Alice

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Drama 102 min 2005 M/16 06/10/2005 POR

Título Original

Sinopse

Passaram 193 dias desde que Alice foi vista pela última vez. Todos os dias Mário (Nuno Lopes), o seu pai, sai de casa e repete o mesmo percurso que fez no dia em que Alice desapareceu. A obsessão de a encontrar leva-o a instalar uma série de câmaras de vídeo que registam o movimento das ruas. No meio de todos aqueles rostos, daquela multidão anónima, Mário procura uma pista, uma ajuda, um sinal. A dor causada pela ausência de Alice transformou Mário numa pessoa diferente, mas essa procura obstinada e trágica é talvez a única forma que ele tem para continuar a acreditar que um dia ela vai aparecer.
"Alice" é a primeira longa-metragem de Marco Martins e ganhou o Prémio Regards Jeunes da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. O filme é dedicado a Filomena Teixeira, mãe de Rui Pedro, o rapaz desaparecido desde 1998 quando tinha onze anos. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Alice

Luís Miguel Oliveira

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A imagem vazia

Eduardo Prado Coelho

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Alice

Jorge Mourinha

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Alice

Mário Jorge Torres

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Lisboa, a desaparecida

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Lindo e brutal

alice no pais dos horrores

Este filme é extremamente bonito na sua realidade nua e crua. A fotografia está genial e transmite os sentimentos que o filme pretende expressar. E a banda sonora pelo Bernardo Sassetti é simplesmente divina e adequada ao filme e à sua temática sombria. Adorei. Cinco estrelas.
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Uma desilusão

J Vaz

Filme tipicamente português, no seu pior, apesar dos bons planos de imagem e fotografia de qualidade. Arrastam-se as cenas sem acção, sem relevância, os clichés do costume. O personagem e os seus amigos (o colega do teatro que é gay, o passador de drogas e uma série de personagens que caem do céu), não sabemos quem são nem o que fazem... O filme deixa por explorar a relação entre o casal. Alguns diálogos fortuitos e nada mais. É pena. Poderia ser um bom filme.
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Cinema não é fotografia

Eduardo Gomes

Cinema não é apenas fotografia. O cinema português carece de bons argumentos que permitam possuir matéria-prima. Os nossos realizadores não são suficientemente criativos para criar histórias interressantes, precisam de dar a vez a bons argumentistas. Este filme foca-se na fotografia, que apesar de interressante mantêm um registo monótono. Nuno Lopes, apesar de alguns bons momentos, criou uma personagem unidimensional. Das restantes personagens - elas existem? Não é com estes filmes que existe evolução no cinema; espero que este realizador se abstenha de fazer novos filmes e se dedique a ser um director de fotografia.
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Não vejam, por favor...

Luis Coelho

..., que nunca sairão do sono profundo! Eu próprio fiz um esforço terrível por me manter acordado. Apesar de não ser adepto, nem tão pouco consumidor de filmes ditos comerciais, não percebo porque é que um filme, para ser considerado bom, tem que ser maçador e intelectual. Chamar filme a esta selecção de imagens é um abuso!
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Muito bom

Ricardo Duarte

Este vale a pena ver, muito bom mesmo, mas não vão com sono...
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O que nos faz falta

Miguel Maia

Estranha, ainda que forte metáfora, do que temos e do que não temos. Lisboa azul é pano de fundo do drama e ao mesmo tempo o interior deste pai. Ao mesmo tempo o nosso interior, quando nos transportamos para o vazio que as filas de trânsito, filmadas com uma dureza de aço frio, é aqui destrinçado. Deixa-nos a boca amarga porque sabemos que esta luta é a de muitos, a outros níveis. O actor Nuno Lopes aginganta-se na sua contenção de dor que trespassa a tela. Mais difícil que gritar de dor é mostrá-la gritada de dentro e penso que isso foi a grande mais´-valia da actuação. A fotografia não se define muito mas acaba por "pousar" no cinzento azul ajudada pela mestria dos planos parados de movimento mas de uma dinâmica dramática vertiginosa. Muito bom.
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Nem parecia filme português

