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Fahrenheit 9/11

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Documentário 122 min 2004 M/12 01/11/2004 EUA

Título Original

Fahrenheit 9/11

Realizado por

Sinopse

Depois de "Bowling for Columbine", Michael Moore aponta "Fahrenheit 9/11" contra George W. Bush, nem mais nem menos que o Presidente dos Estados Unidos. Com o seu humor característico, Moore põe a nu as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden e examina a actuação da administração do Presidente americano na sequência do trágico 11 de Setembro, que abalou o mundo. "Fahrenheit 9/11" é já o filme mais polémico do ano e arrecadou, num claro manifesto político do júri, a Palma de Ouro em Cannes 2004 (o júri era presidido pelo realizador Quentin Tarantino). <p> </p>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Mário Jorge Torres

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Luís Miguel Oliveira

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Kathleen Gomes

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O caçador de imagens

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Recomendo

Maria do Carmo

Em qualquer filme, é-nos contada uma história (verdadeira ou não) segundo a visão do seu realizador. Aqui também é isso que acontece. Não existindo a preocupação de ter uma boa banda sonora ou actores que concorram ao prémio de "melhor actor qualquer coisa", o realizador de "Fahrenheit 9/11" conta-nos esta "história", segundo a forma como ele a vê. Mas fá-lo de uma forma interessante. Tem falhas? Dá uma visão "deturpada" da realidade? Tenta manipular a opinião pública? Tem como único propósito retirar G. W. Bush da Casa Branca? E então...? <br/><br/>À semelhança de qualquer outro filme, o propósito que presidiu à sua realização não tem, necessariamente, que ser igual ao sentimento que fica nos seus espectadores. Como espectadora, tenho por princípio ir ao cinema de espírito aberto. "Bebo" o filme de acordo com o "sabor" que ele me transmite enquanto dura e, no fim, faço a minha própria "digestão". <br/><br/>Este documentário "soube-me" bem. Concordo com o que escreveu Paul Watzlawick: "não existe uma realidade absoluta mas apenas concepções da realidade subjectivas e muitas vezes contraditórias". Michael Moore quer, com este documentário, partilhar a sua concepção subjectiva da realidade, seja ela contraditória ou não, polémica ou não, verdadeira (?) ou não. Mas fá-lo muito bem!
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A obsessão anti-americana

Nuno Esguelha

O único problema dos EUA é terem a vontade inteira do mundo contra eles. Michael Moore é um americano anti-americano muito reconhecido na Europa devido à inveja e ao atraso registado neste velho continente... Quem de facto gostar deste filme é um anti-americano assumido mas ainda nos podemos rir com algums momento deste filme, embora a menssagem seja muito errada.
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O americano tranquilamente obeso

Tarek Aziz

Moore é o auto-retrato da América profunda. Preconceituoso, manipulador de factos e americocêntrico. Até a sua imagem física é a do típico americano obeso comedor voraz de hamburgueres. O seu sentido de humor é na linha da graçola, certamente faria êxito em programas como o "Levanta-te e ri" a contar anedotas com barbas, que já foram sobre o Samora Machel, Américo Tomás e agora são sobre Bush, e amanhã até podem ser sobre a figura patética deste "poor" Moore.
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A visão de um Amerikano

G. N.

As massas não são exigentes e são facilmente manipuláveis. Este filme, porque não é mais do que isso, é um atentado à intelectualidade de qualquer pessoa. Parte com um objectivo bem defenido e, infelizmente, tem um enorme sucesso. Mas a custa do qué? Da manipulação dos factos, da critica sem fundamento e acima de tudo da ingenuidade dos espectadores. Claro que todos os dias somos bombardeados com a desinformação de que o Bush é burro, é um ditador e é mais fraco do que Kerry. Este filme vem por isso satisfazer este nosso desejo e sentimento, tudo parece bater certo! Mas será que essas mentes não se interrogam que tudo parece falso? Será que não vão tentar confirmar as acusações que se fazem?, Claro que não! Este filme vem confirmar o que "toda a gente" ja dizia! Estamos contentes, estamos a enriquecer um homem que diz que nos (eu humildemente não me incluo) somos todos estúpidos e manipuláveis. E parece que Moore tem razão, está rico a dizer mal de si próprio (pois também americano) à custa dos que procuram deseperadamente um balão de oxigénio para as suas dúvidas.
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Obrigatório!

