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Halloween

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Terror 109 min 2018 M/18 25/10/2018 EUA

Título Original

Halloween

Sinopse

Jamie Lee Curtis volta a encarnar Laurie Strode, a personagem que, em 1978, representou em "Halloween, O Regresso do Mal", filme de culto de John Carpenter. Laurie sobreviveu à terrível noite de 31 de Outubro, quando foi selvaticamente atacada por Michael Myers, um "serial killer" com perturbações mentais. Agora, quatro décadas passadas sobre esse evento, pressente – e quase deseja – que ele escape do hospital psiquiátrico onde tem vivido. Ao longo do tempo, Laurie fez tudo o que esteve ao seu alcance para se preparar para um possível reencontro com o homem que quase a assassinou. Ela sabe que apenas a morte de um deles poderá terminar o pesadelo onde ele a tem mantido durante todos estes anos…
Uma história de terror realizada por David Gordon Green ("Prince Avalanche", "Joe", "O Senhor Manglehorn", "Stronger - A Força de Viver"), segundo um argumento escrito por si, Jeff Fradley e Danny McBride. Décimo primeiro filme da série, "Halloween" segue os eventos do original, sem considerar as acções das sequelas. Apesar de não ocupar a cadeira de realizador, John Carpenter assume aqui o triplo papel de compositor, produtor executivo e consultor criativo.PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O regresso do monstro puritano

Luís Miguel Oliveira

Sendo Michael Myers uma ideia, faz sentido que volte em 2018, época em que voltam ideias que julgaríamos mortas.

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Críticas dos leitores

Halloween

Fernando Oliveira

O filme que John Carpenter realizou em 1978 é um espantoso exercício de estilo em que a mestria formal do realizador consegue tornar uma história banal – na noite das bruxas e das máscaras um rapaz assassina brutalmente a irmã, quinze anos depois escapa da prisão-hospital psiquiátrico, e na mesma data vai aterrorizar a cidade onde o crime tinha acontecido… ceifando a vida a quem encontra pela frente – numa ambiência de terror e suspense quase insuportável. Basta lembrar-nos do magistral plano-sequência inicial - a câmara são os olhos do assassino, e depois do crime é-nos mostrado que é uma criança – e o olhar “subjectivo” está muitas vezes presente, instalando intensamente o medo ; ou a forma como a música pontua a montagem, sendo o contrário também verdade; ou como o assassino é apenas uma “forma”, e é assim designado no genérico (e no do filme de 2018), quase nunca perfeitamente visível e parecendo capaz de aparecer em qualquer lugar, a cada momento; basta lembrar-nos disto tudo para percebemos a extraordinária arte de Carpenter, a forma notável como se entrega, como gosta destes jogos com a nossa percepção. <br /><br />Nesse filme perguntava-se a certa altura se aquele homem era “ele ou aquilo?”, e será a partir desta pergunta que este filme de 2018 construirá a sua história. Dois jornalistas vão tentar entrevistar Michael Myers à prisão e é quando lhe “mostram” a máscara que ele usou nos assassínios que vão “acordar” a besta. Esta acção vai causar uma perturbação sobrenatural a quem assiste, o que deixa a pergunta sem resposta. <br /><br />Os argumentistas são inteligentes em esquecer toda a “tanga” entretanto contada – deverão ser para aí uma dezena de filmes – e esta história é a continuação do filme de 78. Quarenta anos depois, e na noite do Halloween, quando é transferido para outra prisão, Michael Myers ataca os guardas e volta a Haddonfield para procurar Laurie Strode, a rapariga que escapou à morte no primeiro filme. Ora no presente, Laurie é uma mulher que ainda vive aterrorizada com o possível regresso de Michael, mora numa quinta isolada, a filha afastou-se e a neta vai vendo a avó de vez em quando. Ninguém está para aturar os seus medos… <br /><br />Uma das grandes diferenças deste filme em relação ao realizado por Carpenter é que acrescenta ao filme uma mensagem. Deixa de ser uma narrativa quase exclusivamente formal (podemos, é verdade, considerar que o filme de 78 também tinha uma ideia: um desenho da resposta do puritanismo da América rural dos anos 70 aos excessos libertários da década anterior) para lhe dar um contexto: são três mulheres que vão lutar com a besta-homem. É um filme que deriva do movimento #MeToo, ou melhor da importância de valorizar o lugar da mulher no Cinema americano. Por aqui, tudo bem. <br /><br />O “mau” deste filme de 2018 é que David Gordon Green não é John Carpenter (que terá dado uma ajuda na produção do filme), o filme até tem uma história interessante, mas falta-lhe aquela tensão esmagadora sempre presente do filme de 78, falta-lhe a perversidade (mesmo que neste filme o realizador se atreva a encenar o assassínio de uma criança), não “cheira” ao medo; o filme não flui em crescendo, muito pelo contrário; e a narrativa vai sendo estragada pelo uso de coisas absurdas (aquele psiquiatra), ou truques fáceis (porque é que nos filmes de terror ninguém liga as luzes e ilumina a casa?). <br />Posto isto, chego à conclusão que não podendo definir este “Halloween” como um filme dispensável, serve apenas para nos lembrar o quanto essencial é o filme de Carpenter. <br />Ainda assim, um “slasher” que se vê bem. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Bom filme de terror

