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Batalha Atrás de Batalha

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Comédia, Acção, Negro 161 min 2025 M/16 25/09/2025 EUA

Título Original

Califórnia, década de 1980. Um grupo de antigos revolucionários reencontra-se quando a filha de um deles é raptada por um inimigo de longa data. Entre as memórias do passado e a luta pela sobrevivência, os membros do grupo confrontam os seus fantasmas enquanto vêem os laços que outrora os uniram postos à prova.

Escrito e realizado por Paul Thomas Anderson ("Magnólia", "Haverá Sangue", "O Mentor", "Vício Intrínseco", ​"Licorice Pizza")​, e inspirado no romance Vineland, escrito em 1990 pelo norte-americano Thomas Pynchon, Batalha Atrás de Batalha junta sátira política à comédia negra com múltiplas referências à cultura popular de uma geração. O elenco conta com Leonardo DiCaprio, Sean Penn, Benicio Del Toro, Regina Hall e Wood Harris. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Batalha Atrás de Batalha: Paul Thomas Anderson imparável e contagiante

Jorge Mourinha

Depois do sublime Licorice Pizza, Paul Thomas Anderson regressa com um filme de tangentes a géneros e temas, entre Mamma Mia! e Fuga sem Fim revistos por Thomas Pynchon e Robert Altman.

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Sessões

  • Braga

Críticas dos leitores

Para ver pelo menos uma vez

Fernando Guilherme Silvano Lobo Pimentel

Vi e revi e podendo estar eminente a saída de exibição, não queria deixar de recomendar mais esta obra de arte do Paul Thomas Anderson. Cineasta capaz de associar arte ao entretenimento encontra aqui uma fórmula menos comum no seu portfólio, a de colocar os ingredientes todos sobre um corpo de filme de ação.

Elegante como é a base, deixa descobrir tudo o resto que lá está, sem gorduras desnecessárias a atrapalhar. Falamos da irresistível comédia, sobretudo na 2ª parte, do drama e da tensão, da singularidade de alguns momentos de pura carga simbólica e beleza cinematográfica, da dimensão política, da fantástica banda sonora, de aspetos mais técnicos da arte de (bem) filmar.

E parece ainda, em certos momentos, que há uma outra originalidade do "Batalha atrás de Batalha", que é a de tratar os seus personagens, nomeadamente os principais, como pessoas, realçando a sua dimensão humana, os seus falhanços, por oposição a um cinema de lugares comuns em que o herói sai sempre por cima. É como estivéssemos num jogo de ténis e para pontuarmos bastasse ter uma atitude diferente do adversário quando se julga infalível e assim acaba por atirar à rede. Há muito tempo que não tinha uma experiência cinematográfica tão satisfatória. Melhor ainda que o filme só a riqueza humana que ele parcialmente retrata. Felizmente há muita por aí.

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Previsível

Sofia

Achei tão previsível... Já para não falar que legitima ações terroristas. Independentemente da causa, destruir, roubar, ataques à bomba, violência nunca podem ser a solução! Desilusão!

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Muito bom

João Almeida

Cinema com C grande.

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Batalha atrás de batalha

Fernando Oliveira

Inspirado livremente em “Vineland”, um livro de Thomas Pynchon editado em 1990, “Batalha atrás de batalha” é uma sátira politica sobre os EUA aprisionados numa realidade que copia a actualidade, um olhar cruel sobre a decadência social e cívica num país conservador e reacionário e que sublinha o ridículo perigoso do populismo autoritário e dos grupelhos que o tomam como doutrina.

Mas tudo isto é-nos contado por um olhar verdadeiramente divertido que retorce as nossas expectativas de como a história irá ser contada. Um filme janado, portanto. Há dezasseis anos há um grupo revolucionário, os French 75, que se opõem ao governo autoritário ajudando imigrantes a fugir de centros de detenção, sabotando centrais eléctricas, assaltando bancos. Perfidia Beverly Hills e Bob (Teyana Taylor e Leonardo DiCaprio) são amantes e membros deste grupo.

Ora no primeiro golpe que vemos, ela humilha sexualmente o comandante do campo, o coronel Lockjaw (Sean Penn), que ainda assim fica caidinho por ela; Perfidia é uma mulher negra com uma energia revolucionária e sexual extraordinárias, envolve-se com o coronel; engravida (de Bob ou do coronel?), quando um assalto corre mal o grupo desfaz-se; Perfidia foge da maternidade e desaparece, Bob e a filha começam uma vida na clandestinidade.

