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11 Minutos

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Drama, Thriller 81 min 2015 01/09/2016 POL, IRL

Título Original

11 minut

Sinopse

Num dia como outro qualquer, várias pessoas em Varsóvia (Polónia) prosseguem as suas vidas, desatentas à cadeia de acontecimentos cruciais que se preparam para os 11 minutos seguintes, relativos a um marido ciumento que persegue a sua esposa, uma actriz que tenta um contrato com um realizador de cinema. um estudante determinado a cumprir uma misteriosa missão, um vendedor de cachorros quentes que recorda o seu passado, um empregado de limpeza, um traficante, um idoso, uma equipa de paramédicos e um grupo de freiras. Eventos aparentemente separados fazem as suas vidas interligar-se, traçando, inexoravelmente, o destino de cada um.
Um "thriller" com argumento e realização de Jerzy Skolimowski ("O Uivo", "Quatro Noites com Anna", "Essential Killing - Matar para Viver"), com actores como Richard Dormer, Wojciech Mecwaldowski, Andrzej Chyra, Dawid Ogrodnik, Paulina Chapko, Mateusz Kosciukiewicz ou Agata Buzek.

Críticas dos leitores

Explosão de hollywood

Henrique Alves

O filme vai bem, depois acaba mal. Pobre no desenlace, vê-se com interesse, no entanto, o desenrolar das histórias paralelas.
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Skolimowski, conterrâneo e contemporâneo do Polanski, é um dos nomes maiores do cinema polaco, no entanto, apenas passei a acompanhar a sua obra aquando da sua "2ª vida" (esteve um longo período sem assinar qualquer filme em nome próprio, embora tenha continuado no activo como produtor), em 2008, tendo-me surpreendido com o magnifico "4 Noites com Anna". Em 2010 conquistou-me, em definitivo, com "Essencial Killing" (protagonizado por Vicent Gall), pelo que foi com manifesto agrado que me dirigi para o cinema com o objectivo de visionar o seu novo "11 minutos". <br /> <br />Composto por 8 mini-histórias autónomas (cada uma delas com 11 minutos de duração), que se interligam em mosaico, povoadas por personagens efémeros (não sabemos exactamente quem são, de onde vêm ou quais os seus objectivos) que num qualquer momento da acção (que decorre entre as 17h e as 17h 11 na cidade de Varsóvia - e este é o único elo de interligação ... o tempo), sem o perceberem, irão cruzar-se entre si - nem que seja por breves segundos -, até se criar um cenário final que os reunirá num único evento (o que a nível estrutural não é propriamente inovador - por ex, o Iñarritu usa e abusa deste "recurso estilistico" desde há anos). <br /> <br />Os diálogos (duma narrativa sem principio, meio ... mas com um fim) são forçados, fragmentados e desconexos. Para além de serem explanados de um modo algo psicótico e caótico, quer devido à ordem cronológica confusa com um constante "vai e vem" temporal (uma vez que um momento vivido por uma determinada personagem é, afinal, contemporâneo de um outro momento de uma outra acção, com uma outra personagem) quer porque, por inúmeras vezes, uma cena já vista anteriormente é repetida de um outro ângulo e sob a perspectiva de um outro interveniente). Ufff!!! Confusos com tanto "outro"? Pois ... e tudo isto para nos transmitir algo tão básico como: "As nossas vidas podem mudar radicalmente num minuto" e "Nós e a nossa história - no aqui e agora - não passamos de um insignificante pixel numa câmara" (e confesso que gostei desta reformulação do conceito "somos um pingo de água no meio do oceano", muito mais adaptada à época em que vivemos - a do"big brother que tudo vê" ... e, efectivamente, no filme as câmaras, de todas formas e feitios, são omnipresentes). <br /> <br />E perante toda esta descrição esperam que conclua que o filme é horrível, certo? Nada mais errado, pois apesar de todos os (aparentes) handicaps citados, o Skolimowski, como seria expectável, brinda-nos com um produto que, mesmo sendo (quase) inclassificável, é visceralmente fascinante. De facto, graças à habilidade na construção do (difuso e frenético) argumento, bem como à sua mestria ao nível da filmagem e montagem ("não linear"), consegue costurar acções dispares e labirínticas, de tal modo que tudo acabará por encaixar-se (ok, é certo que ainda assim ficamos com um "nó na cabeça") num FINAL APOTEÓTICO/DIVINO (do melhor a que assisti no cinema nos últimos anos), que nos faz esquecer a (eventual) inexistência de uma história coesa.
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Um par e tanto!

Rui

A junção da curta "Marasmo" e da longa "11 minutos" é feliz. O filme polaco é tão mau, tão cheio de nada, tão artificial e pretensioso que a única forma de o salvar seria exibir, antes, qualquer coisa ainda pior. Felizmente existe o "cinema" português e a sua interminável torrente de "autores". "Marasmo", a curta metragem que precede a xaropada de leste é uma mera coleção de sequências, feita sem nexo ou qualquer objetivo que não seja "ser autor". Porque, "ser autor" é isto mesmo, fazer qualquer coisa na certeza de que, no mundo dos artistas de cinema, tudo vale desde que propriamente explicado. O problema do espetador é que lhe falta na sala o crítico-sacerdote capaz de interpretar a validade daquilo que - para qualquer não iniciado na religião dos "autores" -, apenas passa por um perfeito lixo. No fim da dupla sessão, acabamos a pensar que das duas películas "Marasmo" foi a única que cumpriu: o filme polaco desiludiu mas a obra nacional fez que se lhe pedia - levar-nos ao estado do "este é mau mas o outro é pior..."
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