Mariana Alves

Antes de o ver estava com grande expectativa pois o assunto é de facto importante e no fundo faz parte da vida de todos (infelizmente). A dualidade do filme em que as várias declarações ridículas do presidente dos USA (o Sr. Bush) se cruzam com as imagens sangrentas da guerra no Iraque está fantástica. Neste filme-documentário também é evidente a doente sociedade americana. A ignorância de um povo, que tantos insistem em afirmar que é o mais avançado, é igualmente patente. O país considerado a maior potência económica possui uma doença grave. Os parabéns ao realizador. Recomendo o documentário a todas as pessoas, em especial aos americanos, para verem bem em quem eles confiam plenamente.
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Aleluia!

João Vaz

Quando um cineasta menor, como é o caso, alcança tal relevância, está tudo dito. Um imbecil encontra sempre outro maior (que o aplauda), diziam os romanos. A nossa época é fértil quanto ao companheirismo. A atribuição da Palma de Ouro só mostra o grau de politização a que se chegou. Tristes tempos, em que para se ser guru cultural basta ter no currículo meia dúzia de bacoradas debitadas contra G. W. Bush.
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Esquerda ou direita?

Renato Ribeiro

O que este filme tem de realmente bom é que - como um amigo meu me anda sempre a perguntar: "eh pá, o que é isso de esquerda e direita? quem é de esquerda e quem é de direita?" - faz os seus espectadores tomar posições. Eu não percebi muito bem se Vasco Câmara tentou fazer uma tese cinematográfica ou política na análise que fez sobre este filme. O que me deu a entender foi que fez... ambos. Mas se este documentário de Michael Moore, tal como Vasco Câmara diz, é manipulado segundo as suas próprias visões, o que dirá ele sobre os EUA da mentira? Os EUA de Guantánamo e Abu Grahib? Os EUA da manipulação de informação? Os EUA da "gestão do medo do povo americano para ganhar mais poder com isso"? É fácil dizer que Michael Moore manipula a sua mensagem para ela chegar ao espectador com mais ênfase, mas num país em que a liberdade partidária foi sonegada (ou, pelo menos, subtraída...), em que as mentiras se acumulam dia após dia e no qual a democracia do povo, que os políticos tanto gostam de dizer, foi substituída pela democracia do medo e dos serviços secretos, o que poderia ele fazer? As armas que ele utiliza no filme são mais ou menos aquilo que a sociedade americana lhe dá. E sempre me disseram, malta que eu conheço que se interessa por cinema, que o meio envolvente é fundamental para o nascimento e crescimento de uma obra e também para a sua análise.
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Esquerda ou direita?

Renato Ribeiro

O que este filme tem de realmente bom é que - como um amigo meu me anda sempre a perguntar: "eh pá, o que é isso de esquerda e direita? quem é de esquerda e quem é de direita?" - faz os seus espectadores tomar posições. Eu não percebi muito bem se Vasco Câmara tentou fazer uma tese cinematográfica ou política na análise que fez sobre este filme. O que me deu a entender foi que fez... ambos. Mas se este documentário de Michael Moore, tal como Vasco Câmara diz, é manipulado segundo as suas próprias visões, o que dirá ele sobre os EUA da mentira? Os EUA de Guantánamo e Abu Grahib? Os EUA da manipulação de informação? Os EUA da "gestão do medo do povo americano para ganhar mais poder com isso"? É fácil dizer que Michael Moore manipula a sua mensagem para ela chegar ao espectador com mais ênfase, mas num país em que a liberdade partidária foi sonegada (ou, pelo menos, subtraída...), em que as mentiras se acumulam dia após dia e no qual a democracia do povo, que os políticos tanto gostam de dizer, foi substituída pela democracia do medo e dos serviços secretos, o que poderia ele fazer? As armas que ele utiliza no filme são mais ou menos aquilo que a sociedade americana lhe dá. E sempre me disseram, malta que eu conheço que se interessa por cinema, que o meio envolvente é fundamental para o nascimento e crescimento de uma obra e também para a sua análise.
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A visão de um americano

Emanuel Mendes

Sim. Continua a ser a visão de um americano... mas uma visão com olhos de ver... Vai um pouco além da mentira da democracia americana... Poder do povo? (lol) É lamentável o tempo que dá a alguém que perde um filho quando esse mesmo filho foi um dos instrumentos de destuição de um país soberano...
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Inquietante

Simão

É deveras inquietante o que este filme nos traz... Toda a gente já sabia que estávamos perante um senhor (Bush) pouco dotado intelectualmente, mas essa sua falha é demasiado grave para um Presidente. A verdade é muitas vezes difícil de se expor, já que cada um tem a sua... e neste filme o que se vê é um documentário-filme realizado à luz de um sr. Michael Moore, que seria sempre diferente caso fosse outro qualquer senhor a realizá-lo.
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