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Manga d'Terra

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96 min 2023 M/14 06/06/2024 POR, SUI

Título Original

Terceira longa-metragem do luso-suíço Basil da Cunha — depois de Até Ver a Luz (2013) e de O Fim do Mundo (2019), também eles sobre a vida na Reboleira (Amadora) — um drama que conta a história de Rosa, uma jovem que deixa os filhos pequenos em Cabo Verde e chega a Portugal determinada a singrar na vida.

Mas adaptar-se ao bairro da Reboleira, na periferia de Lisboa, é mais difícil do que poderia esperar e ela vê-se constantemente enredada na dinâmica entre os gangues do bairro e da própria polícia, que há muito deixou de fazer a distinção entre os verdadeiros criminosos e as pessoas de bem. Será na música e na generosidade demonstrada pelas mulheres da comunidade que Rosa vai encontrar a força para seguir em frente.

Com a cantora cabo-verdiana Eliana Rosa a dar vida a Rosa, a protagonista, Manga d’Terra conta também com a participação de vários moradores e ex-moradores do bairro da Reboleira. A banda sonora é da responsabilidade dos músicos cabo-verdianos Luís Firmino e Henrique Silva, criadores do colectivo Acácia Maior. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Manga d’Terra: as mulheres do bairro

Luís Miguel Oliveira

Este é um filme que flutua, como a câmara do realizador Basil da Cunha quando segue Eliana Rosa.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

O luso-suíço Basil da Cunha veio viver para Portugal há cerca de 15 anos, e assentou arraiais na Reboleira (Amadora). Desde logo enturmou-se com a comunidade de ascendência cabo-verdiana, que habita paredes-meias consigo nas casas abarracadas de génese ilegal, e deu-a a conhecer ao mundo (num idiossincrático registo "orgânico" que mistura os universos do realismo social e realismo mágico no seio de uma hipnótica e sedutora ambiência estética), através dos magníficos filmes "Até Ver a Luz" (2013) e "O Fim do Mundo" (2019), estreados, respectivamente, no Festival de Cannes e Locarno.

A sua mais recente obra, "Manga D'Terra (seleção oficial do Festival Locarno), como é apanágio, volta a mostrar-nos a espontaneidade e autenticidade deste "seu povo" marginalizado (cuja verdadeira essência a sua câmara consegue absorver quase por um processo de "osmose").

Todavia, apesar de manter os "condimentos básicos" das antecedentes, não me excitou de sobremaneira, quiçá, por ter optado por adicionar-lhe uma componente musical (e, em definitivo, os filmes musicais não são de todo a "minha praia" - o que não me impede de reconhecer a excelência da performance da protagonista, a cantora Eliana Rosa).

De igual modo, o seu enredo demasiado simples e subdesenvolvido (que segue os passos de uma desmotivada, e meio tonta, viúva de 20 anos - cujo única ambição é ser cantora - que se viu obrigada, pela sua precária condição económica, a deixar os seus dois filhos em Cabo Verde para tentar a sua - pouca - sorte no El Dorado da Amadora) também não empolga por aí além.

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