para os destruíres esperando assim derrotar o Senhor da Trevas. Fugindo ao habitual cenário de Hogwarts o filme perde as habituais cenas de interacção entre Potter e os seus amigos com professores e colegas na famosa escola de magia para se concentrar na jornada dos três amigos. Este aspecto poderia favorecer uma maior exploração das relações entre estas três personagens mas a realidade é que esta hipótese fica aquém das possibilidades e expectativas optando o filme por tentar decalcar o livro. O filme sente-se programático como que a posicionar as peças num tabuleiro de xadrez para o confronto final e nota-se mais neste filme do que em qualquer outros as limitações da interpretação de Daniel Radcliffe na personagem de Harry Potter. Tudo isto retira emotividade ao filme o que o prejudica. O facto de a narrativa do filme ser aberta também não ajuda. Não podemos deixar de referir o director de fotografia do filme, o português Eduardo Serra, que quase excluí a presença do sol e lua do filme para se adequar aos tempos de “ausência de luz” em que vivem as personagens. Tem-se falado em possível nomeação para o Óscar que a acontecer seria a 3ª para Eduardo Serra. Em resumo, HP7 parte 1 não está ao mesmo nível e não tem a mesma emotividade dos dois filmes anteriores de Yates mas não é um mau filme e percebe-se que se está a preparar terreno para a épica batalha final. ** (1,75/5)
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