“Só Te Vejo a Ti” é um drama psicológico (algo inconstante e de tom inseguro – como se o realizador, Marc Foster, não tivesse a absoluta convicção de querer abarcar de “armas e bagagens” num registo cinematográfico desta natureza) cujo enredo incide sobre a dinâmica relacional de um casal após o elemento feminino (invisual desde a infância) ter sido submetido a uma operação cirúrgica que lhe restituiu a visão (deixando, deste modo, de depender do marido – o que, ao contrário do expectável, desequilibrará a harmonia que aparentemente reinava até então). <br /> <br />É um filme cuja principal força motriz reside na originalidade/sofisticação no modo como algumas das cenas são filmadas (simulando as limitações visuais da co-protagonista), apesar de até apresentar uma excelente premissa de base (só que esta vai tornando-se monótona e inconsequente à medida que a narrativa vai sendo “desenvolvida” – com diversas pistas lançadas sem qualquer consequência à posteriori -, descambando num final ambíguo).

Inócuo, sem qualquer interesse. Monótono até dizer chega, montagem sem chama e alma. Um desperdício de tempo. Realização totalmente falhada.