A ideia de base é muito interessante. Ainda mais quando o meu trabalho passa por acompanhar pessoas neste tipo de ‘viagens interiores’. Daí veio a curiosidade por ver como isso aconteceria num filme.

Talvez a minha expectativa fosse demasiado alta: em geral tem cenas engraçadas mas passei o filme à espera de maior densidade emocional, de maior profundidade nas personagens… e finalmente veio a ficha técnica. Enfim: pareceu-me uma ideia prometedora mas sem filme à sua altura.

Um belíssimo, deslumbrante, criativo e inteligente "road movie", pleno de surpresa e elevado bom gosto. Notabilíssimas interpretações.

Relação, laço e apego!

Filme aborrecido, muito "parado", mas com uma história incrível sobre como o nosso passado e presente se encontram. Eu também tinha medo de entrar numa nova relação, pensava que iria ser sempre igual, acabar triste e sozinha... mas quando a pessoa certa aparece, tudo muda. Os planos, os pensamentos...

É um filme que dá para refletir. A minha namorada quase adormeceu mas eu não adormeci, quis ver como acabava a história. Vale a pena ver o filme que, apesar de ser aborrecido, é uma reflexão que todos deviam fazer.

É um bom filme? Não. É um mau filme? Nem pensar. Esta grande viagem, cheia de cenas muito bem imaginadas, altera o passado, o presente e o futuro, de uma forma envolvente, diria até entusiasmante, com uma realização bem conseguida e uma bela interpretação de Margot Robbie e imediatamente seguida de Colin Farrell.

O que pode parecer um filme aborrecido, transforma-se no imediato numa sequência de temas tão bem imaginados, que chegam quase a arrebatar. Não é uma obra-prima mas sim uma fita muito bem realizada, com um "decor" espectacular, surpreendente por vezes e uma troca de épocas que não nos deixam indiferentes.

Nem é daquelas fitas que se não se visse, não se perdia nada. Bem pelo contrário. Valeu bem a pena assistir a 140 minutos de belo efeito, que não deixa ninguém indiferente. Como disse, não sendo um bom filme, nem nenhuma obra-prima, é sobretudo uma fita para pensar no que numa vida pode acontecer, imaginar com sentido e por vezes alguma emoção.

O filme é uma metáfora da viagem em que se acaba por conhecer uma pessoa, e partilhar as portas intimidade da vida passada, frustrações, medos e sonhos. Onde nas viagens há sempre a disponibilidade mental para encontrar novos mundos. As personagens, apesar de pintadas com as cores do belo, o seu lado humanos erra não é escondido de modo algum.

Margot Robbie demonstra uma vez mais a sua capacidade de encarnar personagens diferentes. Colin Farrel está muito bem no papel, um ponto ligeiramente abaixo da actriz principal. O filme como trata de uma visão onírica da vida, o grafismo escolhido está na ténue linha divisória do real e da banda desenhada. O que distingue um filme bom de um razoável, é a capacidade de o espectador sentir empatia pelo sofrimento e contentamento das personagens. E o realizador conseguiu lá chegar.

Excelente argumento. Com alguns clichés mas surpreendente na profundidade da reflexão sobre as nossas escolhas. A banda sonora digna de Óscar.