Agora, Lockjaw descobre o seu paradeiro, está obcecado por encontrar Willa (Chase Infiniti), a filha de Bob, a razão é terrível, ele quer ser membro de um grupo de supremacistas brancos, não sabe se Willa é sua filha, e não pode ter uma filha mestiça. O filme concentra então o seu olhar neste duelo entre pais por entre uma dispersão narrativa que tange a loucura, um desvio ao que julgávamos o centro do filme – uma América a precisar de Revoluções – onde as personagens parecem andar alucinadas borboleteando atrás de Willa e da sua “viagem” emocional, num movimento só cinematográfico que mistura crueldade e divertimento, ritmos dispersos, os olhares colados aos rostos e emoções dos personagens e a imensidão da paisagem americana (há uma espectacular perseguição com automóveis, filmada como uma vertiginosa montanha russa).

Nisto tudo, os personagens, neste balançar na corda bamba entre o ridículo e credível, são exigentes para os actores: se Tetyana Taylor enche o filme na primeira parte; o Bob ganzado e palerma que se “ultrapassa” para salvar a filha, o palhaço cruel que é Lockjaw, ou Willa, uma adolescente que de repente se vê despejada do seu mundo, (e teremos de juntar o grupo de supremacistas, as freiras ou Sensei Sergio), tornam o filme num alucinado olhar sobre uma América a resvalar para o fascismo, mas um olhar profundamente humano sobre pessoas perdidas na História, mas que se “elevam” por causa dela. Ou seja, nas personagens de Bob, Willa, Perfidia ou Deandra (outra revolucionária interpretada por Regina Hall), Paul Thomas Anderson dá-nos um ponto de luz num Mundo que velozmente desliza para a escuridão.

“Batalha atrás de batalha” é assim um filme empolgante, a lembrar o Cinema mais interventivo dos anos setenta, um gesto de loucura estética formalmente emocionante, um desvario narrativo, chamei-lhe e bem um filme janado, sem medo de ser politicamente de esquerda e absolutamente feminista. E se a América e o Mundo estiverem mesmo a precisar de Revoluções? O melhor filme americano deste ano. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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Esperava mais do filme

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque achei o argumento potencialmente interessante e pelo bom naipe de actores nele envolvido, como: Leonardo Dicaprio, Sean Penn e Benicio del Toro. É um filme que começa bem, com alguma acção e originalidade, mas que aos poucos se torna atabalhoado e desgarrado, ao ponto de se tirássemos 30 a 45 minutos ao filme, nada de perderia e muito se ganharia em perda de monotonia.

O que salva o filme da nota negativa, são as competentes actuações dos 3 actores acima referidos e a meia hora final que volta a dar alguma acção, lucidez e originalidade ao filme. Ainda assim, esperava muito mais deste filme. Por tudo o que escrevi anteriormente, não posso dar mais de 11 valores em 20 valores a este filme.

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Fraquinho

João Duarte

Até dá sono.

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4 estrelas

José Miguel Costa

O norte-americano Paul Thomas Anderson é um dos meus realizadores de culto, ou não fosse Ele o progenitor das obras-primas “Magnólia” e “Haverá Sangue”. Ei-lo de volta aos grandes ecrãs (desta vez sem o seu actor fetiche, Joaquin Phoenix) com “Batalha Atrás de Batalha”, num registo menos “autoral“ (sem a profundidade dramática que, por norma, o caracteriza) e num género que lhe é atípico. De facto, jamais imaginei vê-lo aos comandos de um (electrizante) thriller de acção (filmado em formato 35 mm).

Todavia, como seria expectável, fá-lo em grande estilo, dado estarmos perante um autêntico “vulcão de adrenalina” (muito graças ao vertiginoso trabalho de montagem) carregado de um negro humor satírico deliciosamente excessivo (por vezes, quase a roçar o “ridículo” – intercalado com introspeções existenciais e políticas sobre a surrealista distopia reinante no topo da hierarquia do movimento de supremacia branca que controla os destinos dos USA).

Protagonizado, de modo hilariante, pela dupla Leonardo Dicaprio e Sean Penn (um “cromo” indescritível que lhe valerá muitos prémios), e com Benicio Del Toro a dar também um ar da sua graça. A narrativa, que tem lugar na Califórnia da década de 1980, acompanha as (des)aventuras do pachorrento drogado Bob Fergunson (Dicaprio), um paranóico e alienado ex-revolucionário da extrema esquerda, sob anonimato (por forma, a evitar ser preso por actos terroristas praticados no passado) há cerca de 16 anos, que após o rapto da sua filha (fruto do relacionamento com uma mítica diva negra terrorista, que se tornou traidora da causa ideológica que liderava), se vê obrigado a defrontar (atabalhoadamente) o seu arqui-inimigo Steve Lockjaw (Sean Penn), um rígido e patético militar aspirante a pertencer ao excelso clube dos seres de “raça superior”. @jimikecosta

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