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque sou apreciador de filmes de terror, e este filme da saga Halloween é por si um clássico de terror. <br />Gostei do filme. É um filme que se vê bem, e que tem todos os ingredientes que se espera de um filme de terror: Sangue em barda, homicídios violentos, cenas de pânico e de tiros, e algum suspense. <br />Estamos perante um bom filme de terror, mas que apenas recomendo para apreciadores do género. <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 15 valores a este filme.
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3 estrelas

José Miguel Costa

Em 1978, John Carpenter, através do filme "Halloween - O Regresso do Mal", pariu Michael Myers, o temível serial killer de máscara inexpressiva, com especial apetite por babysitters tenrinhas (mais especificamente a Laurie Strode - eternizada pela Jamie Lee Curtis -, embora não colocasse de parte qualquer outro naco de carne humano suburbano), que personificava a encarnação do mal no seu estado mais básico. <br /> <br />O "coisa" pegou/"franchisingou-se" (para além de ter dado origem per si a um novo subgénero cinematográfico no universo do terror, ao qual se lhe foram juntando "clones" e "primos afastados" mais ou menos terríficos), e ao que parece ainda não entrou na crise da meia-idade. De facto, 40 anos volvidos, o ícone retorna (pela décima vez) para atazanar o "dia das bruxas", desta feita sob a tutela de David Gordon Green (com uma mãozinha do próprio John Carpenter enquanto produtor executivo e compositor). <br /> Fá-lo ignorando toda a "tralha" que se seguiu ao produto original, fazendo tábua rasa das respectivas sequelas e prequelas (e consequentemente das evoluções que os personagens base e a narrativa foram sofrendo ao longo do tempo), assumindo-se como uma ligação directa ao "primeiro episódio da saga". E para dar mais consistência a tal intento até foi buscar os dois protagonistas iniciais para um derradeiro choque de titãs. <br /> <br />O bad boy (que consegue fugir do hospital-prisão, no qual esteve internado durante as últimas quatro décadas sem emitir uma só palavra) não julgue que vai ter uma tarefa fácil, já que a vítima (quiçá inspirada pelo #MeToo) tranformou-se, igualmente, numa "predadora" sedenta de vingança. <br /> Esta transfiguração da personagem feminina acaba por revelar-se o grande foco de interesse desta revisitação, pena que depois não seja devidamente "desenvolvida" (tal como a nova relação de forças entre ambos), já que a meio da película se involui, de modo atabalhoado, para o básico/característico "corre, mata, persegue, foge" ... ainda mais, sem provocar "sustos por aí além" (simples gore light). Todavia, ainda assim, cumpre com eficácia a sua função de mera "distração" (característica que no fundo até poderá não ser muito abonatória para um filme que se pretende de terror).
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