Sabedoria
Luís Alberto de vasconcelos
“Agora”. Deus é amor! O que dá sentido à existência é o amor. Amor pelo ser amado e companheiro. Amor pelos seus e pelos outros. A empatia de sermos humanos e iguais. Não é a religião que nos une, dogmática, fundamentalista e arrogante em que define que, o seu deus é o maior e os outros deuses não, ou que outras religiões, de revelação ou não, seitas e demais organizações religiosas não sejam a(s) eleita(s) por Deus. Existem mais coisas que nos aproximam como irmãos do que nos dividem. Infelizmente nem todas as pessoas entendem que onde houver três seres humanos e dois forem iguais, o terceiro é igual. Nós somos iguais no direito à liberdade, sem discriminação por sermos desta ou daquela religião, desta ou daquela ideologia política, de sermos desta ou daquela raça ou etnia, de sermos homem ou mulher, de sermos hetero ou homossexuais. A ignorância é filha do medo, aquilo que há de mais nefasto no ser humano. O medo e a ignorância traduzidos em acções gratuitas e de uma monstruosa fealdade fazem vítimas por onde passam. Isto para vos dizer: Por favor assistam ao filme Ágora. Saí da sessão completamente chocado e revoltado com a natureza humana. É bom consumir um produto cultural com esta qualidade, em que vários dias depois em silêncio repenso sobre o filme. É necessário compreender para aceitar que somos seres capazes das maiores barbáries, em nome de um deus que não pediu nada. Ele simplesmente é. Está em toda a parte e está dentro de nós, não em templos, nem em livros, mas sim dentro da índole de cada um. Acredito em Deus e tenho Fé, não me perguntem a religião. Não reconheço nada que seja impositor, dono da verdade absoluta e que diga que só um punhado dos filhos do Homem, tem direito aos céus e os outros serão banidos para as profundezas. Imagine então! Como seria ter nascido no Japão? Tenho esperança que o ser humano cresça e evolua harmoniosamente. Infelizmente com o panorama socioeconómico e político presente, harmonia é o que de menos há. Crescer dói, é necessário esforço para transcender a consciência de nós mesmos e dos outros, mas, será que é preciso sofrer desnecessariamente, perder para dar valor porque esquecemo-nos entretanto e demos por garantido que nada é para sempre. Bem, talvez a reencarnação! Felizmente existem vozes como Buda, Jesus Cristo, Ghandi, Martin Luther King, Olof Palme, Madre Teresa, Nelson Madela e outros tantos que fizeram muito pelo crescimento emocional e espiritual da humanidade. Todos lutaram contra a ignorância e a ditadura do preconceito do ser humano. Mas em verdade vos digo, cuidem-se cada um de vós, conheçam-se como pessoas e vivam de acordo com quem são sem prestar atenção à sociedade hipócrita e mesquinha que diz quem são e como devem ser. Vivam, não vegetem. Tenham uma espinha dorsal vertical e conhecerão o paraíso na terra mesmo que haja dor no momento da morte. Como a heroína do nosso filme. Que contas afinal vão prestar à morte e a DEUS? Luís de Vasconcelos
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