Luís Sá

Começo talvez pelo título deste meu comentário. Sim, sem dúvida nem parecia filme português. Correndo o risco de ser repetitivo, não tinha mamas, sexo violento e asneiras! Grande interpretação do actor Nuno Lopes, que apesar de eu no inicio só me lembrar da voz dele no Herman José a dizer "tcharã!", consegue com o evoluir do filme envolver quem está de frente para o ecrã. Para um guião simples e que era sem dúvida muito repetitivo tinha que ter um grande actor. Sem dúvida que o filme tem um bom guião mas muito do seu sucesso deve-se ao seu desempenho enquanto actor principal. Parabéns, Marco Martins, dos melhores realizadores portugueses!
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O melhor filme português

Tiago Marques

Ora aqui está um hino ao cinema! Este filme prova que em Portugal há actores e realizadores com letras grandes. Temos argumento, temos realizador, temos excelentes interpretações, quer de um magistral Nuno Lopes, quer de uma sempre excelente Beatriz Batarda. É um filme com uma história densa que consegue levar o público a sentir a dor daqueles pais, bem como a dor dos pais que, de facto, viram ser-lhes levados os filhos. É um filme que nos mostra a dor, nua e crua, e diversas formas de a enfrentar, quer através da abstracção total no que diz respeito ao regresso de Alice, numa desistência notória na fé, nos sentimentos e na justiça, como a mãe de Alice, quer na crença inabalável de que, tal como D. Sebastião pode vir numa manhã de nevoeiro, assim Alice também pode regressar, visível na personagem de Nuno Lopes.<BR/><BR/>É numa Lisboa escura, incolor, triste e alheia a si mesma, que, através de câmaras, tal um Big Brother, Nuno Lopes procura a sua filha, recriando milimetricamente os passos que a filha deu no dia em que desapareceu... Enfim, é um filme a não perder, com um elenco e interpretações de nível, que pode relançar o cinema português, caso haja realizadores e argumentos como os apresentados por Marco Martins, o realizador.
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Filme poderoso

CineMan

Aqui está mais um bom filme português. Trata um tema real e uma situação certamente vivida por muita gente... Aborda o filme da perspectiva dos pais e de uma forma real. É certo que o filme é um pouco parado, como notam algumas das críticas que aqui li antes de o ir ver, mas o impacto provocado sai intocado. Penso que o filme nos toca da forma que seria suposto. Recomendo.
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Absolutamente imperdível

LuaNova

A tentação de adjectivar um filme destes é grande. Escolho palavras como genial, sublime, arrasador, mas tudo me soa redutor numa experiência como esta. Duas pessoas paradas no tempo, atónitas com o desaparecimento da filha, sem saber o que aconteceu. A mãe, Luísa, encharcada em comprimidos; o pai, Mário, numa busca incessante, louca, repetida ao minuto numa rotina diária, procurando nas milhares de almas penadas que por ele passam, todos, todos os dias, reencontrar um rosto, uns caracóis e um casaquinho azul. E o espectador é levado nesta procura, ficando desgastado, mais triste, menos vivo, à medida que as pessoas passam em vão, quando já não restam forças para continuar a procurar, quando se deseja enfim que o ponteiro dos segundos se liberte do seu engasgo e prossiga na contagem do tempo, deixando para o passado um presente tão doloroso.<BR/><BR/>Nuno Lopes e Beatriz Batarda são espantosos. Está para além do meu entendendimento como é possível alguém representar de forma tão verdadeira, tão intensa e verosímil o sofrimento humano. O olhar do Mário, carregado de tristeza, de angústia, transportando e contagiando-nos com o sofrimento da perda, paralisado pelo desconhecimento da verdade. O choro desesperado da Luísa, na esquadra, quando o inspector cruel e friamente lhes diz que normalmente os desaparecimentos se resolvem em dois dias, bem longe dos quase 200 que eles já passaram.<BR/><BR/>A música de Bernardo Sassetti é eficaz na caracterização minimal repetitiva/dramática. E Marco Martins, realizador e argumentista, na sua estreia em longa-metragem, dá-nos uma Lisboa chuvosa, feia, desumanizada pelos prédios suburbanos, pelos carros que rasgam o asfalto, pelos mortos-vivos que indiferentemente se cruzam connosco na sua rotina diária, inútil, desprovida. Um filme deprimente, brutal, mas absolutamente imperdível.
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